Cientistas desenvolveram substância sintética capaz de revolucionar a indústria dos carros elétricos. A nova substância consegue fazer com que baterias de lítio-oxigênio gerem autonomia semelhante à de motores à combustão
Pesquisadores da Austrália descobriram uma nova substância que pode impulsionar a chegada das baterias de lítio-oxigênio para carros elétricos. Tais baterias ganham destaque por serem capazes de armazenar bem mais energia do que as íons de lítio que existem atualmente, dando a mesma autonomia que motores à combustão para os elétricos. Para isso, elas capturam o oxigênio presente na atmosfera gerando reações enquanto descarrega, liberando a substância na hora do carregamento.
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Baterias de lítio-oxigênio
Apesar de tudo, os protótipos tem apresentado algumas reações parasitas, impedindo a liberação da energia armazenada nas baterias para carros elétricos, além de diminuírem sua vida útil.
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Sidnei desenvolveram uma molécula sintética que resolve esses impasses das baterias de lítio-oxigênio, que são capazes de dar autonomia de carros com motores à combustão aos carros elétricos.
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Com a molécula, um ciclo de vida superior a 1.400 ciclos, além de uma diferença de apenas 0,7 V entre a tensão de liberação e tensão de recarregamento. A substância criada pela equipe de cientistas para as baterias de lítio-oxigênio altera, na verdade, o mecanismo essencial para o funcionamento do componente.
Entenda como os cientistas desenvolveram uma bateria capaz de se igualar aos carros com motores à combustão
De acordo com a equipe de cientistas, um supressor de radical superóxido multinacional foi projetado e sintetizado, enxertando em um esqueleto de diimida de perileno de extinção ativa (PDI) dois grupos redox de mediação ativa.
O resultado, que possui um nome extenso mas que pode ser chamado pela sigla PDI-TEMPO, não apenas elimina as espécies de superóxido criadas durante o processo de carga e descarga das baterias de lítio-oxigênio, mas também atua como regulador para catalisar a decomposição e formação Li2O2 na solução eletrolítica e na redução das diferenças de potencial entre carga e descarga.
A capacidade da próxima geração de baterias de lítio-oxigênio para carros elétricos deve estender a autonomia entre as cargas, podendo se comparar com motores à combustão, sendo um salto enorme para a indústria automotiva global. Os pesquisadores e o professor coordenador da equipe, Guoxiu Wang, estão confiantes de que sua molécula possa melhorar de forma drástica o desempenho dos componentes, permitindo que as baterias de lítio-oxigênio de nova geração sejam mais práticas.
Brasil também avança com o uso de novas tecnologias de baterias para carros elétricos
Pesquisadores nacionais avançam no desenvolvimento de catalisadores precisos para a otimização das baterias de lítio-oxigênio. Segundo Gustavo Doubek, professor da Unicamp, o trabalho ajuda na construção de baterias para carros elétricos que podem ultrapassar os motores à combustão melhorando a eficiência de ciclos, sem usar materiais nobres ou caros.
Para que o componente oferte um bom desempenho, é necessário que todo peróxido de lítio gerado se decomponha rapidamente. Sendo assim, pesquisadores do mundo todo tem atuado na criação de catalisadores capazes de ofertar a decomposição do peróxido de lítio e, ao mesmo tempo, ter um baixo custo, ótima durabilidade e um bom desempenho.