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Ciência não tem dúvidas que estamos vivendo em um novo mundo

Publicado em 09/07/2025 às 21:47
consequências da crise climática no Brasil
consequências da crise climática no Brasil
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A ciência não tem mais dúvidas: estamos em um novo mundo. Entenda o que um aquecimento de 3°C significa para a sua vida e por que a mudança é tão difícil.

Imagens de satélite recentes mostram eventos que parecem saídos de um roteiro de ficção científica. Manchas verdes surgindo no meio do deserto do Saara após chuvas torrenciais. Cicatrizes de queimadas gigantescas na Sibéria. A mancha de água e lama cobrindo cidades inteiras no Rio Grande do Sul. Esses não são fenômenos isolados. São sintomas. São os sinais visíveis de que o planeta Terra entrou em um novo estado climático.

A pergunta que ecoa em meio à ansiedade e à perplexidade é: estamos vivendo o fim do mundo? A resposta da ciência é clara: não é o fim do mundo, mas é o fim do mundo como o conhecíamos. Estamos adentrando um território desconhecido e perigoso, e as consequências já são sentidas.

O diagnóstico da ciência: o planeta a caminho de +3°C

Os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o mais alto corpo científico sobre o tema, são categóricos. Com base nas políticas atuais dos governos e nas emissões da indústria global, a trajetória do planeta aponta para um aquecimento médio de aproximadamente 2.7°C a 3.1°C até o final do século, em relação aos níveis pré-industriais.

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Um número que parece pequeno no papel representa, na prática, uma transformação violenta e caótica dos sistemas que sustentam a vida. E para países continentais e tropicais como o Brasil, o impacto é ainda mais amplificado.

A consequência humana: um Brasil 4°C a 4,5°C mais quente

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Um aquecimento global de 3°C não significa que a temperatura em todos os lugares subirá 3°C. Em áreas continentais, esse aumento pode ser bem maior. Para o Brasil, as projeções indicam um aumento médio de 4°C a 4,5°C. Isso nos coloca em uma zona de risco extremo.

O perigo real não é apenas o calor, mas a combinação de calor e umidade, medida pela “temperatura de bulbo úmido”. Quando essa medida ultrapassa os 35°C, o corpo humano simplesmente perde a capacidade de se resfriar através do suor, levando ao superaquecimento e à morte em poucas horas, mesmo para pessoas jovens e saudáveis.

  • Zonas inabitáveis: Projeções científicas indicam que, com um aquecimento dessa magnitude, cidades como o Rio de Janeiro e grande parte da região equatorial e litorânea do Brasil poderiam se tornar sazonalmente inabitáveis, com mais de 300 dias por ano ultrapassando os limites de sobrevivência humana ao ar livre. A vida só seria possível em ambientes climatizados ou em altitudes elevadas.

A anatomia da inércia: por que a mudança é tão lenta?

Se a ciência é tão clara e as consequências tão drásticas, por que as soluções não avançam na velocidade necessária? A resposta está na imensa inércia econômica e política da nossa sociedade, sustentada pela indústria de combustíveis fósseis.

Investigações e relatórios de organizações independentes têm mostrado como, a cada Conferência do Clima da ONU (COP), o número de lobistas de empresas de petróleo e gás presentes supera o de delegações da maioria dos países. A influência política e econômica dessa indústria trabalha ativamente para frear a transição energética, proteger subsídios e adiar a implementação de políticas climáticas mais ambiciosas.

A angústia como motor da mudança

Diante deste cenário, a sensação de ansiedade e angústia é uma resposta natural e até necessária. Como apontam pesquisadores, ela não deve ser um sinal de paralisia, mas sim um catalisador para a ação. É o reconhecimento da urgência que pode mobilizar a sociedade a exigir dos governos e das indústrias a responsabilidade e a velocidade que a crise demanda.

A história que as imagens de satélite nos contam não é sobre o fim, mas sobre uma transformação profunda. Cabe à nossa geração decidir se essa transformação será um colapso caótico ou uma transição planejada para um futuro mais resiliente e sustentável.

Diante deste cenário, o que te causa mais preocupação: os eventos climáticos extremos ou a lentidão das respostas políticas e industriais? Comente sua visão.

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Alessandro pinto
Alessandro pinto
10/07/2025 04:46

A lentidão da resposta política, não podemos parar a mudança no sistema climático ma sim achamos uma maneira de o recente impacto global é a morte do nosso planeta com o aquecimento global se não pararmos agora com o desmatamento e a explosão do planeta Terra 🌎 o sol vá nos engolir e será o fim da humanidade e estamos vivendo o verdadeiro apocalipice e o grande fenômeno da natureza humana e sua resposta. Alessandro pinto

Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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