Tanque Condor Leopard 1, desenvolvido pela FFG, combina chassi modernizado, torre não tripulada e motor Rolls-Royce para enfrentar ameaças terrestres e aéreas.
A empresa de defesa Flensburger Fahrzeugbau Gesellschaft (FFG), do norte da Alemanha, prepara a apresentação de seu novo conceito de tanque Condor na feira DSEi, em Londres. O veículo reúne a força de um tanque de apoio e as funções de um canhão antiaéreo. Para isso, a FFG utilizou um chassi Leopard 1 modernizado, integrando tecnologias novas a componentes já comprovados em combate.
Segundo a companhia, o Condor foi criado para enfrentar ameaças em rápida evolução. Ele combina mobilidade, confiabilidade e capacidade de adaptação, pontos considerados essenciais no campo de batalha moderno. O núcleo do sistema é a plataforma Leopard 1, reforçada com blindagem adicional e redes digitais.
Torre e armamentos
O tanque recebeu no topo a torre não tripulada Turra 30 – SA, fabricada pela empresa eslovaca EVPÚ. O sistema é armado com um canhão automático de 30 mm e suporta munição de explosão programável, ideal para atacar drones e aeronaves.
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Graças à alimentação por correia dupla, a tripulação pode alternar os tipos de munição durante o movimento. Essa característica garante agilidade porque permite mudar rapidamente de missões antiaéreas para funções de apoio de fogo.
O diretor administrativo da FFG, Jörg Kamper, afirmou ao portal hartpunkt que o objetivo era desenvolver um sistema de defesa aérea eficiente baseado no Leopard 1, já disponível em grande escala. Ele também destacou que a torre EVPU oferece função secundária ao veículo, permitindo suporte às tropas de infantaria.
Dimensões e sistemas adicionais
O Condor mede 7,18 metros de comprimento, 3,41 metros de largura e 3,05 metros de altura. Seu peso de combate fica abaixo de 40 toneladas. Para aumentar a proteção, a FFG instalou blindagem lateral e de teto. No interior, comandante e motorista agora dividem posição lado a lado.
A torre estabilizada consegue abrigar diferentes canhões de 30 mm, entre eles o Bushmaster Mk44. Como armas secundárias, o tanque conta com metralhadora coaxial e mísseis antitanque Spike e Konkurs.
O EVPÚ integrou ainda um radar multimissão, sensores eletro-ópticos e sistemas para detectar disparos de armas leves ou de atiradores de elite. A torre eleva-se entre menos 10 e mais 70 graus, cobrindo desde alvos terrestres até drones em baixa altitude.
Atualização de mobilidade
A mobilidade foi outro ponto-chave no desenvolvimento. A FFG substituiu o trem de força obsoleto do Leopard 1 por uma nova configuração. No centro do sistema está o motor diesel Rolls-Royce Power Systems 8V199TE23, capaz de gerar até 1.080 cavalos de potência.
Esse motor trabalha junto a uma transmissão automática ZF 4 HP 250 modificada e a um sistema de arrefecimento de dois tempos desenvolvido pela própria FFG. A atualização garante mais potência e torque, além de reduzir o consumo de combustível. O conjunto também é 300 quilos mais leve que o original.
Segurança e adaptação
O veículo recebeu ainda um sistema de freios de circuito duplo, já criado pela FFG para o Leopard 1. A adição atende às normas de trânsito atuais, o que facilita o registro de novos blindados.
A companhia reforça que o Condor oferece uma solução econômica para operadores que precisam ampliar rapidamente suas capacidades de defesa aérea e de apoio terrestre. Além disso, ressalta que o modelo mantém espaço para futuras melhorias, acompanhando a evolução das ameaças no campo de batalha.