CEO da BMW afirma que a transição apressada para veículos elétricos pode ser um erro catastrófico para a classe média.
Em um mundo que corre desenfreadamente rumo à eletrificação, Oliver Z, CEO da BMW, dá um freio de arrumação que deixou o mercado automobilístico de queixo caído.
Segundo ele, apostar todas as fichas na eletrificação pode acabar sendo um tiro no pé, principalmente para a classe média. Oliver Z crava que o cerne da questão está no possível impacto social da eletrificação acelerada.
Segundo ele, os maiores beneficiados seriam os políticos e empresários, enquanto a classe média sofreria com os altos custos. “Veículos elétricos não são o futuro e eletrificação a 100% deve ser interrompida a todo custo”, disse o CEO em uma declaração polêmica.
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O executivo também alerta para um risco geopolítico associado à dependência de insumos vindos principalmente da China
“Em caso de qualquer crise geopolítica, poderíamos enfrentar gargalos na cadeia de suprimentos, o que elevaria os preços de forma incontrolável”, pontua Oliver Z.
Enquanto a onda de veículos elétricos ganha força, BMW já deu passos significativos em direção a outras alternativas sustentáveis, como o uso de hidrogênio. A empresa se mantém fiel à produção de veículos a combustão mais eficientes, ressaltando a importância da diversificação no setor.
Um estudo recente mostrou que os preços dos veículos elétricos têm aumentado de forma surpreendente. Atualmente, os modelos mais acessíveis, como o Nissan Leaf e o Chev Bolt EV, já viram seus preços disparar 45% e 29,3%, respectivamente.
A palavra final do CEO da BMW sobre veículos elétricos
Oliver Z conclui afirmando que o consumidor deve ter o direito de escolher. “A decisão final de qual carro comprar deve estar nas mãos do consumidor, como sempre foi“, ressalta. Portanto, ele pede cautela e planejamento em qualquer estratégia de eletrificação, para evitar que sejamos todos pegos de surpresa.
Com o debate acalorado sobre a transição para veículos elétricos, fica a reflexão: estaremos nós em um caminho sem volta ou ainda há espaço para uma abordagem mais equilibrada?
Só o tempo dirá, mas uma coisa é certa: a indústria automobilística está em uma encruzilhada transformadora e qualquer passo em falso pode ser custoso.