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Compagas fecha contratos com a Tradener e Gas Bridge, empresas brasileiras, para fornecimento de gás natural e mira em alternativas à Petrobras

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/06/2022 às 10:07
Com a queda no abastecimento de gás natural boliviano à Petrobras, a Compagas agora busca novas alternativas à estatal brasileira e fechou contrato para o fornecimento do combustível com as companhias brasileiras Tradener e Gas Bridge. 
Foto: Compagas

Com a queda no abastecimento de gás natural boliviano à Petrobras, a Compagas agora busca novas alternativas à estatal brasileira e fechou contrato para o fornecimento do combustível com as companhias brasileiras Tradener e Gas Bridge. 

A Compagas, distribuidora de gás natural do estado do Paraná, está em busca de novas alternativas ao abastecimento do combustível com a Petrobras e fechou contrato para fornecimento com as empresas Tradener e Gas Bridge. Assim, a companhia destacou na quinta-feira, (09/06), que está buscando as melhores oportunidades para o abastecimento do estado do Paraná, sem acabar prejudicando o bolso dos moradores da região, com contratos cada vez mais focados nos preços da commodity

Tradener e Gas Bridge serão os novos fornecedores de gás natural para o estado do Paraná com contratos assinados entre as empresas e a Compagas.

Durante o mês de maio, a Compagas fechou dois novos contratos para o fornecimento de gás natural ao estado do Paraná, desta vez com as empresas Tradener e Gas Bridge, as quais farão o abastecimento da região. Ambos os contratos fazem parte do novo projeto-piloto da empresa para diversificar o abastecimento de gás natural na região, se tornando cada vez menos dependente do negócio atual com a estatal brasileira Petrobras, que enfrenta sérios problemas internos atualmente. 

A companhia ainda destacou mais alguns detalhes do contrato, como, por exemplo, o abastecimento, que será de 10 mil metros cúbicos de gás natural por dia para a Compagas, ao longo de um prazo total de 10 dias.

Além disso, os contratos com a Tradener e a Gas Bridge estão na modalidade interruptível, ou seja, quando a demanda pode ser interrompida ou reativada, diante da disponibilidade de molécula por parte dos supridores, para garantir mais controle do abastecimento interno de gás natural. 

Ademais, o diretor-presidente da Compagas, Rafael Lamastra Jr., comentou sobre a necessidade de novos rumos para o abastecimento interno de gás natural e destacou que  “O gás natural a ser recebido em ambos os contratos é oriundo da Bolívia. No curto prazo, a Companhia não tem expectativa de recebimento do suprimento, dada a confirmação da redução do envio do combustível pelo país vizinho. No entanto, em conjunto com a Tradener e com a Gas Bridge Comercializadora, estamos monitorando a situação e buscando janelas de oportunidade para receber o gás contratado no Paraná”.

Contratos com a Tradener e Gas Bridge marcam primeira vez que a distribuidora fecha negócios para suprimento interno de gás natural sem a presença da Petrobras.

Com a finalização dos contratos para o início do abastecimento de gás natural no estado do Paraná com a Tradener e a Gas Bridge, a Compagas alcança os seus primeiros negócios de fornecimento sem a presença da Petrobras. Como ainda está nas fases iniciais de contratação, a Compagas destacou que o volume contratado é reduzido devido à indisponibilidade de capacidade de saída de transporte, totalmente ocupada pela Petrobras nos contratos que já estão firmados com a empresa. 

Dessa forma, a ocupação da saída de transporte do gás natural pela Petrobras acaba prejudicando o desenvolvimento acelerado dos novos negócios, mas a Compagas tornará os empreendimentos mais eficientes na medida do possível.

Embora esteja cada vez mais buscando alternativas em relação à estatal, a última chamada pública para o fornecimento de gás natural foi aceita apenas pela empresa, o que garante ainda um vínculo à petrolífera nacional. 

Agora, com os contratos do projeto-piloto com a Tradener e a Gas Bridge, a Compagas finalizará as etapas iniciais de testes para avançar nas negociações com outros potenciais supridores para a aquisição de volumes maiores de gás, buscando mais competitividade no mercado interno.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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