O Brasil e a China firmaram um acordo de parceria educacional que visa promover o ensino do português na China e fortalecer laços culturais e acadêmicos entre os países.
Nesta terça-feira, 26 de novembro, Brasil e China deram um importante passo na ampliação de sua parceria educacional, incluindo o ensino de português. Durante um encontro em Brasília, os ministros da Educação dos dois países, Camilo Santana e Huai Jinpeng, assinaram dois memorandos de entendimento que prometem estreitar os laços entre instituições de ensino superior e promover avanços em diversas áreas estratégicas.
Foco no ensino de Português e reconhecimento de diplomas
Um dos memorandos incentiva o ensino do português como língua estrangeira na China, destacando a abertura de um novo polo aplicador do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) na Universidade Tecnológica de Macau. Atualmente, cerca de 5 mil estudantes chineses aprendem o idioma em 40 universidades espalhadas pelo país.
Já o segundo acordo aborda o reconhecimento de certificados e diplomas de educação superior, facilitando o acesso de estudantes brasileiros e chineses às instituições de ensino de ambos os países. A medida visa reduzir barreiras burocráticas e promover maior mobilidade acadêmica.
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Educação profissional
Durante o encontro, Camilo Santana destacou a relevância de capacitar estudantes brasileiros para atender à crescente demanda global no setor de carros elétricos. Para isso, o Brasil fortalecerá sua parceria com instituições chinesas e a BYD, maior fabricante mundial de veículos eletrificados.
Além disso, Camilo Santana mencionou o aumento das matrículas no ensino médio técnico-profissional no Brasil, reforçando a importância da educação profissionalizante.
A cooperação entre os países inclui iniciativas para combater a exclusão digital, com apoio da Huawei, e o intercâmbio de professores brasileiros premiados em olimpíadas de matemática em centros educacionais na China.
Novos institutos de excelência
A assinatura dos memorandos foi acompanhada pelo anúncio de duas novas instituições bilaterais. O Instituto China-Brasil de Engenheiros de Destaque, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), buscará promover o ensino e a pesquisa de ponta em engenharia.
Já o Instituto Brasil-China de Inovação, Ciência e Tecnologia atuará em parceria com a Petrobras, a China National Offshore Oil Corporation (Cnooc) e a Universidade do Petróleo da China. Seguindo o modelo “2+2” – com duas universidades e duas empresas –, o instituto se dedicará a projetos de pesquisa e desenvolvimento no setor energético.
Mecanismo de consultas ministeriais
Um dos pontos altos da reunião foi a proposta de criar um mecanismo de diálogo permanente entre os ministérios da Educação do Brasil e da China.
A iniciativa, defendida pelo ministro chinês, permitirá acompanhar de perto a implementação dos acordos e planejar novas cooperações. Camilo Santana acolheu a ideia, ressaltando que a densidade das parcerias educacionais precisa acompanhar a força das relações comerciais entre os dois países.
Entre as primeiras propostas para este fórum está a realização de um Fórum de Reitores Brasil-China, que pretende conectar mais universidades e fomentar colaborações diretas.
Educação como base para cooperação econômica
Huai Jinpeng, ministro da Educação da China, enfatizou que a cooperação educacional entre os dois países é essencial para sustentar o crescimento econômico e promover um futuro sustentável. “Tanto o Brasil quanto a China compartilham objetivos de construir um planeta mais justo e sustentável, o que facilita a interação entre nossas nações”, destacou.
Com 155 acordos de educação superior já em vigor, envolvendo 39 universidades de ambos os países, a parceria educacional Brasil-China se consolida como uma peça-chave no fortalecimento dos laços bilaterais.
MACAO, já fala portugues. É, bom mudar o foco e começarem a confessar essa realidade. A lingua oficial de Macao é o Português.