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China zera importações dos EUA e aumenta compras do Brasil em quase 30%. Disputa reacende tensão no agronegócio mundial.
China surpreende e corta totalmente as importações de soja dos EUA
A China zerou as importações de soja dos Estados Unidos em setembro e, ao mesmo tempo, aumentou as compras da América do Sul, sobretudo do Brasil, que registrou alta de quase 30% nas exportações. Esse movimento reforça o peso do agronegócio brasileiro no comércio global.
Essa é a primeira vez em sete anos, desde novembro de 2018, que Pequim deixa de adquirir soja americana, o que indica mudanças profundas na geopolítica do agronegócio mundial.
Além disso, os dados divulgados pela Administração Geral de Alfândega da China revelam como as tensões comerciais entre Pequim e Washington estão redefinindo o mercado global de alimentos e alterando o fluxo das grandes exportações agrícolas
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Brasil assume a liderança nas exportações
Enquanto os Estados Unidos enfrentam retração, o Brasil amplia sua presença no mercado chinês. Em setembro, o país exportou 10,96 milhões de toneladas de soja para a China — 29,9% a mais do que no mesmo período do ano passado.
No acumulado de 2024, o volume já soma 63,7 milhões de toneladas, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior.
Com isso, o Brasil consolida sua posição como principal fornecedor da oleaginosa para o maior importador do mundo.
O avanço brasileiro ocorre em meio a um cenário de crescimento da demanda interna chinesa e queda da competitividade americana, impulsionando a economia nacional e reforçando o peso do agronegócio brasileiro no comércio internacional.
EUA perdem espaço no mercado chinês
Por outro lado, as exportações dos Estados Unidos foram completamente zeradas em setembro, após taxas mais altas impostas por Pequim sobre os produtos agrícolas americanos.
Em setembro de 2024, os norte-americanos ainda haviam embarcado 1,7 milhão de toneladas para a China. Agora, o volume caiu a zero, um golpe expressivo no setor agrícola dos EUA.
O motivo central está nas tarifas impostas pelo governo de Xi Jinping, como retaliação à guerra comercial com Washington. O conflito, iniciado durante o governo Donald Trump, volta a impactar diretamente o agronegócio mundial.
Trump reage e tenta reaproximação
Em meio à crise comercial, o presidente Donald Trump afirmou estar disposto a reduzir tarifas sobre produtos chineses caso o país retome a compra da soja americana.
“Acho que vamos nos sair muito bem com a China. A China não quer conflito. Temos o melhor de tudo e ninguém vai mexer com isso. Acredito que vamos fechar um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos satisfeitos”,
declarou Trump a jornalistas na Casa Branca.
Segundo ele, uma visita oficial a Pequim está prevista para o início de 2025, com o objetivo de retomar o diálogo econômico entre as duas potências.
China diversifica e amplia compras na América do Sul
Enquanto o impasse com os Estados Unidos persiste, a China amplia a diversificação das importações de soja e fortalece suas parcerias na América do Sul.
Além do Brasil, o país aumentou significativamente as compras da Argentina, com alta de 91,5% em relação a 2023.
Em setembro, os chineses importaram 1,17 milhão de toneladas da soja argentina, o que equivale a 9% do total adquirido no mês.
Assim, o agronegócio sul-americano se consolida como o maior beneficiado nessa disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, ganhando força, relevância e novas oportunidades de expansão.
Impactos econômicos e geopolíticos no agronegócio
O movimento da China redefine o cenário global do agronegócio e muda o equilíbrio das exportações mundiais. Ao substituir os Estados Unidos pelo Brasil e pela Argentina, Pequim garante segurança alimentar, diversifica fornecedores e reduz a dependência de mercados instáveis.
Para o Brasil, a decisão gera um impulso bilionário nas exportações, aumenta a entrada de divisas e reforça o papel do país como potência agrícola global.
Dessa forma, a guerra comercial entre China e Estados Unidos se transforma em uma grande oportunidade para o agronegócio brasileiro, que ganha protagonismo em um dos mercados mais estratégicos do planeta.
Brasil e China: parceria que redefine o agronegócio
Com o avanço das importações chinesas e a queda americana, o Brasil reforça sua liderança global na exportação de soja. O agronegócio nacional segue como motor da economia, impulsionando a balança comercial e fortalecendo a posição do país no cenário internacional.
Enquanto isso, EUA e China disputam espaço no comércio global, mas o Brasil se destaca pela eficiência e estabilidade do setor agrícola.
Assim, o país colhe os frutos da diplomacia e da produção sustentável, tornando-se o grande vencedor dessa guerra de importações.
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