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Com nova estatal sancionada por Lula, o Brasil entra na disputa global por foguetes e satélites, mirando o protagonismo no espaço

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 07/01/2025 às 08:22
Com nova estatal sancionada por Lula, o Brasil entra na disputa global por foguetes e satélites, mirando o protagonismo no espaço
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Presidente Lula sanciona lei que impulsionará o Brasil na corrida espacial, fortalecendo sua posição no mercado global de lançamentos e no desenvolvimento de tecnologias avançadas, como foguetes e satélites.

O Brasil acaba de dar um passo gigante na corrida espacial! O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a Lei Nº 15.083, criando a Alada, uma empresa estatal destinada ao desenvolvimento e exploração de tecnologias aeroespaciais, como foguetes e satélites. Essa iniciativa promete colocar o país em destaque no mercado global de lançamentos espaciais e tecnologias avançadas. Continue lendo para entender a lei sancionada pelo presidente Lula para lançamento de foguetes e satélites no Brasil.

O que é a Alada?

A Alada é uma subsidiária da NAV Brasil, empresa estatal criada em 2020 e vinculada ao Ministério da Defesa. Inicialmente focada em serviços de navegação aérea, a NAV agora amplia sua atuação com a criação da Alada. A nova empresa terá como objetivo desenvolver, certificar e comercializar tecnologias aeroespaciais, além de gerenciar redes de satélites e realizar lançamentos de foguetes. Segundo o texto sancionado, a Alada será responsável por:

  • Desenvolvimento de tecnologias para navegação aérea e espacial;
  • Pesquisa e certificação de equipamentos aeroespaciais;
  • Proteção da propriedade intelectual na área;
  • Apoio ao Comando da Aeronáutica em projetos estratégicos;
  • Gerenciamento de redes de satélites.

Lançamento de foguetes e satélites no Brasil: Por que a criação da Alada é tão importante?

O lançamento de foguetes e satélites no Brasil sempre foi visto como uma grande oportunidade para alavancar o setor aeroespacial do país. Com a criação da Alada, o Brasil poderá se consolidar como um player relevante nesse mercado, que movimenta bilhões de dólares anualmente.

A iniciativa também busca fortalecer o Programa Espacial Brasileiro, que já vem crescendo com investimentos e parcerias internacionais. De acordo com o senador Astronauta Marcos Pontes, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, a exploração comercial de voos espaciais pode trazer um enorme retorno econômico, além de fomentar a inovação tecnológica no país.

Estrutura e funcionamento da empresa estatal

Nos primeiros quatro anos, a Alada poderá contratar técnicos e administrativos de forma temporária para viabilizar sua operação inicial. Essas contratações serão consideradas de interesse público, garantindo que a empresa comece a funcionar sem entraves burocráticos.

A nova estatal também poderá ceder servidores públicos e militares para compor sua equipe. Caso isso ocorra, a Alada reembolsará os custos aos órgãos de origem. Além disso, ela poderá oferecer planos de previdência complementar aos seus funcionários, atraindo talentos para a área.

Outro ponto importante é a possibilidade de a União assumir o controle direto da subsidiária. Isso significa que o governo federal poderá integrar os projetos da Alada às políticas nacionais para o setor aeroespacial, fortalecendo sua presença estratégica.

Impacto econômico e tecnológico

Com a criação da Alada, o Brasil entra na rota dos países que dominam o setor aeroespacial. O mercado de satélites e foguetes está em plena expansão, com a demanda por serviços como internet via satélite, monitoramento ambiental e exploração espacial crescendo exponencialmente.

A exploração econômica dessa infraestrutura poderá gerar receitas bilionárias, impulsionando a economia nacional. Além disso, a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias avançadas beneficiam setores como telecomunicações, agricultura e defesa.

Apoio político e parcerias

A criação da Alada foi amplamente elogiada por líderes políticos e especialistas. O senador Astronauta Marcos Pontes destacou a importância da estatal para consolidar o Brasil como um protagonista no setor aeroespacial. Segundo ele, a iniciativa demonstra o compromisso do país com a inovação e a competitividade internacional.

Durante a tramitação do projeto de lei no Congresso, também foram ressaltadas as oportunidades de parcerias estratégicas. Empresas privadas e instituições internacionais poderão colaborar com a Alada, trazendo investimentos e expertise para projetos futuros.

Um futuro promissor para o programa espacial brasileiro

A sanção da Lei Nº 15.083 marca um momento histórico para o Brasil. Com a Alada, o país não apenas fortalece sua capacidade tecnológica, mas também amplia sua influência no mercado global de foguetes e satélites. A expectativa é que a estatal atraia novos investimentos, gere empregos qualificados e coloque o Brasil na vanguarda da exploração aeroespacial.

Agora, resta acompanhar os próximos passos dessa jornada. Será que o Brasil finalmente vai decolar no setor espacial? Tudo indica que sim, e a Alada pode ser a grande responsável por levar o país ao topo desse mercado tão competitivo.

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José Carlos Caldas da Silva
José Carlos Caldas da Silva
09/01/2025 08:05

Enfim uma boa notícia no Brasil. Esse foi um bom começo, agora a empresa precisa se estruturar para encontrar o seu lugar no mercado, garantindo a atração de investimentos privados.

Warner
Warner
08/01/2025 16:17

Trabalhei 18 anos no DCTA/IAE tendo a oportunidade de participar de 15 lançamentos de foguetes, inclusive dos dois primeiros VLS (Veículo Lançador de Satélites).
O Brasil está parado há mais de 20 anos na área espacial e extremamente atrasado.
Por quê criar outra estatal e não investir no que já existe?
Está estatal cheira mal, cheira cabide de emprego igualzinho a estatal que criaram para o trem bala!

clipmaster
clipmaster
07/01/2025 22:13

E o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o CTA ( Centro Técnico Aeroespacial) serve para quê?

José Carlos Caldas da Silva
José Carlos Caldas da Silva
Em resposta a  clipmaster
09/01/2025 08:24

É uma questão mais JURÍDICA e CONTÁBIL do que PRÁTICA. A criação de uma empresa de economia mista para cuidar dessa área permitirá que futuramente o governo tenha a opção de abrir o capital para captar investimentos, o que não é possível com órgãos como o INPE e o CTA.

Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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