Com mais de 100 km de linhas, dezenas de estações e uma expansão bilionária em andamento, o sistema de São Paulo se consolida como o maior sistema de metrô do Brasil e um dos mais importantes da América Latina.
O Metrô de São Paulo é, inquestionavelmente, o maior sistema de metrô do Brasil. De acordo com dados consolidados de operadores e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a malha que atende a capital paulista e sua região metropolitana supera com folga a de qualquer outra cidade do país em extensão, número de estações e complexidade.
A rede paulistana é um gigante em constante crescimento. Sua história, que começou nos anos 70, hoje é marcada por uma operação que mistura o controle estatal com a eficiência da iniciativa privada e por projetos de expansão que estão entre os maiores de toda a América Latina, prometendo redefinir a mobilidade na maior metrópole do hemisfério sul.
A liderança em números: por que o metrô de São Paulo é o maior do país?
Os números confirmam a liderança de São Paulo. Considerando apenas as linhas de metrô convencional e monotrilho, o sistema possui:
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- 104,4 km de extensão
- 91 estações
- 6 linhas em operação
Esses dados colocam a rede paulistana muito à frente do segundo colocado, o Rio de Janeiro, que possui cerca de 57 km de metrô. A comparação com outras capitais, como Brasília (42,4 km) e Salvador (38 km), reforça ainda mais a sua dominância no cenário nacional.
As linhas que movem a metrópole: um sistema de duas faces
O maior sistema de metrô do Brasil é operado por um modelo híbrido. As linhas mais antigas e algumas das mais movimentadas, como a Linha 1-Azul (inaugurada em 1974), a Linha 3-Vermelha e o monotrilho da Linha 15-Prata, são administradas pela estatal Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
Por outro lado, as linhas mais novas e tecnologicamente avançadas foram concedidas à iniciativa privada. A Linha 4-Amarela, operada pela ViaQuatro, foi a primeira do país a ter trens sem condutor. A Linha 5-Lilás, hoje com a ViaMobilidade, também segue o mesmo modelo de Parceria Público-Privada (PPP).
A rede integrada com os trens da CPTM
Para entender a real dimensão do transporte sobre trilhos em São Paulo, é preciso incluir na conta os trens metropolitanos. Quando somamos as linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a malha integrada de São Paulo salta para impressionantes 377 km de extensão e 187 estações.
Essa integração, que permite ao passageiro trocar de uma linha para outra com o mesmo bilhete, transforma o sistema em uma rede coesa e funcional, com capacidade para transportar milhões de pessoas todos os dias.
O futuro em construção: os projetos que vão expandir ainda mais a rede
O maior sistema de metrô do Brasil não para de crescer. Atualmente, São Paulo tem em andamento alguns dos maiores projetos de infraestrutura da América Latina.
Linha 6-Laranja: Com 15,3 km e 15 estações, ligando a Brasilândia ao centro, esta é considerada a maior obra de infraestrutura em execução na América Latina. A previsão de entrega é entre 2026 e 2027.
Extensão da Linha 2-Verde: Adicionará 8 km e 8 novas estações, tornando-a a linha mais longa do sistema.
Extensão da Linha 4-Amarela: Levará o metrô pela primeira vez para fora da capital, até o município de Taboão da Serra, com previsão de início das operações em 2029.
Como São Paulo se compara a outras metrópoles
Em uma comparação regional, a posição de São Paulo depende do critério. Se considerarmos apenas o metrô convencional, as redes da Cidade do México (com 226 km) e de Santiago (com 149 km) são mais extensas.
No entanto, quando se analisa a rede ferroviária metropolitana integrada (metrô + trens), o sistema de São Paulo, com seus mais de 377 km, assume a liderança como o mais abrangente de toda a América do Sul, consolidando sua posição como uma potência no transporte de massa.