1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Cientistas descobrem novas espécies de peixes de águas profundas “fofos” a 3.272 metros de profundidade
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

Cientistas descobrem novas espécies de peixes de águas profundas “fofos” a 3.272 metros de profundidade

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 13/09/2025 às 08:38
Cientistas descobrem três novas espécies de peixes de águas profundas a 3.272 metros na costa da Califórnia, com aparência considerada “fofa”.
Cientistas descobrem três novas espécies de peixes de águas profundas a 3.272 metros na costa da Califórnia, com aparência considerada “fofa”.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Em uma das regiões mais profundas do Pacífico, pesquisadores identificaram três espécies até então desconhecidas de peixes de águas profundas. Entre elas, um exemplar chamou atenção pela aparência incomum e considerada “fofa”. A descoberta ocorreu durante expedições científicas realizadas na costa central da Califórnia, em grandes profundidades

A descoberta de três espécies no leste do Pacífico foi formalizada por meio de estudo publicado em 27 de agosto na revista BioOne. A equipe descreveu organismos da família Liparidae e detalhou atributos morfológicos e genéticos.

Entre os registros, um exemplar foi caracterizado publicamente como “muito adorável”, declaração associada à percepção de campo e à observação direta. O conjunto reforça a diversidade de peixes-caracol em ambientes de grande profundidade.

Peixes-caracol: descrições e características

Foram apresentados Careproctus colliculi, de cabeça redonda e rosa, referido como peixe-caracol-de-bico-grosso; Careproctus yanceyi, de cabeça arredondada e preta, citado como peixe-caracol-escuro; e Paraliparis em, de corpo longo e preto, denominado peixe-caracol-esguio.

As três espécies integram Liparidae, grupo em que se observam cabeças proporcionalmente grandes e corpos de consistência gelatinosa.

É recorrente, nesses peixes de águas profundas, a presença de disco de sucção ventral empregado na fixação ao substrato e no deslocamento junto a outros organismos.

Das espécies descritas, apenas o peixe-caracol-esguio não apresenta disco de sucção, distinção funcional que foi registrada de modo comparativo no material analisado.

A variação de coloração citada para o grupo em geral inclui azul, rosa, branco e roxo, com menção específica a formatos faciais reconhecíveis em observações fotográficas e de vídeo.

Coletas, profundidades e locais

Dois peixes-caracol pretos — o peixe-caracol-escuro e o peixe-caracol-esguio — foram coletados no mesmo mergulho pelo submersível Alvin a 13.513 pés na Estação M, observatório de pesquisa em águas profundas situado a cerca de 130 milhas da costa central da Califórnia.

A ocorrência simultânea de duas espécies não descritas em um local extensivamente estudado foi destacada pela equipe como indicativo de lacunas ainda existentes na amostragem do fundo marinho.

O terceiro registro foi obtido por veículo operado remotamente a 3.272 metros no Cânion de Monterey, Califórnia.

Trata-se do peixe de coloração rosa, descrito pela pesquisadora responsável como “muito adorável”, formulação apresentada em entrevista e vinculada ao aspecto visual do animal observado em profundidade.

Método de identificação e comparação

A delimitação específica empregou sequenciamento de DNA e documentação de métricas morfológicas, abrangendo tamanho, conformação e contagens merísticas como número de vértebras. A avaliação integrada permitiu distinguir as formas crípticas obtidas na Estação M, cujo exame externo indicava alta similaridade.

Segundo a equipe, a análise combinada viabilizou a separação taxonômica e o confronto com espécies previamente conhecidas, com vistas à compreensão da evolução de peixes-caracol no ambiente bentônico profundo.

A caracterização morfológica foi acompanhada por registro de variações estruturais associadas aos apêndices de sucção, ao contorno cefálico e à textura tegumentar.

Esses dados foram articulados com as sequências genéticas para sustentar o diagnóstico específico e a proposta de nomes científicos.

Nomenclatura e referências

O epíteto C. yanceyi homenageia Paul Yancey, biólogo de águas profundas, cujo trabalho foi indicado como referência para o entendimento de adaptações à alta pressão.

O Paraliparis em remete à Estação M, local vinculado ao esforço de coleta. Já C. colliculi recebeu nome associado à textura da pele, atributo que auxiliou na definição taxonômica da espécie no escopo do estudo.

A menção a cores “lindas” e a um “sorrisinho” foi registrada em depoimento técnico de pesquisadora que não integrou a autoria do artigo, compondo avaliação externa sobre padrões cromáticos e conformação facial em Liparidae.

Essas observações, de caráter descritivo, foram citadas como parte do contexto de comunicação científica sobre espécies de águas profundas na costa da Califórnia.

Alcance do estudo e implicações científicas

Conforme explicitado pelos autores, a identificação de três novas espécies amplia o inventário de organismos do maior habitat do planeta, a zona profunda oceânica.

O resultado documenta a presença de peixes-caracol em áreas mapeadas de longa data e demonstra persistência de lacunas taxonômicas em regiões consideradas bem estudadas.

O avanço metodológico combinado — genético e morfológico — foi apontado como elemento central para a resolução de espécies crípticas e para a comparação com táxons previamente descritos.

A divulgação na revista BioOne em 27 de agosto formalizou a nomenclatura e a base descritiva.

O material indica que novas amostragens e análises poderão consolidar relações evolutivas internas a Liparidae e detalhar a distribuição batimétrica dos peixes-caracol registrados na costa central da Califórnia.

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x