A Chery será a primeira a utilizar nova tecnologia das baterias de íons de sódio desenvolvidas pela CATL. A nova bateria para carros elétricos promete revolucionar o mercado automotivo.
A Chery, fabricante chinesa de veículos, será a primeira montadora a utilizar baterias de íons de sódio da CATL, líder global de baterias para carros elétricos. A nova tecnologia promete tornar o valor dos modelos elétricos, uma vez que a bateria é o item de maior custo para a produção deste tipo de veículo.
Baterias de íons de sódio podem ser carregadas em apenas 15 minutos
As baterias de íons de sódio, que serão utilizadas pela Chery, foram lançadas pela também chinesa CATL em julho de 2021 e disponibilizam uma autonomia de até 400 km para um carro elétrico. A empresa já deu início ao layout de industrialização de baterias de íons de sódio e está com planos de formar uma cadeia industrial básica ainda neste ano.
As baterias de íons de sódio da empresa utilizam eletrólitos sólidos nos lugares dos líquidos, reduzindo o risco de vazamentos, explosões ou superaquecimentos. A primeira geração das baterias de íons de sódio pode ser carregada em 15 minutos até 80% da capacidade, em temperatura. Em baixas temperaturas, este número pode chegar a mais de 90%.
- Mitsubishi Triton 2025 chega para virar o jogo e deixar Fiat Titano e Nissan Frontier para trás no mercado brasileiro!
- Com investimento COLOSSAL de R$ 9,5 BILHÕES, Stellantis adquire 20% da Leapmotor e agora pode produzir, vender e exportar os carros elétricos para a Europa e EUA!
- Volkswagen Taos 2025 chegou para roubar a cena: design elétrico, tecnologia incrível e a missão de desbancar Compass e Tiggo 7 no Brasil
- Stellantis revoluciona mercados com NOVA plataforma STLA Frame: Motorização a combustão e tecnologia de ponta em SUVs e picapes
Um dos benefícios deste tipo de componente, que será utilizado pela Chery, é que podem utilizar materiais de cátodo mais baratos e abundantes do que aqueles que são utilizados nas baterias de íons de lítio, que demandam materiais mais caros como o cobalto. O sódio é um elemento muito mais presente na terra, o que significa que pode haver menos restrições de abastecimento de matérias-primas para a produção de baterias.
Outras montadoras apostam em projetos semelhantes
Por ora, a tecnologia que utiliza o sódio conta com uma eficiência menor de carga elétrica, apesar da densidade energética de 160 Wh/Kg não seja tão alta quanto as baterias dos carros elétricos atuais, que superam os 250 Wh/Kg no caso dos modelos da Tesla.
A bateria de íons de sódio está em desenvolvimento e a empresa chinesa planeja melhorar este número. As baterias de íons de sódio da CATL devem ser utilizadas a princípio em modelos de duas rodas, entretanto a tecnologia deve ser criada também para carros elétricos, principalmente porque este tipo de tecnologia possui um custo mais baixo para as montadoras.
Além da Cher, a JAC por sua vez, aposta em um protótipo parecido, fabricado pela Hina Battery, que possui capacidade de 25 Wkh, 120 Wh/kg de densidade energética e uma autonomia de 252 km com apenas uma carga. A Renault também realiza investimentos nas baterias de íons de sódio, através de sua subsidiária chinesa Jiangling Motors Electric Vehicle (JMEV).
Cientistas encontram métodos para extração de lítio do mar
Embora novas maneiras de fabricar baterias para carros elétricos estejam surgindo, o lítio ainda é muito importante para este mercado. Em fevereiro deste ano, um grupo de pesquisadores desenvolveu um método de extração de lítio através das águas dos oceanos.
O lítio é de suma importância para a fabricação de baterias recarregáveis que alimentam desde os smartphones até um carro elétrico. Entretanto, o atual ritmo de mineração do material não será possível para atender à demanda do futuro, ameaçando esgotar os suprimentos terrestres conhecidos até 2080.
Desta forma, a extração de lítio da água do mar pode ser o meio para disponibilizar este mineral de forma sustentável e acessível para a indústria de baterias de carros elétricos. Uma equipe da King Abdullah University of Science and Technology, na Arábia Saudita, achou um meio de resolver a questão da mineração do lítio, extraindo o mineral através da água dos oceanos.