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Como um carro rodou impressionantes 1.107 km sem reabastecer? As 4 técnicas ignoradas por muitos motoristas que fazem toda a diferença na economia de combustível

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/08/2025 às 11:56
Carro roda 1.107 km sem reabastecer e revela técnicas simples de direção econômica que reduzem consumo e ampliam a autonomia.
Carro roda 1.107 km sem reabastecer e revela técnicas simples de direção econômica que reduzem consumo e ampliam a autonomia.
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Teste com SUV híbrido mostrou como hábitos simples ao volante, aliados à manutenção adequada e ajustes no uso de ar-condicionado e pneus, podem ampliar de forma significativa a autonomia e gerar economia imediata para motoristas.

O preço dos combustíveis pressiona o bolso, mas mudanças simples ao volante reduzem o gasto tanto na cidade quanto na estrada.

De acordo com o site News Automotivas, uma viagem recente com o híbrido plug-in Jaecoo 7 mostrou isso na prática: o SUV percorreu 1.107 km sem reabastecer e ainda indicou autonomia restante de 341 km, ao longo do trajeto de Alphaville (SP) até a usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR).

As condições do teste incluem condução em ritmo constante, janelas fechadas e ar-condicionado ajustado para conforto — um conjunto de hábitos que qualquer motorista consegue replicar.

O caso prático do Jaecoo 7

Na avaliação realizada pela Auto+ TV, a equipe rodou mais de mil quilômetros em dois dias, mantendo velocidades entre 60 km/h e 90 km/h e temperatura do ar-condicionado em 23 °C.

Ao fim, o computador de bordo registrou os 1.107 km já percorridos e 341 km ainda disponíveis, resultado coerente com a promessa oficial de até 1.200 km de autonomia combinada do modelo.

O relato enfatiza que a regularidade na condução e a aerodinâmica preservada fizeram diferença ao longo do percurso.

Segundo destacou o News Automotivas, esse desempenho chamou atenção justamente por ter sido obtido em condições de uso real, e não em laboratório.

Técnica 1: controle preciso dos pedais

Acelerar suavemente e usar menos o freio é uma das principais técnicas de direção econômica para reduzir o consumo de combustível.” (Imagem: reprodução/ IA)
Acelerar suavemente e usar menos o freio é uma das principais técnicas de direção econômica para reduzir o consumo de combustível. (Imagem: reprodução/ IA)

A base da direção econômica é acelerar de forma progressiva e frear o mínimo necessário. Evitam-se picos de demanda no motor e o consumo cai.

Manuais de direção econômica usados em cursos profissionais reforçam que a suavidade nos comandos é um dos pilares para reduzir gasto de combustível e desgaste de componentes.

Além disso, manter velocidade estável — dentro do limite e compatível com o fluxo — ajuda o carro a trabalhar em faixas mais eficientes. Outro ponto é antecipar o cenário à frente.

Ao identificar um semáforo fechando ou um congestionamento, tirar o pé do acelerador com antecedência permite que o veículo perca velocidade gradualmente, evitando frenagens fortes.

O efeito somado de acelerações suaves, menos frenagens e velocidade constante é perceptível no consumo, especialmente em trechos urbanos.

Técnica 2: leitura de tráfego e planejamento de ritmo

Antecipar o trânsito e manter velocidade constante ajuda na economia de combustível em estradas e vias urbanas.” (Imagem: reprodução/ IA)
Antecipar o trânsito e manter velocidade constante ajuda na economia de combustível em estradas e vias urbanas. (Imagem: reprodução/ IA)

Ainda que pareça óbvio, ler o tráfego a distância e ajustar o ritmo evita “serras” de velocidade que desperdiçam energia.

Em rodovias, manter uma margem de segurança e observar o comportamento de caminhões e ônibus à frente reduz as variações de aceleração.

Em trechos urbanos, escolher rotas com menos para-e-anda e preservar embalo nas saídas de curva também favorece a economia ao longo do dia.

Diretrizes profissionais para frotas mostram que condução agressiva pode deteriorar a eficiência entre 20% e 30%.

Técnica 3: pneus calibrados e baixa resistência ao rolamento

Pneus calibrados corretamente diminuem a resistência ao rolamento e fazem toda a diferença no consumo de gasolina e etanol. (Imagem: reprodução/ IA)
Pneus calibrados corretamente diminuem a resistência ao rolamento e fazem toda a diferença no consumo de gasolina e etanol. (Imagem: reprodução/ IA)

Pneus com pressão nos valores recomendados pelo fabricante reduzem a resistência ao rolamento, diminuindo o esforço exigido do motor.

Fabricantes globais como Michelin e Continental destacam que a calibragem correta e compostos de baixa resistência ao rolamento geram economia consistente, podendo melhorar a eficiência em até 9%, a depender do conjunto.

Além de poupar combustível, a pressão adequada preserva estabilidade e segurança, especialmente em alta velocidade. Calibrar com regularidade é uma medida simples e de alto impacto.

Em viagens, conferir a pressão com o carro frio e com ajuste para carga quando necessário evita que o pneu trabalhe deformado, situação que eleva o consumo e acelera o desgaste.

Na rotina, alinhar e balancear no prazo previne arrasto extra causado por convergência fora de especificação.

Técnica 4: vidros fechados e ar-condicionado moderado

Viajar em alta velocidade com os vidros fechados e ar-condicionado regulado melhora a aerodinâmica e garante mais economia de combustível. (Imagem: reprodução/ IA)
Viajar em alta velocidade com os vidros fechados e ar-condicionado regulado melhora a aerodinâmica e garante mais economia de combustível. (Imagem: reprodução/ IA)

Rodar com janelas abertas em velocidade de rodovia aumenta o arrasto aerodinâmico, forçando o motor e piorando a eficiência.

Estudos controlados mostram que, em determinadas faixas de velocidade, manter os vidros fechados e usar o ar-condicionado em regime moderado é mais econômico do que enfrentar a turbulência criada pelos vidros abaixados.

A relação exata varia por veículo e velocidade, mas a tendência é a mesma: quanto maior a velocidade, maior o prejuízo aerodinâmico de rodar com janelas abertas.

No teste do Jaecoo 7, a equipe manteve os vidros fechados e temperatura de 23 °C, reforçando a estratégia.

Pesquisas da SAE e medições citadas por órgãos do Departamento de Energia dos EUA acrescentam nuance: no trânsito urbano e a velocidades baixas a moderadas, abrir levemente as janelas pode ser aceitável.

Já a acima de 70–80 km/h, o ar-condicionado tende a ser o menor dos males quando comparado ao arrasto adicional.

Ajustar a ventilação para não trabalhar no máximo e usar recirculação quando apropriado também ajuda.

Economia aplicada ao dia a dia

Funciona na estrada e também na cidade. Para replicar os resultados, a recomendação é planejar o ritmo desde a saída, evitando picos de aceleração.

Em vias expressas, estabilize a velocidade e preserve o embalo nas retomadas.

No calor, ajuste o ar-condicionado entre 22 °C e 23 °C, recorra à recirculação quando for útil e mantenha as janelas fechadas a velocidades de rodovia.

Ao mesmo tempo, calibre os pneus na periodicidade indicada no manual e observe sinais de desgaste irregular, que podem indicar alinhamento fora do padrão.

Manter a manutenção em dia complementa o pacote. Velas, filtros e lubrificantes no padrão correto evitam perdas de eficiência por combustão incompleta ou atrito.

Ainda que não tenham sido o foco do teste, esses cuidados criam o cenário para que as quatro técnicas acima entreguem todo o potencial.

Em condições controladas, como as descritas pela Auto+ TV, a soma de condução suave, antecipação de tráfego, pneus calibrados e aerodinâmica preservada explica por que um carro conseguiu cruzar boa parte do país sem ver o posto.

O News Automotivas ressaltou que, diante dos valores atuais de combustível, adotar práticas simples como essas representa economia imediata e benefício ambiental.

Diferenças entre veículos e condições de uso

Cada carro reage de forma distinta. Peso, formato da carroceria, calibração do trem de força e relevo alteram o consumo.

No caso do Jaecoo 7, trata-se de um híbrido plug-in com autonomia elétrica declarada e gestão específica entre motor a combustão e elétrico, o que ajuda a estender a distância total antes de reabastecer.

Em automóveis compactos, SUVs maiores ou modelos exclusivamente a combustão, o impacto relativo das janelas abertas e do ar-condicionado pode variar, mas os princípios de aerodinâmica e direção suave continuam válidos.

Diante do cenário atual, você já aplica alguma dessas quatro técnicas no dia a dia ou pretende testá-las na próxima viagem para medir a diferença no seu consumo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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