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China abandona o Brasil? País asiático direciona R$ 285 bilhões para a África e projeta até 1 milhão de novos empregos!

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 09/09/2024 às 20:48
China, investimento, África, agricultura
foto/reprodução: ia

O gigante asiático intensifica sua relação com a África, destinando um investimento massivo em infraestrutura, agricultura, saúde e segurança!

Em um movimento estratégico, a China anuncia que suas parcerias com 53 países africanos estão em seu melhor momento, marcando uma nova era de cooperação e desenvolvimento para o continente. Durante o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), realizado em Pequim, o presidente chinês Xi Jinping revelou um pacote de investimentos que totaliza R$ 285 bilhões (360 bilhões de yuans) nos próximos três anos. O montante será distribuído em áreas essenciais para o crescimento africano, como infraestrutura, agricultura, energia, mineração e saúde. Segundo Xi, “as relações estão no melhor período da história“, destacando o comprometimento da China em fortalecer seus laços com o continente africano.

Um impulso gigantesco para a infraestrutura e agricultura africanas

A China e a África formaram uma parceria estratégica de grandes proporções. O pacote de investimentos anunciado por Xi Jinping inclui R$ 165 bilhões em linhas de crédito para financiar projetos de infraestrutura, como estradas, ferrovias, e usinas de energia. Outros R$ 63 bilhões serão destinados à assistência direta, enquanto R$ 55 bilhões virão de investimentos de empresas chinesas.

A agricultura africana também será um dos pilares dessa cooperação. Com mais de 6,6 mil hectares de áreas demonstrativas agrícolas planejadas, a China pretende ajudar a África a agregar valor à produção local e gerar empregos. Serão enviados 500 especialistas agrícolas para compartilhar conhecimento técnico e estimular o desenvolvimento sustentável na agricultura do continente. Além disso, a China comprometeu-se a investir cerca de R$ 787 milhões em assistência alimentar emergencial, uma medida essencial diante dos desafios de segurança alimentar que muitos países africanos enfrentam.

Essa parceria agrícola busca não só aumentar a produtividade, mas também criar valor agregado, permitindo que os países africanos fortaleçam suas economias locais. A meta é ambiciosa: criar 1 milhão de novos postos de trabalho no continente, especialmente em áreas rurais.

Saúde e segurança: pilares da cooperação China-África

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foto/reprodução: ia

A cooperativa entre China e África também se expandirá para áreas cruciais como saúde e segurança. A China se comprometeu a enviar 2 mil profissionais de saúde para o continente e a implementar 20 programas de instalações de saúde, com foco especial no combate à malária. Essa é uma questão urgente, já que, segundo a OMS, 94% dos casos de malária no mundo ocorrem na África, resultando em 580 mil mortes por ano. A criação de uma aliança de hospitais e centros médicos também faz parte do plano, ajudando a combater doenças e melhorar o acesso à saúde pública.

No âmbito da segurança, a China anunciou a destinação de 1 bilhão de yuans (cerca de R$ 787 milhões) para treinar 6 mil militares africanos e mil policiais. Além disso, serão convidadas 500 jovens lideranças militares para visitar a China, fortalecendo o intercâmbio de experiências e o treinamento em tecnologia e defesa.

Essa cooperação em segurança não visa apenas proteger os países africanos contra ameaças externas, mas também contribuir para a estabilidade regional, o que é fundamental para atrair ainda mais investimentos estrangeiros no futuro.

Parceria econômica de longo prazo: a promessa de um futuro compartilhado

Com este novo pacote de investimentos, a China não está apenas ajudando a África a crescer, mas também buscando estreitar os laços econômicos e políticos de longo prazo. Durante o Fórum de Cooperação China-África, foram firmados dois documentos essenciais: a “Declaração de Pequim sobre a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado” e o “Plano de Ação de Pequim (2025-2027)”.

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foto/reprodução: GREG BAKER / POOL / AFP

O compromisso chinês com o Sul Global e com os países africanos não é de hoje, mas este novo anúncio reforça ainda mais a intenção de Pequim em promover o multilateralismo. Como destacou Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, “queremos chegar a um consenso global… todos têm direito à modernização“. Isso reflete a visão chinesa de que o desenvolvimento econômico da África pode ser uma alavanca para equilibrar as influências globais e promover uma ordem internacional mais justa.

Além disso, a China comprometeu-se a eliminar barreiras alfandegárias para os países africanos menos desenvolvidos, que incluem 33 países do continente, incentivando assim o crescimento das exportações africanas para o mercado chinês. Pequenas e médias empresas também terão acesso a novos apoios financeiros, ampliando as possibilidades de expansão econômica e inovação.

Um novo suspiro para a África ?

Com um pacote de R$ 285 bilhões em investimentos, a China está reforçando seu papel como um dos principais parceiros de desenvolvimento da África. O foco em infraestrutura, saúde, agricultura e segurança demonstra o comprometimento do país asiático com a construção de uma relação estratégica a longo prazo, baseada em benefícios mútuos. O que podemos esperar dessa parceria é uma África mais forte, com novas oportunidades de emprego, maior produtividade agrícola e infraestrutura modernizada, enquanto a China consolida sua influência em um continente com enorme potencial de crescimento.

“Estamos testemunhando uma nova era nas relações China-África”, afirmou Xi Jinping. E de fato, com esse investimento bilionário, a China e a África caminham juntas rumo a um futuro promissor.

 

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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