IBP declarou que as diminuições feitas pela Petrobras no preço da gasolina se deu pela demanda pelo combustível nos EUA
Em entrevista à CNN, neste domingo, 4, o ex-presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), Eberaldo Almeida, declarou que os preços da gasolina vão continuar seguindo uma tendência de queda também nas próximas semanas. De acordo com o especialista do IBP, a diminuição na demanda pelo combustível gasolina nos Estados Unidos é um dos principais fatores que explicam o movimento dos preços da gasolina pela Petrobras.
“No caso do combustível gasolina, de acordo com o IBP, se nada de extraordinário acontecer, a tendência é que o preço da gasolina continue baixando. O que a gente vê daqui para frente é, de fato, uma redução na demanda do combustível. Ou seja, a demanda pela gasolina tem sido um grande fator para sinalizar preço, mais do que a oferta”, diz o IBP.
Pela décima semana consecutiva, o valor da gasolina nas bombas dos postos de combustível de todo o Brasil apresentou uma nova diminuição, defende o IBP. De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), divulgados na sexta-feira, 2, o preço médio do combustível gasolina caiu de R$ 5,25 para R$ 5,17, uma diminuição de 1,5%. A última vez que o preço da gasolina estava nesse patamar foi na última semana de fevereiro de 2021.
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O ex-presidente do IBP detalhou ainda que a guerra na Ucrânia e a inflação nos EUA fez com que as famílias norte-americanas diminuissem o consumo do combustível gasolina, tendo como resultado uma demanda menor do combustível e, consequentemente, um maior estoque, reduzindo o preço.
“Já se espera uma normalização no preço da gasolina no mercado americano. Ou seja, aquele pico não houve, isso reflete em uma sobra no combustível e uma queda de preço. E o que o Brasil está fazendo é acompanhar o preço no mercado internacional”, afirmou o IBP.
Petrobras reduz também o preço do combustível Querosene de Aviação em 10,4%
Após a redução nos preços da gasolina, a gigante do petróleo brasileiro Petrobras, informou no dia 26 de agosto, que no próximo dia 1º de setembro, fará reajustes nos valores do Querosene de Aviação (QAV) com uma redução de 10,4% nos preços de venda para as distribuidoras.
Esta é a segunda redução seguida nos preços do QAV, que já haviam sofrido ajuste de -2,6% no início de agosto, de acordo com dados do IBP.
Conforme prática que remonta os últimos 20 anos, os ajustes de preços de QAV são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras.
Os preços de venda do QAV da Petrobras para as companhias distribuidoras buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com reajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio.
A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras. As distribuidoras, por sua vez, transportam e comercializam o produto para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores, o que pode influenciar e abaixar os preços das passagens aéreas.
Vale ressaltar que as distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.
“O mercado brasileiro é aberto à livre concorrência e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”, disse a Petrobras no comunicado.