China revoluciona a inovação na agricultura ao cultivar arroz no deserto, deixando especialistas de Dubai impressionados.
Você não vai acreditar no que a China conseguiu fazer! Imagine estar perdido em um deserto árido, morrendo de sede e fome, e de repente se deparar com um vasto e belo campo de arroz. Parece impossível, certo? Mas a China tornou isso realidade ao plantar 8.200 hectares de arroz no deserto, quebrando todos os paradigmas da inovação na agricultura.
Em 2018, quando a China anunciou seus planos de cultivar 8.200 hectares de arroz no deserto, muitos pensaram que era uma ideia absurda. Afinal, o arroz é tradicionalmente associado a ambientes com abundância de água, e o deserto é o oposto disso: seco, com temperaturas que podem chegar a 76°C, ventos fortes e tempestades de areia. Como seria possível plantar arroz em tais condições?
O arroz necessita de temperaturas entre 30°C e 32°C, solo fértil e água em abundância. Além disso, as mudas têm requisitos específicos de acidez e salinidade do solo. Cultivar arroz no deserto parecia um verdadeiro milagre.
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A genialidade na China de Yuan Longping, o “Pai do Arroz Híbrido”
Para enfrentar esse desafio monumental, a China contou com o brilhantismo de Yuan Longping, um renomado cientista agrícola conhecido como o “Pai do Arroz Híbrido”. Desde a década de 1970, Yuan dedicou sua vida ao desenvolvimento de variedades de arroz mais resistentes e produtivas.
Ele e sua equipe trabalharam no desenvolvimento do “arroz do mar”, uma variedade capaz de crescer em solos salinos e alcalinos, comum em regiões desérticas. Este arroz é único, resistente à salinidade, à alcalinidade, a doenças e pragas, além de ter alta produtividade.
Transformando o deserto de Kubuqi em um oásis agrícola
Após muita pesquisa, Yuan Longping escolheu o deserto de Kubuqi, na região autônoma da Mongólia Interior, como base de testes. Este deserto é conhecido por seu clima árido, pouca chuva e grandes variações de temperatura entre o dia e a noite.
Começando com apenas 80 hectares, a equipe utilizou técnicas inovadoras para transformar o solo desértico em terreno fértil. Construíram canais para trazer água do Rio Amarelo e aplicaram métodos ecológicos que economizam água e preservam nutrientes do solo. Gradualmente, expandiram a área de cultivo para 300 hectares, depois 1.000 hectares, até atingir os impressionantes 8.200 hectares.
Surpreendendo o mundo e inspirando outros países
Os resultados foram espetaculares. A produção de arroz no deserto não só atendeu às necessidades alimentares locais, mas também chamou a atenção de países como Dubai, Egito e Arábia Saudita. Em 2017, a equipe de Yuan Longping conduziu com sucesso experimentos de cultivo de arroz no deserto de Dubai, enfrentando desafios como temperaturas extremas e escassez de água doce.
Para encontrar a variedade ideal para o clima de Dubai, foram testadas mais de 80 tipos de arroz. Após cinco meses, algumas variedades produziram uma colheita de mais de 500 kg por mu (unidade chinesa de área). Isso deixou a comunidade científica de Dubai profundamente impressionada.
A expansão da inovação na agricultura pelo mundo
Além de Dubai, a Arábia Saudita planeja colaborar com a China para plantar 10 bilhões de árvores em seus desertos, utilizando tecnologias de dessalinização e irrigação para converter áreas áridas em terras agrícolas. O Egito, com 95% de seu território desértico, também está empenhado em transformar suas paisagens, introduzindo água do Rio Nilo em áreas antes estéreis.
Desenvolvimento sustentável e combate à desertificação
A China não parou por aí. Nos últimos anos, aplicou tecnologias de controle fotovoltaico para desenvolver setores como o cultivo de plantas medicinais, transformação de dunas em pastagens e até mesmo a aquicultura no deserto. Em Gansu, um projeto ambicioso buscou criar fazendas de peixes em áreas desérticas, apesar dos desafios iniciais e investimentos de US$ 720 milhões.
Embora enfrentassem obstáculos como altas temperaturas e falta de experiência, a China persistiu. Após consultoria com especialistas estrangeiros, descobriram que a truta arco-íris, nativa da América do Norte, era adequada para as condições do deserto. Com perseverança, transformaram o deserto em uma próspera base de aquicultura, beneficiando comunidades locais e contribuindo para a segurança alimentar.
Por que a China investe tanto na inovação na agricultura no deserto?
Com uma população de 1,4 bilhão de pessoas e consumo diário de 700.000 toneladas de grãos, a China busca garantir autossuficiência alimentar. A pesca excessiva e a poluição ambiental têm reduzido os estoques pesqueiros, e a aquicultura no deserto oferece uma alternativa sustentável.
A transformação de desertos em terras férteis não só atende às necessidades internas, mas também posiciona a China como líder mundial na inovação agrícola.
E você, acredita que essas inovações da China podem ser a chave para combater a fome e a desertificação no mundo? Deixe sua opinião nos comentários!
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