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CMO congela projeto de estaleiro em São Francisco do Sul

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 10/06/2019 às 01:00
Atualizado em 09/06/2019 às 12:20

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Empresa aguarda pela segunda licença ambiental, mas esse não é o único impeditivo para o projeto ainda não sair da intenção.

A CMO, uma associação entre a Construcap e a McDermott, com sede no Rio de Janeiro, colocou em stand by o projeto de construção de estaleiro em São Francisco do Sul. O terreno onde deverá ser construído o empreendimento fica no bairro Miranda, em área de 500 mil m2.

A iniciativa, com investimento previsto de R$ 650 milhões, já conta com licença ambiental de instalação, emitida pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) em abril de 2018, para a primeira fase das obras do estaleiro em terra.

Porém, mesmo com a documentação as obras em terra não começaram e desde então está em compasso de espera.

A empresa também aguarda a aprovação da LAI para segunda etapa das obras no mar, que envolverão operações, como exemplo, de dragagem e a escavação de um canal. Mas não é só isso que está tornando o processo de instalação mais lento.

O presidente da empresa, José Pedro Mota, admitiu que o projeto está congelado, e aguardam uma melhora no ambiente macroeconômico e de condições favoráveis do mercado para o negócio sair da intenção.

“Congelamos o projeto. Vamos fazer, sim, mas numa velocidade bem menor. Entendemos que a Petrobras só terá capacidade de investimentos em 2025”, analisa.

Outro fator é a quase paralisação do segmento naval e de petróleo depois do início das operações contra a corrupção, a Lava Jato, desde 2015.

Dimensionado para processar 24 mil ton/aço por ano e atracar duas FPSO’s simultaneamente, o Estaleiro CMO foi projetado para a construção e integração de módulos a plataformas, bem como para o reparo e manutenção de navios e plataformas.

O Estaleiro também vai dispor de uma área de construção que permitirá a fabricação de jaquetas, monobóias, módulos de acomodação etc. O investimento anunciado, em 2014, é de R$ 700 milhões.

O Brasil deve atrair 50% do investimento mundial no mercado de subsea para petróleo e gás. A avaliação é de Rachid Félix, chairperson da sessão 3 do SPE Brazil Subsea Symposium: Unleashing the potential of Subsea 4.0​​​​​​​​​​​​​​, que acontece em 18 e 19 de junho, na Firjan, no Rio de Janeiro.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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