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China está prestes a aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 27/10/2024 às 18:02
China quer investir 1 trilhão de yuans em consumo direto, mirando o Brasil como exemplo. Isso pode mudar a economia global!
China quer investir 1 trilhão de yuans em consumo direto, mirando o Brasil como exemplo. Isso pode mudar a economia global!

Com uma proposta inédita, a China pode investir quase 1 trilhão de yuans no consumo de seus cidadãos. O plano, defendido por Li Daokui, busca quebrar o ciclo de baixa demanda, inspirando-se na mentalidade de consumo brasileira.

Um movimento inédito promete sacudir a economia global e fazer o mundo repensar suas estratégias de crescimento:

a China pode estar prestes a injetar 1 trilhão de yuans diretamente nos bolsos dos consumidores, algo nunca visto antes.

O apoio a essa proposta vem do respeitado economista Li Daokui, que acredita que o país precisa de uma abordagem radical para combater a desaceleração econômica.

Mas não para por aí: o Brasil está no centro dessa revolução e serve como inspiração para os chineses.

Segundo especialistas, essa proposta — que parecia impensável — já ganha força nos altos círculos de poder na China.

A ideia, defendida por Daokui, sugere que o governo chinês subsidie parte dos gastos dos consumidores durante a Golden Week, o popular feriado de uma semana em outubro.

Esse período é crucial para o comércio chinês, e o impacto financeiro dessa medida pode ultrapassar fronteiras e inspirar outras nações.

A proposta de Li Daokui

A proposta de Li, segundo o China Daily e o Diário do Povo, é simples, mas poderosa. Ele sugere que o governo subsidiaria até 20% das compras feitas durante a Golden Week.

Ou seja, a cada 1.000 yuans gastos, 200 seriam pagos pelo governo chinês.

Com isso, a intenção é estimular o consumo direto, rompendo o ciclo de baixa demanda que tem puxado a economia para um ritmo de crescimento lento.

“A realidade é o melhor argumento”, defende Li Daokui

Para o economista, a crise econômica atual exige uma abordagem mais voltada para o consumo, algo que sempre foi menos priorizado pela China em relação à oferta.

“Sempre acreditamos que a economia deveria ser estimulada pela oferta, e não pelo consumo”, afirma ele.

Contudo, com a situação crítica de hoje, Li acredita que o consumo é o principal entrave para o crescimento, algo que deve mudar com a nova abordagem.

Li também aponta para barreiras internas que inibem o consumo, como as restrições ao uso de motocicletas em cidades como Pequim.

Essas normas, segundo ele, são obsoletas e travam o mercado interno. A visão dele é de que uma remoção de tais barreiras pode abrir novas oportunidades de consumo.

A inspiração brasileira

Curiosamente, o Brasil surge como referência nessa transformação proposta pelo economista.

Em uma recente visita ao país, Li Daokui observou o comportamento do consumidor brasileiro, que, segundo ele, demonstra mais confiança ao gastar, mesmo em tempos de incerteza.

“Nós realmente admiramos os consumidores brasileiros,” elogia ele, comparando essa mentalidade à cautela dos chineses, que priorizam poupança para segurança futura.

Além do comportamento de consumo, Li menciona que a alta taxa de urbanização brasileira, acima de 80%, é um fator crucial para estimular o consumo.

Na China, apenas cerca de 50% das pessoas que trabalham em áreas urbanas residem nessas áreas, o que impacta o consumo local.

Ele sugere que políticas de incentivo à migração urbana poderiam beneficiar a economia chinesa.

A pressão do protecionismo

Apesar dos avanços, a China enfrenta desafios externos, como as restrições comerciais impostas por Estados Unidos, Europa e, recentemente, pelo próprio Brasil.

Li Daokui considera que essas medidas, embora problemáticas, não diminuem a demanda por produtos chineses, especialmente no mercado norte-americano.

Ele destaca que, mesmo com a desaceleração esperada nas economias ocidentais, o consumo interno deve ser fortalecido como uma barreira de proteção.

Para o Brasil, ele sugere que Pequim e Brasília negociem formas de reduzir o protecionismo bilateral.

A possibilidade de instalação de fábricas chinesas no Brasil é um ponto de otimismo, especialmente no contexto da Iniciativa Cinturão e Rota, que Li vê como uma oportunidade de expansão econômica conjunta.

“É um acordo ganha-ganha”, enfatiza ele, destacando os potenciais benefícios de uma integração comercial mais estreita entre os países.

Futuro do consumo interno na China

À medida que o protecionismo global aumenta e tensões comerciais se intensificam, a China se vê diante de uma decisão crucial.

O plano de Li Daokui pode ser a chave para redirecionar a economia para o consumo interno, diminuindo a dependência de mercados externos.

O grande questionamento que permanece é se essa medida será suficiente para frear a desaceleração econômica que preocupa tanto o governo quanto os cidadãos.

Agora, resta a pergunta: você acredita que o Brasil teria que seguir o exemplo da China e implementar um plano de ajudar diretamente os brasileiros a pagarem seus itens de consumo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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