Aos 14 anos, Herman Bekele criou um sabonete que promete tratar câncer de pele. A invenção rendeu prêmios internacionais e pode revolucionar a medicina acessível.
Em outubro de 2024, o jovem Herman Bekele, estudante do ensino médio na Virgínia (EUA), venceu o Discovery Education 3M Young Scientist Challenge, uma das competições científicas estudantis mais prestigiadas do planeta. O feito lhe rendeu reconhecimento internacional e o título de “Kid of the Year 2024” pela revista TIME, que destacou sua invenção como uma das mais promissoras do ano. A fonte da informação é confirmada por portais como UrbanGeekz e CNN, que acompanharam o avanço do projeto.
Bekele, filho de imigrantes etíopes, desenvolveu o protótipo de um sabonete acessível com propriedades terapêuticas voltadas para o tratamento e prevenção de câncer de pele, especialmente em regiões onde o acesso a tratamentos convencionais é limitado. O produto combina compostos orgânicos e nanopartículas capazes de promover a regeneração celular e reduzir o risco de mutações causadas por danos solares.
A ideia que nasceu da empatia e da observação
Em entrevistas concedidas à TIME e à 3M, Herman explicou que a inspiração para o projeto veio de uma lembrança pessoal: “Eu cresci vendo pessoas expostas ao sol todos os dias, trabalhando sem proteção. Sempre pensei em algo que pudesse ajudar quem não tem acesso a médicos ou hospitais.
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” Essa inquietação o levou a estudar princípios de biologia celular, química medicinal e nanotecnologia, aplicando tudo que aprendeu em um experimento simples, mas potencialmente revolucionário.
O sabonete de Herman funciona com base em compostos derivados de plantas e nanopartículas de óxido de zinco, capazes de atuar como barreira protetora e agente terapêutico.
Durante os testes iniciais, observou-se uma redução significativa na inflamação e regeneração mais rápida das células da epiderme, simulando um efeito similar ao de medicamentos tópicos usados em tratamentos dermatológicos.
Do laboratório escolar ao reconhecimento global
O projeto começou no laboratório de ciências de sua escola pública e rapidamente ganhou destaque entre professores e pesquisadores.
Após meses de ajustes na fórmula e na metodologia, Herman apresentou sua criação à competição 3M Young Scientist Challenge 2024, patrocinada pela multinacional de tecnologia 3M. Entre milhares de participantes de diversos países, sua invenção foi considerada a mais promissora pela capacidade de unir simplicidade, baixo custo e impacto humanitário.
Com o prêmio, Bekele recebeu uma bolsa de US$ 25 mil e o apoio de cientistas da 3M para aprimorar o produto em escala industrial.
A meta é torná-lo uma solução acessível, custando menos de US$ 10 por unidade, e distribuir em comunidades vulneráveis da África e do Sul da Ásia, onde o câncer de pele é subdiagnosticado e raramente tratado.
O impacto e o futuro da descoberta de Herman Bekele
Especialistas consultados pela CNN Health e pela Forbes Science afirmam que a criação de Herman Bekele, embora ainda em fase experimental, representa um avanço notável na busca por terapias de baixo custo.
Caso os testes clínicos confirmem a eficácia do produto, ele poderá se tornar o primeiro sabonete com ação preventiva e terapêutica comprovada contra o câncer de pele.
A comunidade científica tem observado com entusiasmo o progresso do jovem inventor. Segundo o pesquisador Dr. Michael Davis, do National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering, “a proposta de Herman é promissora porque combina química verde com medicina regenerativa. Ele pensou em algo que muitos laboratórios com milhões de dólares ainda não haviam explorado.”
Além do reconhecimento acadêmico, o projeto abriu portas para convites em conferências científicas e palestras sobre inovação juvenil. Herman planeja, com o auxílio da 3M, iniciar uma fase de testes clínicos supervisionados em 2025 e já trabalha em uma versão líquida do produto com maior absorção dérmica.
De um sonho estudantil a um potencial marco médico
A trajetória de Herman Bekele é uma prova viva de que a curiosidade, quando guiada por empatia e propósito, pode gerar avanços capazes de mudar vidas.
O jovem que começou com um simples experimento escolar agora está prestes a transformar o conceito de tratamento acessível e sustentável em saúde pública.
Sua história é um lembrete de que o futuro da ciência pode nascer das ideias mais puras e das mãos de quem ainda nem chegou à universidade.