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‘Cidade Perdida do Ouro’ escondida a mais de 3.000 anos é descoberta no Egito — casas, oficinas, edifícios administrativos e templos estavam em ótimo estado

Publicado em 03/03/2025 às 08:33
Egito
Foto: Ministry of Tourism and Antiquities
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Descoberta no Egito uma cidade de ouro perdida há milênios, oferecendo novas pistas sobre a civilização egípcia e seu esplendor na antiguidade

Arqueólogos no Egito descobriram a “Cidade Perdida do Ouro“, um antigo centro de mineração de ouro de 3.000 anos, após quatro anos de escavações. A descoberta foi feita sob o Vale dos Reis de Luxor, em Jabal Sukari, na província do Mar Vermelho.

O assentamento, chamado Aton, foi encontrado em 2020, mas sua escavação foi concluída recentemente. A cidade foi reconhecida como uma das descobertas arqueológicas mais significativas desde a tumba de Tutancâmon, descoberta há mais de um século.

A preservação das estruturas surpreendeu os especialistas. Casas, oficinas, edifícios administrativos, templos e casas de banho foram encontrados em excelente estado. Também foi descoberto um antigo acampamento de mineração, com uma instalação completa para extração de ouro.

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‘Cidade Perdida do Ouro’ – Crédito: Ministry of Tourism and Antiquities

Infraestrutura avançada de mineração

A cidade abrigava um sistema sofisticado de extração de ouro. Os arqueólogos identificaram estações de britagem e moagem, bacias de filtragem e piscinas de sedimentação. Essas estruturas eram usadas para refinar ouro extraído de veios de quartzo.

O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito informou que todos os elementos arquitetônicos do local foram documentados e realocados para uma área mais segura, três quilômetros ao norte da Mina Sukari. O objetivo foi preservar os achados históricos e evitar impactos das operações de mineração moderna.

Origem e contexto histórico

Aton data do reinado de Amenófis III, o nono rei da 18ª Dinastia do Egito, que governou entre 1391 e 1353 a.C. A descoberta revelou artefatos de períodos posteriores, incluindo a era romana (30 a.C.–639 d.C.) e a era islâmica (642–1517 d.C.).

Entre os achados, foram encontrados 628 óstracos inscritos com textos hieroglíficos, demóticos e gregos, além de moedas de bronze do período ptolomaico. Estatuetas de terracota representando humanos e animais do período greco-romano também foram desenterradas.

Além disso, os arqueólogos descobriram pequenas estátuas de Bastet e Harpócrates, cinco mesas de oferendas ptolomaicas e fragmentos de cerâmica utilizados na vida cotidiana. Perfumes, remédios e incensos também foram encontrados no local.

Cidade multicultural e próspera

Aton foi uma cidade próspera e multicultural, ativa por séculos. Especialistas acreditam que a mineração de ouro fornecia material para a decoração de palácios, corpos e tumbas de dinastias egípcias.

O local continha uma coleção de contas de pedras preciosas e itens decorativos feitos de conchas. Isso sugere que havia uma rede comercial sofisticada entre os habitantes da cidade e outras regiões do Egito e além.

Importância da descoberta

O Ministério do Turismo e Antiguidades afirmou que a descoberta melhora a compreensão das técnicas utilizadas pelos antigos egípcios para extrair ouro das rochas. Segundo pesquisadores, os achados fornecem informações valiosas sobre a indústria de mineração e a vida dos trabalhadores da época.

A escavação também revelou aspectos da vida social, religiosa e econômica dos habitantes de cidades industriais do Deserto Oriental em diferentes períodos históricos.

Processo de escavação

Zahi Hawass, arqueólogo e ex-ministro do Turismo e Antiguidades do Egito, liderou a equipe responsável pela escavação. Segundo ele, logo nas primeiras semanas do projeto, formações de tijolos de barro começaram a emergir do solo.

O assentamento estava em boas condições de preservação, com paredes quase completas e salas repletas de ferramentas do cotidiano. A descoberta chamou a atenção das autoridades egípcias, que coordenaram a restauração e documentação de todos os elementos encontrados.

Divulgação e acesso ao público

Para garantir a preservação da descoberta, os elementos arquitetônicos foram transferidos para um local seguro. Uma réplica em tamanho real do acampamento de mineração foi construída em uma área de seis acres, permitindo que visitantes conheçam mais sobre o local.

O centro de visitantes conta com grandes telas de exibição, mostrando o processo de escavação e artefatos descobertos. Entre os itens expostos estão estátuas, cerâmica e outros objetos históricos encontrados na cidade.

Agora, o sítio arqueológico está aberto para pesquisadores e o público. Painéis informativos foram instalados para fornecer detalhes sobre a história da região e sua importância na mineração de ouro no Egito Antigo.

Com informações de Interesting Engineering.

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Marcio
Marcio
03/03/2025 11:54

A precisão da data nos surpreende,
Para Deus foi , ontem.

Romário Pereira de Carvalho

Já publiquei milhares de matérias em portais reconhecidos, sempre com foco em conteúdo informativo, direto e com valor para o leitor. Fique à vontade para enviar sugestões ou perguntas

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