Nova naked da Honda mistura estilo retrô das lendárias CBs dos anos 1980 com tecnologia moderna, motor derivado da Fireblade e pacote eletrônico completo que inclui IMU, controle de tração, painel TFT e modos de pilotagem personalizados.
A Honda apresentou oficialmente a CB1000F, naked de grande porte que combina estética retrô com pacote eletrônico atual.
O modelo usa o quatro-cilindros em linha de 1.000 cm³ derivado da CBR1000RR Fireblade, retrabalhado para privilegiar baixas e médias rotações, e entrega 123,7 cv a 9.000 rpm e 10,5 kgfm a 8.000 rpm.
Entre os recursos, há IMU de 6 eixos com ABS em curva, controle de tração sensível à inclinação, tela TFT de 5 polegadas com Honda RoadSync e cinco mapas de pilotagem (três pré-definidos e dois personalizáveis).
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A estreia ocorre no exterior, com preço divulgado para o Japão de 1.397.000 ienes e chegada prevista a concessionárias europeias no início de 2026.
Motorização derivada da Fireblade, ajustada para uso diário
O propulsor tem origem na Fireblade de 2017, mas foi amplamente revisto para a CB1000F.
A Honda redesenhou comandos de válvulas e revisou a admissão, adotando funis mais longos e estreitos para priorizar torque em rotações intermediárias.
O escapamento 4-2-1 finaliza em silenciador estilo “megafone”, solução que reforça o som característico dos quatro-cilindros.
Segundo a fabricante, o resultado é uma entrega mais acessível, com força disponível cedo e resposta linear.
Câmbio e embreagem pensados para fluidez
Para harmonizar o novo acerto, a relação de marchas foi recalibrada: 1ª e 2ª ficaram mais curtas para melhorar a saída, enquanto as demais priorizam rotação mais baixa em cruzeiro.
Em 6ª a 100 km/h, o motor gira em torno de 4.000 rpm, contribuindo para conforto e consumo.
A embreagem assistida e deslizante reduz o esforço na alavanca e ajuda a evitar travamento da roda traseira em reduções.
Ciclística: quadro da Hornet e subchassi exclusivo
A base estrutural é o quadro Diamond da CB1000 Hornet, com subchassi próprio para a CB1000F visando maior conforto do piloto e do garupa.
Na dianteira, o garfo invertido Showa SFF-BP de 41 mm é ajustável.
Atrás, o amortecedor Showa tem ajuste de pré-carga e retorno, trabalhando com sistema Pro-Link.
As dimensões seguem a Hornet, mas o assento foi redesenhado e a ergonomia privilegia postura ereta.
Freios e eletrônica: IMU de 6 eixos e ABS em curvas
O pacote de assistência inclui controle de tração e ABS atuando em inclinação graças à Unidade de Medição Inercial, além de acelerador eletrônico (TBW).
Na frenagem, a moto traz pinças Nissin radiais de quatro pistões e discos flutuantes de 310 mm na dianteira, com disco traseiro de 240 mm.
A distribuição de modos oferece Standard, Sport e Rain, além de dois perfis User que permitem ajustar potência, freio-motor e intervenção do controle de tração.
Ergonomia e dimensões: assento baixo e peso contido
Apesar do porte, a CB1000F busca acessibilidade no uso urbano e em viagens curtas.
O assento tem 795 mm e o peso em ordem de marcha é de 214 kg, números que, aliados ao tanque de 16 litros, ajudam a compor a proposta de autonomia equilibrada e manuseio previsível.
De acordo com medições de referência publicadas pela imprensa especializada, o consumo declarado fica na casa de 5,6 l/100 km, com alcance teórico próximo ao da Hornet graças ao novo escalonamento do câmbio.
Painel, conectividade e chave presencial
O painel TFT de 5″ é colorido, com diferentes layouts e controles no punho esquerdo.
Há integração ao Honda RoadSync para navegação passo a passo, chamadas e música via Bluetooth.
A iluminação é 100% em LED e a partida utiliza a Honda Smart Key, dispensando a chave física para ligar a moto e travar a direção.
Design: referências às CBs dos anos 1980
O visual retoma elementos das CB750F e CB900F que marcaram a década de 1980, com tanque volumoso, farol redondo e grafismos inspirados nas cores usadas por Freddie Spencer.
A leitura, no entanto, é contemporânea, com linhas limpas e peças de acabamento que dialogam com a proposta “neo-retrô”.
Sustentabilidade: peças com material reciclado
Em consonância com metas globais de uso de materiais recicláveis, a Honda emprega polipropileno pré-consumo no para-lama traseiro e na base do assento da CB1000F.
A medida integra iniciativas da marca para ampliar o uso de resinas recicladas em sua linha de motocicletas.
Acessórios e pacotes disponíveis
A fabricante estruturou kits originais para personalização. O Sport agrega itens de caráter visual e funcional, como carenagem do farol, protetores e quickshifter como opção.
O Comfort inclui assento conforto e manoplas aquecidas, enquanto o Travel reúne bolsas laterais e bolsa de tanque para uso cotidiano ou pequenas viagens.
Todos os componentes também podem ser adquiridos separadamente, conforme disponibilidade local.
Cores, preço e disponibilidade
No lançamento, a CB1000F é oferecida em três combinações: Wolf Silver Metallic com faixa azul, Wolf Silver Metallic com faixa cinza e Graphite Black com faixa vermelha.
No Japão, o preço sugerido é de 1.397.000 ienes, valor ligeiramente acima do da CB1000 Hornet.
Na Europa, a chegada às lojas é prevista para o início de 2026; já mais detalhes comerciais para o bloco europeu devem ser informados ao longo de novembro, durante o EICMA 2025.
Enquanto a CB1000F mira no entusiasta que gosta do estilo clássico com eletrônica de ponta, qual aspecto mais pesa na sua decisão de compra: o pacote de assistências, a ergonomia mais acessível ou o apelo retrô do design?