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Cidade espanhola assina decreto que proíbe morrer aos finais de semana: “Pedimos encarecidamente que ninguém faleça”

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 01/08/2025 às 11:21
Cidade espanhola Lanjarón com placas alertando sobre proibição simbólica de falecimentos aos fins de semana
Decreto simbólico em cidade espanhola alerta para crise funerária aos fins de semana
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Em 1999, a cidade de Lanjarón, no sul da Espanha, assinou um decreto inusitado que proibiu simbolicamente os moradores de morrerem aos fins de semana. A medida foi adotada após o esgotamento da capacidade do cemitério municipal e buscava, com humor, chamar atenção para o problema.

Com aproximadamente 4 mil habitantes na época, o município da província de Granada enfrentava dificuldades para realizar novos sepultamentos. Diante da urgência, a prefeitura decidiu usar a criatividade para alertar o governo regional sobre a necessidade de aquisição de um novo terreno para enterros.

O decreto, assinado pelo então prefeito José Rubio, recomendava que os moradores “tomassem extremo cuidado com a saúde” e evitassem falecer, especialmente aos sábados e domingos, enquanto a administração não encontrasse uma solução. “Pedimos encarecidamente que ninguém faleça até que tenhamos espaço digno para nossos mortos”, dizia o texto.

Medida simbólica teve apoio da população e repercussão internacional

A proposta foi recebida com bom humor pela comunidade local e teve ampla cobertura na imprensa internacional. De acordo com o jornal norte-americano Deseret News, o objetivo da medida era provocar uma reflexão pública e pressionar por uma solução rápida.

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Lanjarón não foi a única cidade a adotar esse tipo de abordagem. No Brasil, um caso semelhante ocorreu em 2005, na cidade de Biritiba Mirim, interior de São Paulo. Lá, o então prefeito Roberto Pereira da Silva sancionou uma lei simbólica que tornava “ilegal” morrer, também devido à falta de espaço no cemitério local.

Lanjarón, no sul da Espanha, é uma cidade conhecida por suas águas termais e por decretos inusitados, como o que proibiu morrer aos fins de semana.

O problema brasileiro era agravado por restrições ambientais, que impediam a construção de novos cemitérios em áreas urbanas ou próximas a mananciais. Com a repercussão da medida, autoridades estaduais e federais passaram a discutir alternativas legais.

Após anos de impasse, município brasileiro conseguiu novo cemitério

Somente em 2010, após uma série de mobilizações e a revisão de normas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), foi autorizado um novo cemitério em Biritiba Mirim, localizado no bairro Jardim Takebe, com capacidade para até 12 mil sepultamentos.

Esses casos revelam como medidas simbólicas e de tom irônico podem gerar impacto político real quando se trata de serviços públicos essenciais, como saúde e infraestrutura funerária. Ambas as cidades utilizaram o humor como ferramenta para sensibilizar a opinião pública e acelerar decisões administrativas.

As informações foram divulgadas pelo portal Correio24Horas, com base em reportagens da época e arquivos de veículos internacionais. Os episódios continuam sendo lembrados como exemplos inusitados de ação governamental diante de crises locais.

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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