Após adquirir a Gaspetro, agora Commit, a Compass se propôs a realizar um plano de desinvestimento em seus ativos no setor de combustíveis e espera agora arrecadar um total de R$ 900 milhões com a venda da participação em distribuidoras de gás natural.
A companhia Compass Gás e Energia anunciou na última terça-feira, (16/08), que está projetando uma arrecadação final de R$ 900 milhões após a venda de suas ações nas companhias distribuidoras de gás natural nos estados nacionais, como parte do seu plano de desinvestimento nas estruturas, firmado após a compra da Gaspetro, para garantir a competitividade de mercado no setor de combustíveis.
Plano de desinvestimento da Compass após compra da Gaspetro projeta arrecadação de R$ 900 milhões com a venda de distribuidoras de gás natural
Como parte do seu plano para compensar a compra da Gaspetro durante os últimos meses, a companhia Compass Gás e Energia está projetando receber um total de R$ 900 milhões com a venda de ações de participação em 12 distribuidoras de gás natural espalhadas pelos estados brasileiros.
A empresa já havia dado início ao plano de desinvestimento no mês de julho, quando concluiu a venda da participação em cinco empresas, arrecadando R$ 726 milhões.
- Vitória do petróleo e gás? Empresas petrolíferas estão se afastando da energia verde e faturando BILHÕES com combustíveis fósseis
- Petrobras choca o mundo ao prometer TRANSFORMAR o Brasil com investimento de US$ 111 BILHÕES e geração de milhares de empregos! Será a virada do país?
- Petrobras tem plano audacioso de investimentos: a área de exploração e produção contará com um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), enquanto US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) serão destinados ao refino
- Brasil e Argentina fecham mega-acordo para importar gás natural barato e revolucionar a integração energética na América do Sul!
Todo esse plano de concessão de seus ativos no mercado de gás natural nacional foi iniciado após a Compass comprar da Petrobras uma parcela de participação de 51% na companhia Gaspetro, que passa agora a se chamar Commit e possui forte influência no mercado dos combustíveis nacional.
A Compass e a Mitsui Gás e Energia do Brasil possuem, juntas, a participação nos 51% da empresa e anunciaram a reformulação da razão social da Gaspetro recentemente, para mudar a estratégia de mercado no setor dos combustíveis nacional.
E, até o fim do projeto de desinvestimento da Compass nos seus ativos das distribuidoras de gás natural no Brasil, a empresa ficará apenas com sua presença garantida em sete distribuidoras do combustível, que devem estar localizadas no centro sul, uma vez que a empresa tem como foco em ordem de prioridade as concessões próximas a São Paulo.
A companhia afirmou que o foco geográfico estratégico deve ser considerado durante o plano de desinvestimento e que a Compass visa o lucro estando na região do centro sul nos próximos anos.
Após desinvestimento em distribuidoras de combustíveis, Companhia afirma que continuará buscando melhorias para a infraestrutura do ramo de gás natural
O mercado de gás natural ainda necessita de fortes investimentos no território nacional para conseguir uma infraestrutura de qualidade que atenda às demandas das companhias e a Compass disse que, mesmo com o projeto de desinvestimento nas distribuidoras do combustível, ainda pretende continuar buscando melhorias estruturais para esse segmento no país.
Assim, Luiz Henrique Guimarães, CEO da Cosan, comentou sobre a necessidade de novos investimentos no setor e de uma regulamentação mais eficiente na comercialização do combustível, afirmando que “Hoje 60% do mercado de gás no Brasil já tem regulamentação para cliente livre. O Brasil tem uma reserva muito grande, e nossa intenção é replicar o atendimento do cliente livre da área da Comgás, para os clientes, se assim quiserem, terem capacidade de migrarem para o mercado livre”.
Por fim, o executivo foi questionado sobre o cenário internacional de petróleo e demais combustíveis e a postura da estatal Petrobras nessa problemática e disse que acredita que a Petrobras continuará fazendo os reajustes para continuar a política de paridade internacional, mas que não estão convencidos de que é um cenário estrutural, embora esperem que o futuro traga uma estabilidade maior para este setor.