Saturação dos gasodutos da Petrobras deve acontecer já em meados da próxima década e navios de liquefação (FLNGs) seriam uma alternativa
A oferta do gás e as recentes mudanças na legislação do gás natural continuam movimentando toda a cadeia produtiva do setor e a Petrobras declarou, através de seu gerente-executivo de gás natural da estatal, Rodrigo Costa Lima e Silva, que a empresa estuda utilizar a cabotagem como forma de trazer a sua produção do pré-sal até a costa.
Em agosto deste ano o Click Petróleo e gás informou que a Golar Power, que está construindo um terminal de gás em Sergipe, tem a intenção de construir navios para transportar seu gás natural liquefeito (GNL).
A utilização de navios de liquefação (FLNGs, na sigla em inglês) seriam uma excelente alternativa aos gasodutos marítimos e ainda apresentam a opção de possibilitar a exportação do produto.
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Tal medida está sendo estudada pela Petrobras tendo em vista a saturação prevista jé em meados da próxima década devido ao aumento da oferta de gás natural, principalmente depois da descoberta na bacia Sergipe Alagoas.
O gerente da estatal explicou que navios de liquefação são uma opção para abastecer as térmicas á gás natural (existentes e as que estão por vir), bem como comercializar internacionalmente o produto.
A demanda
Durante a OTC Brasil que aconteceu no Rio de Janeiro de 29 a 31 de outubro, Lima e Silva declarou que: “Se nossos projetos (de exploração nas Bacias de Campos e Santos) forem bem-sucedidos, entre 2025 e 2030 vamos precisar de uma nova infraestrutura: gasodutos, unidades de processamento e até mesmo um FLNG para fornecer flexibilidade. Isso porque temos uma volatilidade da demanda termelétrica e nossa perspectiva é que o mercado de gás vai crescer por meio de novas usinas a gás. Estamos estudando soluções que se adequem a essa situação”.
A Petrobras já chegou a licitar a contratação de um projeto de engenharia para um navio de liquefação, mas o projeto não foi a frente devido ao elevado custo na época (em 2009), mas segundo seu gerente-executivo, a tecnologia atual está muito mais evoluída, “Atualmente, no mundo, já vemos alguns projetos que estão fazendo a liquefação offshore. É uma tecnologia que avançou bastante e o mercado já tem um conhecimento maior [sobre a tecnologia] se comparado há dez anos atrás”, explicou ele.
O executivo da Petrobras finalizou dizendo que a empresa espera concluir o estudo do escoamento da oferta crescente de gás até 2022 e que os investimentos na infraestrutura do setor será através de de parcerias com companhias privadas.
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