Empresa aguarda pela segunda licença ambiental, mas esse não é o único impeditivo para o projeto ainda não sair da intenção.
A CMO, uma associação entre a Construcap e a McDermott, com sede no Rio de Janeiro, colocou em stand by o projeto de construção de estaleiro em São Francisco do Sul. O terreno onde deverá ser construído o empreendimento fica no bairro Miranda, em área de 500 mil m2.
A iniciativa, com investimento previsto de R$ 650 milhões, já conta com licença ambiental de instalação, emitida pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) em abril de 2018, para a primeira fase das obras do estaleiro em terra.
- BNDES libera financiamento bilionário para Embraer exportar jatos aos EUA: o que isso significa para o Brasil?
- Além do ouro e das terras raras, a China tem um trunfo na manga para impulsionar sua economia: cascas de laranja velhas
- Bill Gates faz alerta: bilionário prevê nova epidemia antes de 2030 e diz que o mundo não está preparado!
- Brasil dará salto na economia e será uma potência mundial, diz FMI
Porém, mesmo com a documentação as obras em terra não começaram e desde então está em compasso de espera.
A empresa também aguarda a aprovação da LAI para segunda etapa das obras no mar, que envolverão operações, como exemplo, de dragagem e a escavação de um canal. Mas não é só isso que está tornando o processo de instalação mais lento.
O presidente da empresa, José Pedro Mota, admitiu que o projeto está congelado, e aguardam uma melhora no ambiente macroeconômico e de condições favoráveis do mercado para o negócio sair da intenção.
“Congelamos o projeto. Vamos fazer, sim, mas numa velocidade bem menor. Entendemos que a Petrobras só terá capacidade de investimentos em 2025”, analisa.
Outro fator é a quase paralisação do segmento naval e de petróleo depois do início das operações contra a corrupção, a Lava Jato, desde 2015.
Dimensionado para processar 24 mil ton/aço por ano e atracar duas FPSO’s simultaneamente, o Estaleiro CMO foi projetado para a construção e integração de módulos a plataformas, bem como para o reparo e manutenção de navios e plataformas.
O Estaleiro também vai dispor de uma área de construção que permitirá a fabricação de jaquetas, monobóias, módulos de acomodação etc. O investimento anunciado, em 2014, é de R$ 700 milhões.