Especialistas alertam que manter imóveis, veículos e dinheiro diretamente vinculados ao CPF pode gerar custos mais altos, riscos jurídicos e problemas familiares no futuro.
O tema bens no CPF tem ganhado relevância em 2025 com a proximidade da reforma tributária e o aumento dos custos de inventário. Segundo o escritório Marcello Benevides Advogados, manter patrimônio em nome da pessoa física pode representar perdas financeiras significativas. Além de impostos mais pesados, há risco de bloqueios judiciais, vulnerabilidade a golpes e dificuldades de sucessão.
Para quem possui imóveis ou veículos, a recomendação de especialistas é avaliar alternativas como holdings patrimoniais, que permitem proteção jurídica e redução legal da carga tributária. O advogado Marcelo Benevides lembra que planejamento sucessório evita litígios familiares e preserva o patrimônio construído ao longo de anos.
Impostos mais altos sobre pessoa física
A tributação no CPF é mais pesada do que no CNPJ. O Estado cobra mais da pessoa física para aliviar a carga sobre empresas, que geram empregos e movimentam a economia.
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O escritório Marcello Benevides Advogados relata casos de clientes que reduziram legalmente os impostos ao transferir imóveis para uma holding.
A elisão fiscal — pagar menos tributo de forma lícita — é uma estratégia comum de proteção patrimonial.
Bloqueios e penhoras judiciais
Quando o patrimônio está vinculado ao CPF, fica mais vulnerável a bloqueios em processos judiciais.
Isso pode ocorrer inclusive se a pessoa atuar apenas como fiador ou avalista.
Ao concentrar os bens em uma holding, há separação clara entre patrimônio pessoal e empresarial.
Para Benevides, desde que haja boa-fé e atividades distintas, não há risco de desconsideração da personalidade jurídica.
Inventário caro e demorado em 2025
Quando alguém falece com bens no CPF, os herdeiros são obrigados a abrir inventário.
Esse processo é caro, burocrático e pode durar anos.
Com a reforma tributária prevista para 2025, os custos de inventário vão subir ainda mais, alerta o escritório Marcello Benevides Advogados.
Em muitos casos, famílias precisam vender parte do patrimônio para pagar as taxas, algo que poderia ser evitado com planejamento sucessório em holding familiar.
Risco de golpes e disputas conjugais
Manter patrimônio no CPF também aumenta a vulnerabilidade a golpes e conflitos familiares.
Casos de relacionamentos mal-intencionados podem comprometer imóveis e veículos.
Segundo Benevides, integralizar bens em uma holding antes de um casamento ou união estável reduz os riscos em separações ou fraudes.
O exemplo da disputa pela herança de Gugu Liberato mostra como a ausência de blindagem patrimonial pode gerar conflitos milionários.
Má gestão e confusão patrimonial
Colocar bens em um CNPJ permite maior organização e profissionalização da gestão.
Isso facilita a administração, melhora a governança e prepara os herdeiros para o futuro.
Deixar tudo no CPF pode gerar a chamada “confusão patrimonial”, aumentando o risco de disputas entre familiares.
Já a holding cria regras claras, dá transparência e evita litígios desnecessários.
Ter bens no CPF é mais caro, arriscado e desorganizado.
A transferência para uma holding familiar garante benefícios tributários, proteção contra golpes, evita inventários caros e facilita a sucessão.
E você, acredita que vale a pena manter imóveis e patrimônio no CPF ou considera mais seguro transferir para uma holding? Compartilhe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem já passou por essa situação na prática.