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China deixa exigências de lado e avança para importação de milho brasileiro

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 07/08/2022 às 10:36
China deixa exigências de lado e avança para importações de milho brasileiro
Importação de milho – (Imagem: Pixabay/matthiasboeckel)

A China anunciou a liberação para as importações de milho e farelo de soja de produtores brasileiros. Entretanto, a partir do próximo ano, começará a fazer exigências mais rigorosas.

Mais um grande passo foi dado para o Brasil avançar no mercado da China com a importação de milho e farelo de soja. Em uma reunião realizada na sexta-feira (5) em Brasília, representantes de Pequim confirmaram aos produtores rurais a derrubada de protocolos para a exportação. Desse modo, os dois produtos podem ser exportados para a China ainda este ano.

China anuncia que fará novas exigências em 2023

China derruba entraves e avança para importar milho e farelo de soja | Canal Rural

A informação sobre a decisão sobre a importação do milho e farelo de soja da China, em favor dos produtos brasileiros, veio do comentarista do Canal Rural, Glauber Silveira. O comentarista esteve presente na reunião e destacou que a nova estratégia definida pela China já era esperada. Segundo Silveira, a liberação das importações tornará os embarques da atual safra mais fáceis, sendo que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) não teria como validar os protocolos impostos atualmente.

Glauber ainda prossegue que a notícia é que já é possível realizar a importação de milho e farelo de soja para a China. É uma notícia muito positiva e mais um mercado está se abrindo para o setor. Com a autorização por parte da China, Glauber destaca que para as importações dos dois produtos começarem é preciso apenas realizar um cadastro por parte das empresas nacionais.

A liberação sem a comprovação de que a produção brasileira de farelo de soja e milho segue protocolos registrados previamente pela China valerá apenas para este ano, justamente quando a tensão entre a China e a América do Norte se agrava devido aos conflitos em Taiwan. Tais exigências voltarão a existir no próximo ano, de acordo com Glauber Silveira. Segundo o comentarista, a partir do próximo ano, o governo brasileiro terá que cumprir todas as etapas do protocolo para realizar importações.

Brasil pode ser impactado com crise entre China e Estados Unidos

No começo da última semana, o mercado pôde ver a tensão entre a China e os Estados Unidos aumentar com a visita da presidente da Câmara americana Nancy Pelosi a Taiwan. A China não reconhece a independência da ilha e também já está há alguns anos em guerra econômica. Sendo assim, é importante lembrar que tanto a China quanto os EUA são os maiores parceiros comerciais do Brasil.

Apenas no primeiro semestre deste ano, as exportações para a China, Macau e Hong Kong somaram US$ 55,81 bilhões e para os EUA, foram US$ 20,93 bilhões em exportações. Segundo Coordenador de Gestão Internacional da Blue3, Fernando Bueno, apesar do Brasil não se envolver diretamente, não há nenhuma dúvida de que isso reverbera fortemente no país.

Não apenas devido à guerra física, mas pela guerra econômica de sanções que colocariam em xeque vários aspectos da economia brasileira.

China marca reunião no estado do Maranhão

A Fundação Sousândrade, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE) realizou dos dias 13 a 14 de julho em São Luís o Simpósio Internacional “As potencialidades do Maranhão na Nova Rota da Seda da China: oportunidades de negócio e de desenvolvimento para o Brasil”.

O evento teve como foco o fornecimento de informações estratégicas sobre o projeto e proporcionar uma visão do leque de oportunidades de desenvolvimento econômico que surge para o Brasil com o objetivo de inserir a capital maranhense nesta nova rota. A abertura do evento aconteceu no dia 11 às 9h no Palácio dos leões.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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