Jim Farley, CEO da Ford, não economizou nas palavras: as montadoras ocidentais estão pelo menos uma década atrasadas na tecnologia de baterias. Ele chegou a dizer que não quer devolver o Xiaomi SU7 que está dirigindo. Para ele, ou os EUA aprendem com os chineses e licenciam essa tecnologia, ou vão ficar olhando de fora enquanto a China domina o mercado de elétricos.
Entre todas as gigantes do setor, a Ford tem sido uma das poucas que falam abertamente sobre a força da China na indústria automotiva. Jim Farley já deixou claro que os fabricantes chineses dispararam na frente, e o Ocidente está correndo atrás do prejuízo.
O CEO da Ford foi sincero ao ponto de admitir que está dirigindo um Xiaomi SU7 e não quer devolver. Isso diz muito, né? Se um dos caras mais influentes da indústria automotiva está impressionado com um carro chinês, já dá pra imaginar o nível do avanço deles.
Por que a China está tão à frente em baterias, segundo o CEO da Ford?
Enquanto o Ocidente ficava naquela indecisão, a China meteu o pé no acelerador e investiu pesado em carros elétricos. O resultado? Hoje, os modelos chineses são mais baratos, têm mais autonomia e contam com baterias muito mais eficientes.
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Agora, fabricantes como Ford, GM e Volkswagen estão sentindo a pressão. Ou elas correm atrás e se reinventam, ou vão acabar perdendo espaço para os chineses, que já dominam a produção global de baterias.
A saída? Pedir ajuda para os chineses
O CEO da Ford não escondeu o jogo: as montadoras americanas precisam licenciar a tecnologia chinesa se quiserem competir. Ou seja, aprender com quem está na frente e só depois tentar desenvolver algo próprio.
Curiosamente, há 25 anos foi o contrário. Quando as fabricantes ocidentais entraram na China, foram obrigadas a compartilhar conhecimento. Agora, quem precisa aprender são os americanos. O mundo dá voltas, né?
Os EUA reagem – mas será suficiente?
Para tentar recuperar o tempo perdido, a Ford anunciou uma fábrica de baterias LFP (lítio-ferro-fosfato) em Michigan, que começa a operar em 2026. Só tem um detalhe: a tecnologia usada será chinesa, licenciada da gigante CATL.
O governo Biden está investindo para fortalecer a produção local de baterias, mas será que vai dar tempo? Os chineses já estão anos-luz na frente, e recuperar essa diferença não vai ser fácil.