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Compass espera arrecadar R$ 900 milhões com a venda de distribuidoras de gás natural em projeto de desinvestimento após compra da Gaspetro

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 18/08/2022 às 10:40
Após adquirir a Gaspetro, agora Commit, a Compass se propôs a realizar um plano de desinvestimento em seus ativos no setor de combustíveis e espera agora arrecadar um total de R$ 900 milhões com a venda da participação em distribuidoras de gás natural.
Foto: EPBR

Após adquirir a Gaspetro, agora Commit, a Compass se propôs a realizar um plano de desinvestimento em seus ativos no setor de combustíveis e espera agora arrecadar um total de R$ 900 milhões com a venda da participação em distribuidoras de gás natural.

A companhia Compass Gás e Energia anunciou na última terça-feira, (16/08), que está projetando uma arrecadação final de R$ 900 milhões após a venda de suas ações nas companhias distribuidoras de gás natural nos estados nacionais, como parte do seu plano de desinvestimento nas estruturas, firmado após a compra da Gaspetro, para garantir a competitividade de mercado no setor de combustíveis.

Plano de desinvestimento da Compass após compra da Gaspetro projeta arrecadação de R$ 900 milhões com a venda de distribuidoras de gás natural 

Como parte do seu plano para compensar a compra da Gaspetro durante os últimos meses, a companhia Compass Gás e Energia está projetando receber um total de R$ 900 milhões com a venda de ações de participação em 12 distribuidoras de gás natural espalhadas pelos estados brasileiros.

A empresa já havia dado início ao plano de desinvestimento no mês de julho, quando concluiu a venda da participação em cinco empresas, arrecadando R$ 726 milhões.

Todo esse plano de concessão de seus ativos no mercado de gás natural nacional foi iniciado após a Compass comprar da Petrobras uma parcela de participação de 51% na companhia Gaspetro, que passa agora a se chamar Commit e possui forte influência no mercado dos combustíveis nacional.

A Compass e a Mitsui Gás e Energia do Brasil possuem, juntas, a participação nos 51% da empresa e anunciaram a reformulação da razão social da Gaspetro recentemente, para mudar a estratégia de mercado no setor dos combustíveis nacional. 

E, até o fim do projeto de desinvestimento da Compass nos seus ativos das distribuidoras de gás natural no Brasil, a empresa ficará apenas com sua presença garantida em sete distribuidoras do combustível, que devem estar localizadas no centro sul, uma vez que a empresa tem como foco em ordem de prioridade as concessões próximas a São Paulo.

A companhia afirmou que o foco geográfico estratégico deve ser considerado durante o plano de desinvestimento e que a Compass visa o lucro estando na região do centro sul nos próximos anos. 

Após desinvestimento em distribuidoras de combustíveis, Companhia afirma que continuará buscando melhorias para a infraestrutura do ramo de gás natural 

O mercado de gás natural ainda necessita de fortes investimentos no território nacional para conseguir uma infraestrutura de qualidade que atenda às demandas das companhias e a Compass disse que, mesmo com o projeto de desinvestimento nas distribuidoras do combustível, ainda pretende continuar buscando melhorias estruturais para esse segmento no país. 

Assim, Luiz Henrique Guimarães, CEO da Cosan, comentou sobre a necessidade de novos investimentos no setor e de uma regulamentação mais eficiente na comercialização do combustível, afirmando que “Hoje 60% do mercado de gás no Brasil já tem regulamentação para cliente livre. O Brasil tem uma reserva muito grande, e nossa intenção é replicar o atendimento do cliente livre da área da Comgás, para os clientes, se assim quiserem, terem capacidade de migrarem para o mercado livre”.

Por fim, o executivo foi questionado sobre o cenário internacional de petróleo e demais combustíveis e a postura da estatal Petrobras nessa problemática e disse que acredita que a Petrobras continuará fazendo os reajustes para continuar a política de paridade internacional, mas que não estão convencidos de que é um cenário estrutural, embora esperem que o futuro traga uma estabilidade maior para este setor.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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