O setor de ferrovias no Brasil vai receber investimento bilionário de grandes empresas privadas
Por meio de suas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento nesse sábado (25) apontando para novas negociações no setor de ferrovias no Brasil. Segundo ele, o Governo Federal estaria buscando restaurar o moral ferroviário para ampliar os meios de transporte disponíveis no país. Até o momento, o governo já teria 78 requerimentos para construção e operação de ferrovias a partir de iniciativa privada, o que geraria mais de 2 milhões de novos empregos diretos e indiretos.
O investimento total a partir da iniciativa privada estaria somado em R$ 237 bilhões para dar vida nova às ferrovias em todo o território nacional. As concessões do Governo Federal para a iniciativa privada poderão estimular e reerguer um meio de transporte de custo favorável, principalmente em um momento em que o preço dos combustíveis está em alta. Saiba mais na matéria de hoje.
Saiba como funcionam as concessões de Ferrovias pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no vídeo abaixo.
Ferrovias existem no Brasil há 70 anos e estão precarizadas devido ao abandono
A malha ferroviária no Brasil já existe há 70 anos e se encontra em situação precária, sendo pouco utilizada para escoamento de produção, que seria a finalidade. Os trens foram muito usados para transporte do café na época colonial, geraram diversos empregos na época e atingiram uma cobertura de 31 mil quilômetros em 1957, quando foi o melhor resultado. No entanto, depois disso, as ferrovias não tiveram mais investimento e ficaram abandonadas ao tempo.
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“O panorama está péssimo. O que foi feito até agora não pode ser considerado avanço. Não se resolveu o transporte de passageiros no Brasil. Nós, da sociedade civil, estamos preocupados com o Marco Regulatório das Ferrovias e com as autorizações para as hotlines (ferrovias integradas com outros modais). Na hora de fazer as concessões, não se criou a exigência de se passar ferrovias de passageiros. Não podem ser apenas ferrovias de carga. Hoje usam-se ferrovias apenas para exportar soja, milho, açúcar e ferro”
José Manoel Gonçalves, presidente da Ferrofrente em declaração ao Correio Braziliense (2021)
Segundo o Ministério da infraestrutura, em 2021, as ferrovias compõe, juntas, apenas 15% da parcela de meios de transporte em uso no Brasil, o que é muito pouco. O Brasil é um país que tem dimensões continentais e precisa distribuir sua produção por mais de 8 mil quilômetros quadrados, o que é um grande desafio por meio de rodovias e transporte marítimo apenas.
O fortalecimento da malha ferroviária pelo Governo Federal e iniciativa privada pode levar desenvolvimento econômico a diversas regiões do Brasil e reduzir os custos de escoamento da produção de bens e insumos
Em um momento em que os combustíveis estão com preços alarmantes, devido à inflação, a busca por meios de transporte alternativos pode ser uma ótima saída. A malha ferroviária seria uma dessas alternativas e reduziria os custos de escoamento da produção de bens e insumos. Além disso, levaria desenvolvimento econômico e milhões de empregos, em um momento em que muitas pessoas precisam de oportunidades de trabalho.
Esse meio de transporte reduz os impactos ambientais, acelera o processo de transporte pelo menor uso de rodovias e ainda conecta diferentes regiões do Brasil. Segundo o levantamento da Ferrofrente, uma entidade de impulsionamento do setor, os veículos movidos a gasolina, diesel e etanol podem chegar a ser quatro vezes mais poluentes do que os trens.
O desafio de conectar o país por meio de ferrovias é um desafio e tanto, tendo em vista a diversidade de biomas existentes e grandes regiões de mata em preservação ambiental e bacias hidrográficas. No entanto, outras alternativas e vias podem ser pensadas, basta apenas o investimento, que virá da iniciativa privada, ao que tudo aponta, e irá gerar milhões de novos empregos.