Curitiba assume protagonismo no mercado imobiliário brasileiro em 2025, liderando índices de demanda e qualidade de vida, e atraindo famílias e investidores ao oferecer imóveis acessíveis, infraestrutura moderna e valorização constante.
Curitiba (PR) assumiu a dianteira do mercado imobiliário brasileiro entre famílias de renda de R$ 2 mil a R$ 12 mil e superou São Paulo na procura por moradias em 2025.
A capital paranaense aparece em primeiro lugar no IDI Brasil, índice setorial que mede a atratividade de cidades para novos empreendimentos, com nota 0,877, à frente de São Paulo (0,853) e Fortaleza.
O movimento coincide com a liderança de Curitiba entre as capitais no Índice de Progresso Social (IPS) 2025, que aponta a cidade como a melhor para se viver no país.
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Demanda imobiliária: Curitiba lidera no segmento econômico
A quarta edição do IDI Brasil, desenvolvida pela CBIC em parceria com o Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, mostra que Curitiba concentra a maior demanda do país no chamado segmento econômico.
Além de São Paulo e Fortaleza, Sorocaba figura entre as cinco primeiras — a única não capital no topo — reforçando a tendência de interiorização da procura por imóveis.
Os dados mais recentes do relatório mantêm Curitiba na liderança e detalham o desempenho por faixa de renda.
Enquanto o mercado se reorganiza, a capital paranaense se posiciona como vitrine para lançamentos residenciais voltados à primeira moradia e ao médio padrão.
Em comunicados e análises setoriais, a CBIC tem destacado mudanças relevantes na atratividade ao longo de 2025, com ajustes por renda e movimentações entre capitais e cidades médias — cenário em que Curitiba preserva vantagem competitiva.
Qualidade de vida puxa a decisão de compra
A atratividade imobiliária encontra respaldo em indicadores urbanos.
Pelo IPS 2025, Curitiba lidera entre as capitais em qualidade de vida, com nota 69,89, e aparece na 12ª posição no ranking geral das 5.570 cidades.
O estudo, elaborado pelo Imazon com parceiros, analisa dimensões como segurança, moradia, educação, meio ambiente e acesso a serviços.
A cidade também se sobressai em qualidade do meio ambiente, com desempenho de destaque entre as capitais.
Na prática, o conjunto de infraestrutura, mobilidade e áreas verdes sustenta a percepção de custo–benefício melhor para famílias que buscam morar em bairros com oferta de serviços e transporte.
Esse pano de fundo ajuda a explicar por que a procura por imóveis em Curitiba continuou firme ao longo de 2025, mesmo em um ambiente competitivo com metrópoles como São Paulo e Fortaleza.
O que diz o setor
Para Diogo Martins, CEO do Instituto Brasileiro de Educação Profissional (IBREP), Curitiba se consolidou como “uma das capitais mais atrativas do país”, em linha com a leitura do mercado.
Na comparação com Balneário Camboriú (SC), ele observa que “é improvável que Curitiba ultrapasse” a cidade catarinense no valor do metro quadrado; porém, no volume de pessoas buscando a cidade como lar, especialmente no médio padrão e na primeira moradia, a capital paranaense “desponta como forte candidata a liderar” o mercado nacional nos próximos anos.
Segundo Martins, fatores como planejamento urbano, segurança relativa, diversidade de produtos residenciais e oferta de serviços mantêm a cidade no radar de quem quer comprar ou investir.
Em mercados em transformação, acrescenta, a atuação de profissionais especializados reduz riscos, melhora a precificação e acelera a tomada de decisão.
Base profissional e segurança nas transações
O dinamismo recente vem acompanhado de uma base robusta de profissionais.
Dados do CRECI-PR indicam que o Paraná soma mais de 32 mil corretores e cerca de 5,5 mil imobiliárias com registro ativo, volume que dá capilaridade às negociações no estado e aumenta a competição por clientes, com reflexos diretos na qualidade do atendimento em Curitiba.
Embora o conselho não divulgue recortes oficiais por município na mesma frequência, entidades locais reportam concentração de parte significativa desses profissionais na capital.
Para quem compra, a presença de corretores e empresas formalizadas contribui para checagem documental, avaliação de preços de referência e intermediação segura do financiamento.
Para quem vende, o ambiente favorece estratégia de lançamento e absorção mais eficiente de estoques, sobretudo em empreendimentos enquadrados no Minha Casa, Minha Vida e em faixas de médio padrão.
Relatórios do setor vêm apontando Curitiba como caso de alto dinamismo nesse público-alvo.
Cidades médias avançam e ampliam o mapa de oportunidades
Não é só a capital que chama atenção.
Sorocaba (SP), integrante do top 5 do segmento econômico, simboliza a tração de cidades médias com boa infraestrutura e preços ainda competitivos.
O IDI de 2025 registrou avanços e recuos ao longo dos trimestres, com ajustes na segunda posição e ganho de espaço para municípios fora do eixo tradicional de lançamentos — movimento que tende a desconcentrar parte da demanda.
Para o investidor, a combinação de qualidade de vida, preço por metro quadrado menos pressionado que o de praças litorâneas e valorização gradual torna Curitiba uma das alternativas mais equilibradas do país no momento.
A leitura dos indicadores sugere que a cidade reúne fundamentos consistentes para manter a atratividade, especialmente na faixa de renda até R$ 12 mil, onde a demanda permanece resiliente.
O que observar daqui para frente
À medida que novas rodadas do IDI Brasil forem sendo divulgadas ao longo do ano, o mercado acompanhará se Curitiba preserva a liderança no segmento econômico e como São Paulo e Fortaleza se comportam na disputa pela vice-liderança.
Do lado da qualidade de vida, a expectativa recai sobre a manutenção dos indicadores do IPS em patamares altos, principalmente nas dimensões ambientais e de serviços urbanos, que compõem o pacote de decisão para a compra do imóvel.
Considerando esse cenário, quais critérios pesam mais na sua escolha de cidade para comprar um imóvel: preço por metro quadrado, qualidade de vida medida por indicadores independentes ou perspectivas de valorização no bairro desejado?