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China estava convertendo um porta-aviões soviético em parque de diversões, mas o navio pegou fogo perto de Xangai

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 21/08/2024 às 00:29
China estava convertendo um porta-aviões soviético em parque de diversões, mas o navio pegou fogo perto de Xangai
Minsk tem mais história como parque de diversões do que como porta-aviões (Imagem: Reprodução)

O porta-aviões soviético Minsk, que estava sendo transformado em uma atração turística na China, foi atingido por um incêndio no dia 16 de agosto.

No dia 16 de agosto, o antigo porta-aviões soviético Minsk, que estava em processo de conversão em um parque de diversões na China, foi consumido por um incêndio perto da cidade portuária de Nantong, na província de Jiangsu. O incidente trouxe à tona a longa e curiosa trajetória do navio, que já foi uma poderosa máquina de guerra e que, nas últimas décadas, passou por diversas mãos até se tornar uma atração turística (ou deveria).

O porta-aviões soviético Minsk, lançado em 1975 como parte da classe Kiev da Marinha Soviética, teve uma história repleta de reviravoltas. Inicialmente operando na Frota do Pacífico da URSS, o navio esteve ativo por cerca de 16 anos. Em 1991, após o colapso da União Soviética, o Minsk passou a fazer parte da Marinha Russa. No entanto, devido à falta de recursos e à complexidade de manutenção, foi decidido que o navio seria vendido para sucata.

Navio virou um parque de diversões temático na China

Em 1995, uma empresa sul-coreana comprou o Minsk com a intenção de desmantelá-lo, mas o processo foi interrompido por uma série de propostas comerciais, e o navio acabou sendo vendido novamente. Foi assim que o Minsk chegou às mãos da Guangdong Ship Dismantling Company, que também planejava desmontá-lo, mas outra empresa chinesa o adquiriu com uma ideia completamente diferente: transformá-lo em um parque de diversões temático.

Minsk World

Assim nasceu o “Minsk World”, um parque que rapidamente se tornou uma atração na China, atraindo visitantes curiosos para explorar o porta-aviões soviético e reviver a história militar da Guerra Fria de uma maneira única. No entanto, o parque enfrentou dificuldades financeiras, levando seus proprietários à falência em 2006. Desde então, o navio foi vendido várias vezes, até que, em 2016, encontrou um novo destino como uma atração reformada que deveria ter sido inaugurada em 2017. No entanto, atrasos constantes impediram a abertura.

Porta-aviões soviético envolto em chamas

O incêndio que ocorreu em 16 de agosto interrompeu mais uma vez os planos de transformação do navio. O Corpo de Bombeiros de Nantong, na China, informou que o incêndio começou por volta das 16h (horário local) e que, apesar da gravidade, ninguém ficou ferido. As causas do incêndio ainda não foram esclarecidas, e as redes sociais chinesas foram inundadas com imagens e vídeos do porta-aviões soviético envolto em chamas.

Fotografias do incidente mostram danos significativos na ilha do porta-aviões, que abriga a ponte de comando. Com isso, o futuro do Minsk é incerto: enquanto alguns acreditam que ele ainda pode ser restaurado e convertido em parque, outros preveem que seu destino pode ser o mesmo de 1995, quando foi inicialmente vendido para sucata.

China tem investido em atrações turísticas únicas

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A China, que tem investido pesadamente em atrações turísticas únicas e inovadoras, agora enfrenta o desafio de decidir o que fazer com este icônico porta-aviões soviético. O incêndio é apenas o mais recente capítulo de uma história marcada por reviravoltas e incertezas. Resta saber se o Minsk renascerá mais uma vez ou finalmente encontrará seu fim como uma pilha de escombros.

Diante desse incidente com o porta-aviões soviético na China, o que você acha que deve ser o destino desse navio histórico? Ele ainda tem potencial para se transformar em uma atração turística ou é o fim da linha para o Minsk? Compartilhe sua opinião.

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Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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