Comparamos o que essa mesma nota comprava em 2022 e em 2025 — e o resultado é um retrato direto da inflação
Uma nota de R$ 10 já foi suficiente para montar uma refeição básica para a família ou fazer um lanche completo no meio da tarde. Mas o que acontece com esse mesmo valor hoje? A resposta é mais do que simbólica: ela traduz a perda real de poder de compra sofrida por milhões de brasileiros.
Na análise do Monitor Mercado, o que era possível comprar com R$ 10 em julho de 2022 e o que se leva para casa com a mesma nota em 2025. O resultado mostra como a inflação de alimentos alterou profundamente a rotina no supermercado — e o bolso da população.
O que comprávamos com R$ 10 em 2022?
Três anos atrás, o valor de R$ 10 era suficiente para montar uma base completa de refeição caseira. Considerando preços médios de mercado, era possível levar para casa:
-
Montadora chinesa que prometia transformar o mercado brasileiro rompe parceria e faz empresa nacional buscar nova gigante da China
-
O que explica a valorização de 675% da Embraer em 5 anos, à frente de Apple, Meta e Amazon?
-
Investimento de mais de R$ 500 milhões em cervejaria e fábrica de embalagens de alumínio é anunciado para Frutal, Minas Gerais
-
O brasileiro está parando de tomar cerveja? Marcas com vitamina D, sem glúten e zero álcool ganham força e mudam as regras do jogo
- 500g de macarrão (R$ 2,50)
- 1 sachê de molho de tomate (R$ 2,00)
- 1 cebola média (R$ 1,50)
- 3 a 4 dentes de alho (R$ 3,00)
Total: R$ 9,00, com um troco de R$ 1,00. A combinação permitia um jantar simples e funcional para toda a família.
O que R$ 10 compram em 2025?
Em julho de 2025, a realidade é outra. Com o mesmo valor, conseguimos apenas:
- 1kg de arroz de marca econômica (R$ 6,00)
- 1 cenoura grande (R$ 2,50)
Total: R$ 8,50, e já não há espaço para temperos, proteínas ou acompanhamentos. A diferença é expressiva e comprova o impacto da inflação alimentar acumulada nos últimos anos.
O que causou essa perda de poder de compra?
O principal fator é a inflação de alimentos, provocada por uma combinação de fatores:
- Aumento no custo dos combustíveis e da energia
- Alta nos insumos agrícolas e fertilizantes
- Clima instável e quebras de safra
- Reajustes logísticos e tributários
Esses fatores aumentam o preço final pago pelo consumidor. Os alimentos básicos — como arroz, feijão, leite, hortaliças e ovos — ficaram proporcionalmente mais caros do que produtos industrializados em muitos casos.
Qual o impacto no dia a dia das famílias?
A consequência é direta: com menos produtos no carrinho e mais dinheiro gasto, as famílias brasileiras são forçadas a:
- Diminuir a quantidade de comida comprada
- Trocar marcas e ingredientes por versões mais baratas
- Abrir mão de proteínas ou alimentos frescos
- Lidar com orçamentos domésticos desequilibrados ao final do mês
A sensação de que o salário “desaparece” rapidamente tem base real e afeta diretamente a segurança alimentar de milhões de pessoas.
Como fazer seu dinheiro render mesmo com R$ 10?
Não há fórmula mágica, mas há atitudes que ajudam a minimizar o impacto da inflação:
1. Compare preços com mais frequência. Use aplicativos, folhetos de mercado e observe variações entre bairros.
2. Compre em dias estratégicos. As segundas e terças costumam ter ofertas em hortifrútis e açougues.
3. Priorize alimentos de alto rendimento. Ovos, feijão, batata-doce, cenoura e arroz são versáteis e rendem por mais tempo.
4. Reaproveite sobras. Planejar refeições com o que já existe em casa evita desperdícios invisíveis.
5. Compre menos, mais vezes. Evita perda de alimentos perecíveis e favorece compras de oportunidade.
Você percebeu a diferença na hora das compras? Acha que a nota de R$ 10 ainda tem valor real no mercado? Compartilhe sua experiência nos comentários — queremos ouvir como você tem enfrentado a alta dos preços na prática.