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Comitiva de Moscou aterrissa no Brasil mirando o setor de energia nuclear nacional, nas instalações da Nuclep. O que a Rússia espera de nós?

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 14/04/2024 às 11:35
Atualizado em 15/04/2024 às 17:20
Ilustração conceitual de uma colaboração nuclear entre Brasil e Rússia com usinas e submarinos
Usinas nucleares e submarinos avançados simbolizam a união tecnológica entre Brasil e Rússia

Comitiva da Rosatom deseja explorar oportunidades no setor nuclear brasileiro

Uma importante delegação da Rosatom Energy Projects, conglomerado nuclear da Rússia com sede em Moscou, realizou uma visita estratégica às instalações da estatal nacional Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A), situada no Brasil na última quarta-feira (10). O encontro, parte de uma série de iniciativas para fortalecer as relações bilaterais no campo da energia nuclear, busca explorar oportunidades de colaboração no desenvolvimento e produção de equipamentos essenciais para o setor nuclear brasileiro. Vale lembrar que a França também está em negociações conosco para projetos no submarino Álvaro Alberto.

Durante a visita, representantes da Rosatom se reuniram com executivos da Nuclep para discutir potenciais parcerias que poderiam levar a uma expansão significativa do setor nuclear no Brasil. As discussões centraram-se em como as capacidades industriais da Nuclep podem ser alavancadas para apoiar os projetos de energia nuclear da Rússia, além de como a experiência russa pode beneficiar as operações e a segurança nuclear no Brasil.

Veja a imagem da comitiva russa na estatal Nuclep

As mulheres loiras da empresa Rosatom posam para foto na Nuclep. a Diretora Executiva de Projetos, Alexandra Ovcharenko; a Gerente Regional, Ekaterina Baranova; o Gerente
A Diretora Executiva de Projetos, Alexandra Ovcharenko; a Gerente Regional, Ekaterina Baranova – Rosatom

A Nuclep, conhecida por sua competência na fabricação de componentes de alta complexidade para a indústria nuclear, está bem posicionada para colaborar com a Rosatom. Esta parceria não só reforçaria a infraestrutura nuclear brasileira, mas também permitiria a transferência de tecnologia e expertise, fortalecendo a indústria nacional e contribuindo para a autonomia energética do país. Recebemos até mesmo uma mega carga de 21 toneladas de urânio russo para fortalecer Angra 1 em fevereiro deste ano.

O foco da parceria proposta entre a Rosatom e a Nuclep incluiria o desenvolvimento de novas tecnologias nucleares, a construção de reatores nucleares mais eficientes e seguros, e o apoio mútuo em pesquisas e desenvolvimento no campo da energia nuclear. A colaboração é vista como um passo crucial para o Brasil na diversificação de suas fontes de energia e na consolidação de um futuro energético sustentável e independente.

O papel da Rosatom no cenário global de energia nuclear é notável, sendo responsável pela construção de mais de um terço dos reatores nucleares em desenvolvimento ao redor do mundo. A expertise da Rosatom em tecnologia nuclear avançada é inquestionável e representa uma grande vantagem para o Brasil, que busca expandir e modernizar seu setor nuclear.

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Além do impacto na geração de energia, a colaboração entre a Nuclep e a Rosatom tem o potencial de gerar significativos benefícios econômicos, incluindo a criação de empregos, o estímulo à economia local e o desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos robusta no setor nuclear. Esta parceria estratégica também poderia posicionar o Brasil como um líder regional em tecnologia nuclear e como um modelo para outros países em desenvolvimento.

Concluindo, a visita da comitiva da Rosatom à Nuclep é um sinal promissor de futuras colaborações que poderiam transformar o setor nuclear brasileiro. As discussões entre as duas entidades estão ainda em estágios iniciais, mas o potencial para uma parceria sólida e frutífera é evidente, prometendo fortalecer a posição do Brasil no cenário nuclear global e contribuir para um futuro mais seguro e sustentável.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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