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Combustíveis – Petrobras diz que novos concorrentes nas refinarias de petróleo podem ajudar na redução do valor aos consumidores

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 26/06/2021 às 10:46
Atualizado em 28/06/2021 às 10:25
Refinarias – Petrobras – combustíveis
Refinaria da Petrobras/ Fonte: The Capital Advisor

O CEO da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse que a entrada de novos concorrentes nas refinarias de petróleo pode reduzir o preço dos combustíveis para o consumidor

Ontem,durante a comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público na Câmara dos Deputados, o presidente da Petrobras disse que novos concorrentes no segmento de refinarias de petróleo podem reduzir os preços dos combustíveis para o consumidor. A estatal decidiu vender oito refinarias, entre outros ativos, para gerar caixa e diminuir a sua dívida, que encerrou o ano de 2020 em US$ 75,5 bilhões. Veja ainda: Refinarias da Petrobras que não serão vendidas receberão investimentos de US$ 300 milhões até em 2025

Petrobras mantém alinhada ao PPI (Preço de Paridade de Importação)

O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou que a estatal se mantém alinhada ao PPI (Preço de Paridade de Importação) como forma de manter a atratividade e no mercado de combustíveis. Além do general, a política de preços também era defendida pela gestão de Roberto Castello Branco, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em fevereiro de 2021. A demissão ocorreu depois de sucessivos aumentos no preço dos combustíveis.

Luna diz que nesses 2 meses que está à frente da Petrobras não teve nenhuma intervenção, qualquer que seja. O CEO da Petrobras ainda diz que o que fizeram foi uma análise de cenário, verificaram o compromisso e separaram aquilo que é estrutural do que é conjuntural e não deve impactar preços.

Os desinvestimentos em refinarias e outros ativos da Petrobras

Silva e Luna foi convidado a prestar informações sobre os impactos do plano de desinvestimento da Petrobras. Os deputados pediam que o presidente da estatal explicasse principalmente os impactos da venda da refinaria RLAM (Refinaria Landulpho Alves).

A venda da refinaria e dos ativos da Petrobras foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobras em março. O contrato, ainda não assinado, contempla o repasse da RLAM para a Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 9,1 bilhões). O valor de venda é contestado por trabalhadores e entidades sindicais da Petrobras. O caso foi levado ao TCU (Tribunal de Contas da União), que julgou a denúncia como improcedente em maio.

O plano de desinvestimento de ativos inclui a venda de 8 das 13 refinarias da Petrobras. Além da RLAM, as unidades são: RNEST (Refinaria Abreu e Lima); SIX (Unidade de Industrialização do Xisto); REGAP (Refinaria Gabriel Passos); REPAR (Refinaria Presidente Getúlio Vargas); REFAP (Refinaria Alberto Pasqualini); REMAN (Refinaria Isaac Sabbá); e LUBNOR (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste).

Preços dos combustíveis

Silva e Luna afirmou também que a gasolina sai a R$ 1,90 das refinarias da Petrobras, em dados de abril e maio. Ao chegar na bomba, o preço embute outros valores, como tributos e lucros do revendedor. “A maior parte do preço é feita fora [da estatal]. A Petrobras não interfere nesse valor”, afirmou.

Durante o debate que contou com o CEO da Petrobras na Câmara dos Deputados, diversos parlamentares criticaram o custo atual dos combustíveis para os consumidores. Um deles foi o deputado Rogério Correia (PT-MG), que solicitou a audiência pública. “Hoje temos um preço da gasolina que já bate os seis reais. É um preço altíssimo em relação ao que a população estava acostumada”, afirmou

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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