Sem saber de fato se a Rússia pretende ou não invadir a Ucrânia, OTAN se prepara para ajudar diplomatas norte-americanos e russos a encontrarem soluções que evitem um possível confronto que possa afetar a indústria de petróleo e gás mundial
Os confrontos entre a Rússia e a Ucrânia possuem consequências fortes, mas imprevisíveis. Mas o fato é que, quando esses confrontos ocorrem, a indústria de petróleo e gás costuma ser atingida em cheio, causando uma enorme preocupação a nível mundial. Os diplomatas norte-americanos e russos foram até Genebra, na Suíça, para tentar encontrar soluções que possam evitar um novo conflito entre os dois países. A vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, e o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov, fazem parte das conversações, para buscar soluções anti-conflito. Em Bruxelas, capital da Bélgica, será realizado um debate entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), já essa nessa quarta-feira (12) e no dia seguinte, na quinta-feira (13), será realizada uma conferência em Viena, na Áustria, entre os Estados Unidos, a Rússia e outros países da Europa.
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Acusações
A Ucrânia têm acusado a Rússia de ter atualmente cerca de 100 mil soldados na fronteira dos dois países, algo que na visão das autoridades ucranianas significa um alerta para uma possível invasão ao país em larga escala.
Em defesa, autoridades da Rússia disseram que a ação de ter muitos soldados na fronteira é simplesmente para garantir a segurança do próprio país. Além disso, a Rússia também fez inúmeras exigências, inclusive à própria OTAN. O Kremlin exigiu que a aliança militar ocidental se afaste da Ucrânia imediatamente.
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Riscos aos dois países
De acordo com o alerta dado por Jens Stoltenberg, Secretário-Geral da OTAN, na última sexta-feira (7), a presença dos mais de 100 mil soldados da Rússia na fronteira com a Ucrânia está representando um risco real de conflito, e que a OTAN deve estar muito bem preparada caso todo o esforço dos diplomatas norte-americanos e russos para desenvolver soluções que possam evitar um confronto armado fracasse.
Nesta última segunda-feira (10), Jens Stoltenberg deu uma advertência à Rússia, dizendo que um ataque à Ucrânia resultaria em um alto custo econômico e político, principalmente à área de petróleo e gás.
Em defesa da Ucrânia
O secretário-geral da OTAN também defendeu o envio de uma carta objetiva à Rússia de que a organização está prestando apoio à Ucrânia, em seu direito de autodefesa. Além disso, a OTAN reforça que a organização reagirá com força, caso a Rússia decida que haverá mesmo uma invasão.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou a Península de Crimeia ao país, no ano de 2014, como uma resposta à deposição do presidente pró-russo, Viktor Yanukovich na época, que deu origem a uma guerra que deixou mais de 13 mil mortos ao fim, a Ucrânia tem buscado lidar com constantes confrontos armados internamente contra separatistas pró-russos, em regiões que fazem parte da fronteira leste.
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O consórcio formado pela Total, pela Malaia Petronas, pelo Qatari QP e pela Petrobras, recebeu o bloco Sépia, enquanto o composto pela Petrobras, Shell e Total obteve o da Atapu.
Sépia e Atapu, localizadas na bacia marinha de Santos, ao largo do litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, já têm reservas comprovadas no pré-venda, o cobiçado horizonte de exploração que o Brasil descobriu em águas muito profundas do Oceano Atlântico abaixo de uma camada de sal de dois quilômetros de espessura.
De acordo com as regras da proposta, o critério para obter a adjudicação dos blocos foi concedido à maior oferta de direitos de exploração dos volumes excedentes, cujo mínimo foi fixado em 5,89% do excedente do campo de Atapu e 15,02% do campo Sépia. Para o Sépia, o grupo vencedor ofereceu 37,43% de sua produção total ao Estado, enquanto o consórcio vencedor da Atapu propôs 31,68%, além de um valor fixo para licenças de operação.