A última semana foi bastante agitada para Aneel, uma vez que a agência arrematou os 13 lotes no leilão de transmissão de energia. O leilão aponta que os lotes foram arrematados para a gestão de ativos destinados ao fluxo de energia renovável.
Nesta última quinta-feira, (30/06), na sede da B3, em São Paulo, foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o leilão de transmissão de energia que garantiu investimentos de cerca de R$ 15,3 bilhões na área.
Dados cedidos no leilão apontam que os investimentos atribuídos aos 13 lotes disponíveis são cerca de R$ 15,3 bilhões
Nesse sentido, segundo o coordenador-geral de Planejamento da Transmissão no Ministério de Minas e Energia, Guilherme Zanetti, o leilão realizado este ano foi o segundo maior de transmissão de energia já feito. A estimativa inicial dos investimentos é de R$ 15,3 bilhões, porém o montante pode variar, uma vez que as empresas buscam alternativas para economizar.
De acordo com as regras, arrematou em cada lote a empresa que ofertasse o menor projeto de Receita Anual Permitida de Referência (RAP) a ser pago. Ou seja, aquela com a maior desvalorização em relação ao valor de referência. Ao fim, o valor totalizado pela RAP ficou em torno de R$ 1,206 bilhões, com redução de 46,16% do previsto pela agência dirigente.
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Os destaques do dia ficaram por conta dos empreendimentos dos lotes 1, 2 e 3, os mais disputados da sessão. A grande expectativa era que os investimentos nesses lotes ultrapassassem os R$ 12 bilhões, a forte disputa foi muito celebrada pela Aneel.
No entanto, para o diretor da Aneel, Hélvio Guerra, mais que os investimentos atraídos destacam-se os novos resultados estratégicos que serão permitidos com os lotes de energia, principalmente os avanços que serão possíveis no norte de Minas Gerais.
Veja como foi o leilão de transmissão de energia e quais foram as empresas que arremataram os 13 lotes
O leilão de transmissão de energia contou com uma grande competição entre as maiores empresas do setor elétrico. Nesse sentido, a sessão realizada em São Paulo foi dividida em 2 etapas, na primeira etapa foram ofertados 6 lotes. O lote número 1 foi arrematado pelo Consórcio Verde, formado pela Cymi e Brasil Energia, ofertando uma RAP de R$ 283,3 milhões.
A compra do lote 2 ficou por conta da empresa Neoenergia, a companhia ofereceu uma RAP de R$ 360 milhões. Os executivos da Neoenergia explicaram, em teleconferência, que após um trabalho extenso de avaliação dos lotes, conseguiram estabelecer acordos firmes.
“Conseguimos com propostas firmes e vinculantes com grandes empresas. Hoje temos propostas firmes que nos permitem alcançar isso aí. Os descontos no capex são firmes e reais”, comemorou Eduardo Capelastegui, futuro executivo que deverá assumir a presidência da Neoenergia após a saída de Mário Ruiz-Tagle.
Já o lote número 3 foi arrematado pela companhia Isa Cteep, oferecendo uma RAP de cerca de R$ 285 milhões, a empresa voltou a ter sucesso mais uma vez ao também levar o lote 11, após uma disputa acirrada com a empresa EDP.
Segundo Rui Chammas, diretor e presidente da empresa Isa Cteep, o deságio para a companhia é uma consequência de uma profunda e cuidadosa análise onde são feitos todos os cálculos e análises de todo o retorno mínimo, nela será definida qual é a RAP e qual o deságio que foi um sucesso para os diretores da Aneel. Explicando o trabalho extenso e o êxito grandioso da empresa no leilão de transmissão de energia.