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Ciberameaças na indústria do petróleo: como proteger sua força de trabalho remota

Escrito por Corporativo
Publicado em 31/10/2025 às 10:38
Cadeado digital simbolizando segurança de dados e proteção cibernética em operações industriais de petróleo e gás.
Representação visual da proteção de dados e da segurança digital em redes corporativas do setor de petróleo e gás.
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A crescente digitalização do setor de petróleo expõe novas vulnerabilidades e exige uma estratégia robusta de segurança cibernética para proteger trabalhadores remotos e operações críticas

O setor de petróleo e gás está passando por uma rápida digitalização, com o uso de sensores inteligentes, monitoramento à distância e plataformas digitais que integram operações e processos. Nesse contexto, assegurar a segurança de dispositivos móveis por meio de VPN é fundamental para proteger acessos remotos e preservar a integridade dos dados operacionais.

A tensão entre inovação e vulnerabilidade é clara. Quando funcionários executam atividades críticas, como acessar sistemas SCADA, verificar painéis de controle ou atualizar dashboards, utilizando hotspots públicos, redes 4G ou conexões domésticas, ficam expostos a circunstâncias de alto risco. Além disso, ataques de phishing sofisticados têm como meta profissionais do setor de óleo, utilizando engenharia social baseada em dados públicos acessíveis.

Ransomware, phishing e vazamentos de dados não são fenômenos novos, porém ganham escala e complexidade quando afetam cadeias essenciais, como a do petróleo. Além disso, uma pesquisa recente no Brasil mostrou que o país ainda está abaixo da média global em segurança cibernética, destacando deficiências na habilidade de detectar links fraudulentos e fraudes online. Nesse contexto, é imprescindível que as empresas do setor reconsiderem sua abordagem de segurança, particularmente em relação ao teletrabalho e à mobilidade.

Na prática, um operador remoto pode receber um e-mail que parece legítimo — possivelmente com uma planilha contendo alertas operacionais — e clicar em um link malicioso que cria um backdoor. Após penetrar na rede, o invasor tem a capacidade de se mover lateralmente e acessar sistemas internos sensíveis ou bancos de dados que contêm informações confidenciais. Em operações de petróleo e gás, em que sensores e atuadores estão integrados à cadeia de controle (OT), essa infiltração pode resultar não apenas na interrupção da produção, mas também em danos físicos ou ambientais. Pesquisas recentes acerca da cibersegurança no monitoramento remoto já relatam situações em que alertas falsos foram empregados para induzir respostas errôneas na planta.

Porém, como se resguardar nesse contexto tão complexo? A resposta requer uma combinação de cultura, tecnologia e governança. Primeiramente, é essencial que a liderança do setor encare a segurança digital como um investimento estratégico, e não como um custo secundário, pois os prejuízos ocultos decorrentes de uma falha podem exceder milhares ou até milhões de reais em perdas operacionais e de reputação. A equipe de TI e segurança deve se comunicar com as equipes de operações para avaliar a superfície de ataque de cada novo sensor, estação remota ou aplicativo móvel antes de serem colocados em produção.

O setor de petróleo e gás já possui exemplos concretos de operações de defesa cibernética: companhias como a Petrobras mantêm seu CSIRT organizado para gerenciar incidentes e coordenar respostas a ameaças. Isso evidencia que a prática de monitoramento constante, detecção antecipada e resposta ágil já é uma realidade em instituições importantes para a política energética do país. Além disso, fornecedores especializados disponibilizam soluções projetadas especificamente para o setor de energia, que protegem desde o perímetro até a camada de aplicação, utilizando análise comportamental e técnicas de aprendizado de máquina.

No contexto da mobilidade, promover o uso de VPNs robustas — que encapsulam e criptografam o tráfego entre dispositivos e servidores corporativos — é fundamental para reduzir ataques que ocorrem em redes públicas ou não seguras. A implementação de autenticação multifator, segmentação de rede e verificação periódica da integridade e validade de certificados digitais fortalece essa segurança. 

Outra área significativa é aumentar o nível de formação interna. A demanda por especialistas em cibersegurança no Brasil tem crescido rapidamente, com remunerações que podem alcançar R$ 12 mil para cargos secundários, demonstrando a escassez de profissionais capacitados para suprir essa demanda. Em um setor em que há uma multiplicação de novos dispositivos conectados, contar com profissionais especializados em segurança na nuvem, redes e operações OT representa uma vantagem competitiva.

Também é essencial analisar a maturidade cibernética da cadeia de fornecedores. Dispositivos vulneráveis, firmware desatualizado ou problemas com parceiros estratégicos podem permitir ataques indiretos. Esse controle externo é tão essencial quanto a proteção interna em operações de petróleo e gás, onde várias etapas dependem de terceiros ou subsistemas integrados. Na lógica da defesa, toda a rede pode ser comprometida pelo elo mais fraco.

Em momentos difíceis, como diante de um ataque cibernético, usar ferramentas que garantem um acesso remoto seguro — como as VPNs — é fundamental para proteger as operações e tranquilizar as equipes. Essa proteção vai além da técnica; é um gesto de amor e responsabilidade com quem trabalha longe, um cuidado presente e uma aposta no futuro.

Proteger o ambiente digital é tão importante quanto zelar pelas operações de exploração e refino. A verdadeira segurança nasce do equilíbrio entre tecnologia e pessoas, de construir camadas de proteção que unem inovação, confiança e agilidade para enfrentar o imprevisto, sendo essa uma jornada que começa com pequenas atitudes no dia-a-dia que nem percebemos, mas que são decisivas. Precisamos colocar em nossas mentes: cuidar do nosso mundo digital é também uma forma de cuidar de si mesmo. 

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