Queda agressiva nos preços surpreende o mercado automotivo e montadoras a reagirem rapidamente
Desde 12 de junho de 2025, o setor automotivo brasileiro vive um momento de virada com a pré-venda do Volkswagen Tera. Em apenas 50 minutos, o modelo registrou impressionantes 12 mil pedidos, segundo dados da montadora.
Esse desempenho imediato provocou uma série de reações em concorrentes diretos, como Fiat e Renault. Ambas decidiram aplicar cortes agressivos nos preços dos seus modelos mais próximos em proposta e faixa de preço.
O Fiat Pulse e o Renault Kardian foram diretamente impactados pelo “efeito Tera”. Como resposta, as marcas anunciaram reduções consideráveis nos preços de quase todas as versões desses veículos.
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A Fiat aplicou o maior corte na versão Audace Hybrid. O preço caiu de R$134.070 para R$114.990.
Já a Renault reposicionou a versão Première Edition do Kardian, agora saindo por R$129.990, contra os R$145.990 praticados anteriormente.
As próprias montadoras comunicaram essas estratégias entre os dias 13 e 14 de junho de 2025.
Pressão se estende até o elétrico líder de vendas
O impacto provocado pelo Tera não se limitou aos veículos com motores a combustão. Até o carro elétrico mais emplacado do Brasil, o BYD Dolphin Mini, acabou envolvido na disputa por preços mais atrativos.
Em uma tentativa de preservar sua posição de mercado, a montadora chinesa anunciou, em 14 de junho de 2025, um desconto imediato de R$3 mil na versão de entrada com quatro lugares. Ela passou a custar R$115.800.
Curiosamente, esse valor ficou R$1 mil abaixo da versão TSI do próprio Tera equipada com câmbio manual.
Essa versão é vendida por R$116.800.
No entanto, a versão de cinco lugares do Dolphin Mini permanece com o preço inalterado, mantido em R$122.800.
A própria BYD anunciou que a redução vale até 30 de junho de 2025.
A marca quer acelerar as vendas dos modelos 2025.
Ainda há unidades disponíveis porque os clientes não compraram todo o lote.
Lançamento oficial do Tera redefiniu a tabela de preços
A Volkswagen anunciou a chegada do Tera com valores entre R$99.990 e R$142.990. A versão mais acessível, com preço inferior ao do Dolphin Mini, vem equipada com motor aspirado MPI e câmbio manual.
Apesar da simplicidade técnica, a proposta do Tera atingiu em cheio o desejo de boa parte dos consumidores brasileiros por um SUV compacto de preço mais acessível. Isso ajudou a disparar a procura.
Esse movimento de mercado é comparável ao que aconteceu em março de 2023 com a chegada do BYD Dolphin.
Naquela época, a montadora chinesa também abalou os preços do setor ao introduzir seu modelo 100% elétrico com um valor abaixo dos R$150 mil, algo inédito na categoria.
Agora, com o Tera, o cenário se repete, mas de forma ainda mais ampla. Ele atinge tanto elétricos quanto híbridos e modelos convencionais.
Reação em cadeia pode remodelar o segmento
Segundo analistas do setor automotivo, o “efeito Tera” tende a remodelar o posicionamento de preços de SUVs compactos e elétricos em todo o país.
Isso deve acontecer ao longo do segundo semestre de 2025.
Fiat, Renault e BYD promoveram cortes, segundo especialistas.
Eles destacam que essas reduções não ocorrem de forma isolada no mercado automotivo.Outros fabricantes podem seguir o mesmo caminho.
A estratégia é clara: manter competitividade diante de um produto que une atratividade, preço acessível e uma marca tradicional.
Além disso, o volume de reservas registrado pelo Tera reforça uma tendência já percebida nos últimos anos.
Consumidores estão cada vez mais atentos a oportunidades de custo-benefício e mobilização imediata das montadoras diante de novos lançamentos.
Ao que tudo indica, o Volkswagen Tera não apenas chegou com força. Ele também obrigou o mercado inteiro a se reestruturar rapidamente, priorizando preços mais agressivos e ofertas pontuais.
Promoções e cortes de preços marcam novo ciclo competitivo
Dessa forma, as promoções em vigor para Pulse, Kardian e Dolphin Mini ganham ainda mais relevância no cenário atual.
Afinal, todas elas foram anunciadas até o dia 15 de junho de 2025 e, portanto, estarão disponíveis por tempo limitado, conforme informaram as fabricantes.
Ainda que não sejam mudanças permanentes de tabela, esses ajustes, por sua vez, indicam uma nova lógica de mercado.
Ou seja, trata-se de um mercado mais flexível e, ao mesmo tempo, sensível à concorrência direta.
Enquanto isso, a expectativa continua em torno do desempenho de vendas do Tera após o encerramento da fase de pré-venda.
Caso a procura permaneça em alta, é provável, portanto, que outras montadoras repensem suas estratégias de precificação para o segundo semestre.
Assim sendo, o consumidor brasileiro segue sendo o principal beneficiado por essa nova dinâmica competitiva.
Isso porque ela foi impulsionada por um lançamento que, sem dúvida, já entrou para a história do setor.
Bom para o consumidor