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Nova descoberta na China: Cientistas encontram cristais dentro de ovos de dinossauros com 85 milhões de anos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 16/09/2025 às 20:59
Cientistas acharam cristais dentro de ovos de dinossauros com cerca de 85 milhões de anos, datados por método U-Pb. A descoberta no sítio Qinglongshan, China, ajuda a compreender o clima do Cretáceo.
Cientistas acharam cristais dentro de ovos de dinossauros com cerca de 85 milhões de anos, datados por método U-Pb. A descoberta no sítio Qinglongshan, China, ajuda a compreender o clima do Cretáceo. Imagem: Bi Zhao
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Cientistas acharam cristais dentro de ovos de dinossauros com cerca de 85 milhões de anos, datados por método U-Pb. A descoberta no sítio Qinglongshan, China, ajuda a compreender o clima do Cretáceo.

Pesquisadores encontraram cristais dentro de ovos de dinossauros no sítio arqueológico Qinglongshan, na Bacia de Yunyang, na China. O estudo foi publicado na revista Frontiers in Earth Science e revelou que esses fósseis têm aproximadamente 85 milhões de anos, datados com o método urânio-chumbo (U-Pb).

A análise não apenas comprova a idade, como também traz pistas sobre o clima no período Cretáceo, permitindo compreender melhor a atividade vulcânica, os níveis de oxigênio nos oceanos e até a adaptabilidade dos dinossauros diante das mudanças ambientais.

Como a descoberta foi feita?

A região de Qinglongshan é uma reserva nacional reconhecida pela grande quantidade de fósseis de ovos de dinossauro.

Ali, já foram catalogados mais de 3 mil exemplares em diferentes sítios, e muitos permanecem bem preservados em rochas sedimentares como brechas, arenitos e siltitos.

Esses materiais ajudaram a manter a integridade dos ovos, que apresentaram deformações mínimas.

Para identificar a idade, os cientistas utilizaram a técnica de datação U-Pb diretamente nos cristais de calcita formados dentro dos ovos, sem depender apenas da análise das rochas ao redor.

Esse procedimento garante resultados mais precisos e reduz as incertezas que costumam acompanhar estudos geológicos tradicionais.

Cientistas acharam cristais dentro de ovos de dinossauros com cerca de 85 milhões de anos, datados por método U-Pb. A descoberta no sítio Qinglongshan, China, ajuda a compreender o clima do Cretáceo.
Imagem: Bi Zhao

A importância dos cristais nos ovos de dinossauros

O achado é considerado inovador porque permite uma espécie de “relógio natural” que ajuda a reavaliar a cronologia dos fósseis de forma mais confiável.

Graças a esses cristais, os cientistas puderam concluir que os ovos datam de cerca de 85 milhões de anos, no Cretáceo Superior, durante o período Turoniano.

A pesquisa também identificou que os ovos possivelmente pertenciam à espécie Placoolithus tumiaolingensis, ligada à família Dendroolithidae, caracterizada por cascas altamente porosas.

Essa característica pode indicar uma adaptação às condições ambientais da época, regulando trocas gasosas em ambientes com menor oxigênio.

O que a descoberta revela sobre o clima do Cretáceo

Os cristais dentro dos ovos fornecem dados sobre resfriamentos globais, alterações nos oceanos e atividade vulcânica, fatores que influenciaram diretamente a vida no planeta.

A análise das cascas, especialmente no que se refere à porosidade, sugere que os dinossauros estavam adaptando sua reprodução a condições climáticas adversas, o que mostra o quanto eram sensíveis às mudanças do ambiente.

Além disso, esse tipo de pesquisa amplia a compreensão sobre como eventos geológicos podem ter contribuído para a redução da biodiversidade e até para a extinção em massa.

Ao relacionar os fósseis com registros ambientais, os cientistas conseguem conectar passado e presente, oferecendo uma visão mais clara de como o clima da Terra sempre esteve em transformação.

Implicações para estudos futuros

A descoberta de cristais em ovos de dinossauros não é apenas um detalhe curioso, mas um marco para a paleontologia e a climatologia.

Esse método pode ser replicado em outros fósseis, ajudando a corrigir ou confirmar idades e fornecendo novas informações sobre ecossistemas antigos.

O avanço também reforça a importância dos sítios arqueológicos da China, que se tornam referência mundial na preservação de fósseis raros e bem conservados.

Fonte: Olhar Digital

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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