Mais consumidores brasileiros apostam em coletores solares para reduzir gastos e impulsionar a geração de energia limpa. A alta nos preços da energia elétrica e o inverno de 2025 fortalecem essa escolha estratégica.
De acordo com a Komeco, fabricante do setor desde 1994, a demanda por soluções térmicas eficientes bateu recorde no início de junho de 2025, quando a Aneel confirmou a bandeira vermelha em todas as regiões. Essa combinação aquece o mercado de aquecedores solares e reforça a mudança de comportamento dos consumidores.
Nova tecnologia amplia produção de energia térmica
A Komeco lançou recentemente o coletor solar Maxime Prime, que promete gerar até 20% mais energia térmica por metro quadrado. Essa eficiência é comparada a modelos de mesmo preço, segundo dados internos divulgados pela empresa em maio de 2025.
A inovação usa serpentinas em cobre, material que garante excelente transferência de calor. Além disso, o isolamento térmico em lã de PET retém o calor por mais tempo, sem risco de incêndio. As placas receberam pintura especial, aumentando o aproveitamento da luz solar.
Segundo o engenheiro Ronaldo Yano, o sistema foi redesenhado para evitar a condensação interna, garantindo maior durabilidade. Essas melhorias renderam ao produto a Classificação A do Inmetro, validada em maio de 2025.
Impactos econômicos e sociais da adesão solar
O aquecimento solar não é apenas sinônimo de economia doméstica. Estudo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), publicado em abril de 2025, mostra que cada nova instalação evita o uso de energia gerada por termelétricas poluentes.
Com a bandeira tarifária vermelha da Aneel, anunciada em maio, consumidores podem pagar até 20% mais caro pela eletricidade convencional. Assim, a substituição por energia térmica solar alivia o orçamento e fortalece a matriz renovável.
Em São José (SC), onde a Komeco opera, a segunda linha de produção do Maxime Prime abriu 30% mais vagas diretas, conforme relatório da Associação Empresarial de São José, de maio de 2025.
Busca por eficiência sustentável cresce
A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) revela que 70% das vendas de coletores solares ocorrem entre maio e agosto. Nesse período, o uso de água quente cresce e a economia torna-se ainda mais evidente.
Apesar do investimento inicial, pesquisas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), divulgadas em janeiro de 2025, indicam que consumidores recuperam o valor gasto em até três anos, com redução média de 35% na conta de luz.
A tecnologia também impacta positivamente a pegada de carbono, alinhando as casas brasileiras a práticas sustentáveis. Especialistas destacam que a expansão dos coletores térmicos contribui para as metas do Acordo de Paris.
Desafios de acesso e regulamentação
Nem tudo é simples para quem quer migrar para o aquecimento solar. O alto custo inicial ainda trava muitas famílias. Por isso, linhas de crédito, como o Fundo Clima do BNDES, ampliadas em fevereiro de 2025, têm papel essencial.
Além disso, falta informação clara sobre os benefícios de longo prazo. A Absolar defende mais campanhas educativas para reforçar que o retorno financeiro e ambiental é garantido.
Assim como a exploração do ouro, o uso da energia solar exige planejamento sustentável. Especialistas alertam que a má instalação pode gerar desperdícios e comprometer resultados.
Coletores solares no cenário global
A aposta em coletores solares segue uma tendência mundial. Em diversos países, como a Alemanha e a China, políticas de incentivo tornaram a energia térmica uma aliada para reduzir dependência de fontes fósseis.
Relatórios internacionais, divulgados em 2023, apontam que o Brasil tem potencial para dobrar sua participação na matriz solar até 2030, se manter o ritmo de crescimento atual.
Cada placa instalada representa menos gases de efeito estufa, menor pressão sobre hidrelétricas e redução de custos para a população.
E o que o futuro reserva para a energia solar?
Para especialistas, o coletor solar não é apenas uma solução sazonal, mas um investimento estratégico que transforma a forma como o país gera e consome energia.
A Komeco aposta na combinação de tecnologia, produção nacional e preço competitivo para liderar essa mudança.
O maior desafio, segundo o engenheiro Ronaldo Yano, é garantir que cada consumidor entenda que energia solar é mais do que economia: é responsabilidade ambiental.
Enquanto isso, o Brasil precisa equilibrar financiamento, informação e regulamentação para ampliar o acesso a quem ainda não pode adotar a tecnologia.