A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) é considerada a entidade legal de representação dos interesses dos caminhoneiros
Uma eventual greve dos caminhoneiros, como a paralisação nacional de 2018, deve ser o “último recurso”, avalia Mauro Maues, assessor executivo da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).
Na avaliação de Maues, houve uma “mudança muito grande” na situação da categoria entre 2018 — ano da greve nacional que parou o país — e a atual, principalmente pela abertura de diálogo com o governo, sendo recebida como entidade de transportes, e pela criação de leis de amparo aos caminhoneiros. “Naquela ocasião, houve também adesão das transportadoras, das empresas de ônibus e do agronegócio”, destacou o assessor executivo da CNTA.
“Enquanto houver diálogo consistente, a greve deve ser o último recurso dos caminhoneiros. Temos muito ainda a trabalhar para chegar nisso. Consideramos paralisação como último recurso para qualquer categoria pleitear suas demandas”, foram as palavras de Maues na coletiva de imprensa virtual realizada na quinta-feira (23) para apresentação da pesquisa “A realidade do caminhoneiro autônomo em 2022”.
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O assessor executivo afirma que hoje ocorre uma paralisação técnica, devido à pausa forçada feita pelo trabalhador autônomo pela escassez de recursos diante da alta do combustível.
Após fidelidade à bandeira nos postos ser liberada, a ANP autorizou a venda de gasolina e etanol via delivery; medida pode reduzir o preço dos combustíveis e aliviar o bolso do consumidor
Após serem aprovados, em 11 de agosto de 2021, a venda direta do etanol e o fim da fidelidade à bandeira nos postos de combustíveis, ou seja, permitindo que os postos que exibem marcas de uma distribuidora específica possam passar a comercializar combustíveis de outros fornecedores, desde que o consumidor seja informado, chegou a vez de a tão prometida venda de gasolina e etanol via delivery ser liberada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP. Em conjunto, medidas podem se tornar a “solução” para conter e frear o aumento do preço da gasolina, aliviando o bolso dos consumidores.
Com isso, os postos poderão entregar gasolina comum ou etanol em domicílio. A medida, no entanto, entra em vigor 180 dias após a publicação da resolução no Diário Oficial da União.
Pela norma, a entrega de combustíveis poderá ser feita apenas para entrega de etanol e gasolina ‘tipo C’ (a comum vendida em postos de gasolina). O fornecimento precisa se dar no mesmo município em que o revendedor é autorizado a operar.