Disputa pelo espaço orbital esquenta! A Starlink, de Elon Musk, enfrenta uma forte resistência das operadoras de satélite no Brasil. Com o pedido de mais 7,5 mil satélites, concorrentes como Claro e Hughes alegam sérios riscos de interferência e congestionamento.
A proposta da Starlink de lançar mais 7,5 mil satélites sobre o território brasileiro enfrenta resistência de operadoras locais, que alertam para possíveis riscos de congestionamento orbital e interferências nos sinais de telecomunicações.
Pedido de ampliação gera controvérsias
Em dezembro de 2023, a empresa liderada por Elon Musk solicitou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorização para expandir sua constelação de satélites de segunda geração, operando nas faixas de frequências Ka, Ku e E — esta última inédita no país.
Atualmente, a Starlink possui licença para operar 4,4 mil satélites, já em órbita.
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Diante das diferenças tecnológicas e operacionais entre as gerações de satélites, a Anatel submeteu o pedido à consulta pública.
Operadoras locais manifestam preocupações
Segundo o jornal Estadão, o Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat), representando empresas como Claro, Hughes, SES, Intelsat, Eutelsat e Hispasat, posicionou-se contra a aprovação, argumentando que a nova geração de satélites difere significativamente da anterior e requereria uma nova licença, não apenas uma modificação da existente.
Fabio Alencar, presidente do Sindisat, destacou que o aumento no número de satélites e as mudanças nas faixas de frequência e limites de potência elevam o potencial de interferências nos sistemas já operacionais no Brasil.
Hughes e Kepler reforçam objeções
A Hughes, segunda maior operadora de internet via satélite no país, compartilhou das mesmas preocupações, apontando diferenças operacionais significativas entre as duas gerações de satélites da Starlink.
Já a canadense Kepler enfatizou a necessidade de preservar condições de mercado que favoreçam a concorrência, alertando que a escala da constelação proposta pela Starlink pode afetar a disponibilidade do espectro e aumentar o risco de interferências, impactando outras operadoras.
Anatel avalia riscos geopolíticos e técnicos
Além das questões técnicas, a Anatel está analisando os possíveis impactos políticos e comerciais da expansão da Starlink no Brasil.
A presença crescente da empresa de Elon Musk em áreas estratégicas, como a Amazônia, levanta debates sobre soberania digital e segurança nacional.
A agência reguladora busca equilibrar os benefícios da conectividade proporcionada pela Starlink com a necessidade de proteger interesses nacionais e garantir um ambiente competitivo saudável no setor de telecomunicações.
Expansão da internet via satélite no Brasil
Com a limitação da cobertura do 5G em áreas remotas, a internet via satélite tem ganhado destaque no Brasil.
A Starlink, que iniciou suas operações no país em junho de 2022, rapidamente se tornou uma das principais fornecedoras desse serviço, atendendo mais de 334 mil usuários em janeiro de 2025.
No entanto, sua crescente influência tem gerado preocupações entre autoridades e concorrentes.
Concorrência internacional e desafios futuros para a Starlink
A dominância da Starlink no mercado brasileiro também atraiu a atenção de empresas internacionais.
A chinesa SpaceSail, por exemplo, planeja lançar um serviço de satélite no Brasil para rivalizar com a Starlink, visando iniciar operações em 2026.
Essa movimentação ocorre em meio a esforços do governo brasileiro para diversificar os provedores de serviços de internet via satélite e reduzir a dependência de uma única empresa.
A expansão proposta pela Starlink no Brasil está no centro de um debate complexo, envolvendo questões técnicas, regulatórias, geopolíticas e de mercado.
Enquanto a empresa busca ampliar sua presença e oferecer conectividade em áreas remotas, operadoras locais e autoridades reguladoras ponderam os impactos dessa expansão no equilíbrio competitivo e na soberania digital do país.
O desfecho desse processo poderá redefinir o cenário das telecomunicações via satélite no Brasil nos próximos anos.
Diante desse cenário, como você acredita que o Brasil deveria equilibrar a inovação tecnológica com a proteção de sua soberania digital e a promoção da concorrência no setor de telecomunicações?
Eu quero mais que a Claro e as outras provedoras SE LASQUEM. Sempre fizeram seus clientes de PALHAÇOS. Agora, querem usar seus laços com esse governo **** para impedir o progresso. Você acha que isso vai sair de graça? Esse é o capitalismo de compadrio, e quem paga a conta do “acordo”, é VOCÊ.