China usa IA em cães-robôs e enxames de drones para atacar vantagem dos EUA em tecnologia militar no mundo — entenda como e por quê.
Na última fase da corrida tecnológica global, a China lançou um ousado programa de IA e tecnologia de guerra em que cães-robôs armados e enxames de drones lideram o avanço.
O projeto, coordenado pelo exército chinês desde novembro de 2024, mobiliza a gigante asiática para reduzir o fosso tecnológico frente aos EUA no mundo militar.
Em Pequim, militares e empresas ligadas à defesa estão integrando sistemas de inteligência artificial (IA) para reconhecimento de alvos e operações autônomas, numa tentativa de ganhar vantagem enquanto Washington observa.
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O motivo é claro: dominar a tecnologia de guerra no mundo agora significa poder estratégico no futuro.
Por que a China acelera IA e tecnologia de guerra
A China entende que, no mundo atual, a tecnologia — e em especial a IA — é determinante para o poder militar. Portanto, busca superar os EUA nessa corrida-armamentista.
O investimento intenso visa justamente modernizar suas forças armadas e recuperar terreno perdido. Enquanto isso, os EUA observam e adaptam suas estratégias.
Como funcionam os cães-robôs e enxames de drones chineses
Em novembro de 2024, o Exército de Libertação Popular da China abriu uma licitação inédita para desenvolver cães-robôs equipados com IA, projetados para atuar em grupo e identificar ameaças com precisão, além de neutralizar riscos de explosão em áreas de conflito.
Imagens divulgadas por canais oficiais do governo chinês mostram que a fabricante Unitree já realizou exercícios táticos com cães-robôs armados, demonstrando o avanço do país no uso de tecnologia de guerra baseada em inteligência artificial.
Paralelamente, mais de vinte registros de licitações e patentes militares indicam que a IA chinesa também está sendo integrada em drones autônomos.
Esses equipamentos são capazes de reconhecer e rastrear alvos, atuando em enxame com mínima intervenção humana — uma estratégia que fortalece a capacidade de resposta do exército chinês diante da disputa tecnológica com os EUA e amplia o protagonismo da China no cenário militar do mundo.
Aplicações práticas: de satélites a chips nacionais
Patentes e estudos indicam que a China já usa IA no planejamento militar. A Landship Information Technology afirma que seus sistemas combinam satélites, radares e aeronaves para localizar alvos com rapidez, usando chips da Huawei.
A Universidade Tecnológica de Xi’an revelou que o DeepSeek analisou 10 000 cenários em 48 segundos — algo que levaria 48 horas para humanos. O avanço mostra o poder da tecnologia chinesa e reforça a disputa entre China e EUA pela liderança em IA militar no mundo.
Soberania algorítmica: o foco da estratégia de Pequim
A China, por sua vez, tenta reduzir a dependência da tecnologia ocidental. Por isso, o foco agora é fortalecer o uso interno de IA e garantir autonomia digital.
Nesse contexto, a estratégia aparece na preferência pelo modelo de IA DeepSeek, já presente em várias licitações militares. Além disso, o país acelera o uso de chips nacionais, substituindo componentes importados para reduzir vulnerabilidades.
Esse movimento, chamado de “soberania algorítmica”, busca dar à China controle total sobre sua infraestrutura tecnológica. Dessa forma, o governo evita limitações externas e reforça sua posição no cenário global.
Desafios e limites da tecnologia militar chinesa
Mesmo com os avanços, a China ainda enfrenta desafios. O funcionamento dos sistemas segue em sigilo. Há dúvidas sobre os contratos de cães-robôs e o uso real de chips ocidentais.
Militares chineses garantem que o controle humano será mantido, evitando que a IA opere armas de forma autônoma em um possível confronto com os EUA.
Impacto para os EUA, a China e o mundo
Para os EUA, o avanço da China em IA e tecnologia de guerra representa um desafio direto à sua superioridade militar. Por isso, Washington planeja implantar milhares de drones até o fim de 2025, a fim de equilibrar a vantagem chinesa.
Enquanto isso, no mundo, essa disputa tecnológica evidencia que as guerras do futuro dependerão cada vez mais de algoritmos, satélites e automação — e não apenas de tanques e soldados.
Assim, a corrida entre China e EUA pela liderança em IA militar vai muito além de uma rivalidade regional. Na prática, trata-se de um marco histórico para a geopolítica, a segurança global e o próprio conceito de tecnologia no mundo contemporâneo.



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