Parede diafragma com 40 metros de profundidade, concreto fck 90 MPa e contenção perimetral preparam o terreno para erguer o prédio residencial mais alto do mundo com controle técnico e logística de obra de grande porte
O canteiro do Senna Tower, em Balneário Camboriú, executa a etapa de fundação que permitirá a ascensão do prédio residencial mais alto do mundo. A frente principal é a parede diafragma, escavada por equipamento de mais de 100 toneladas, com uso de polímero para estabilização do solo, armaduras dimensionadas para grandes esforços e concretagem controlada.
A obra organiza o perímetro em painéis contíguos para viabilizar a escavação geral sem deformar os terrenos vizinhos. O pacote inclui profundidades da ordem de 38 a 40 metros, seções de 1 metro de largura e cerca de 2 metros de comprimento por painel, armaduras de grande porte e concreto fck 90 MPa, adotado tanto pela necessidade de contenção quanto por pontos de sustentação de pilares que nascerão sobre a parede.
Parede diafragma: método construtivo e estabilização
A parede diafragma é a contenção estrutural que viabiliza o subsolo do empreendimento. A escavação é realizada em módulos, com retirada do material e injeção de polímero na mesma janela de tempo para manter as paredes do fuste estáveis.
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O polímero funciona como um “gel” técnico, aumentando a estabilidade do solo durante a escavação e até a concretagem.
Depois de aberto o painel, posiciona-se a armadura com cerca de 1 metro de espessura e procede-se à concretagem sob fluido, preenchendo o volume escavado.
O processo repete-se milhares de vezes ao longo do perímetro, formando uma barreira contínua que permitirá a escavação interna do terreno sem comprometer edificações adjacentes.
Profundidade, seções e concreto fck 90 MPa
Os painéis da parede diafragma atingem aproximadamente 38 a 40 metros de profundidade, com 1 metro de largura e cerca de 2 metros de comprimento por painel, parâmetros compatíveis com contenções de grande porte.
O concreto especificado é fck 90 MPa, adotado para elevar a capacidade resistente e a durabilidade da estrutura enterrada.
No Senna Tower, a parede diafragma atua como contenção e, em pontos específicos, como elemento de apoio para pilares, razão pela qual a especificação de material e armaduras é mais exigente.
A qualidade do traço, o controle de abatimento e a continuidade da concretagem são determinantes para evitar juntas frias e garantir o desempenho global.
Armaduras e logística de montagem
As armaduras de grande altura são montadas e içadas para dentro do painel escavado com auxílio de guindaste. A geometria segue o gabarito das muretas-guia, que definem alinhamento, largura de 1 metro e comprimento aproximado de 2 metros por painel. Essa padronização agiliza a execução e melhora o controle dimensional.
Ao longo do perímetro, a sequência de painéis contíguos cria uma cortina rígida. O posicionamento cuidadoso das gaiolas, a limpeza do fundo antes da concretagem e a conferência das cotas são etapas rotineiras para assegurar verticalidade e integridade das juntas.
Tarefa da contenção e próxima etapa com estacas
A contenção perimetral permite escavar o maciço interno com segurança e montar o subsolo do empreendimento.
Concluída a parede diafragma, o canteiro avança para a cravação perfurada de estacas do tipo hélice contínua monitorada (Auger Cast), responsáveis por transferir as cargas da torre ao terreno.
A função é complementar: a parede diafragma estabiliza o perímetro e recebe, em pontos, esforços de pilares, enquanto as estacas estruturais consolidam o bloco de fundação que suportará o peso da superestrutura.
Essa combinação é comum em edificações muito altas, nas quais controle de deformações e redundância estrutural são indispensáveis.
Controle do solo e impacto na vizinhança
O uso de polímero na escavação mitiga o risco de colapsos locais e reduz a perda de material fino, efeito importante para quem trabalha em área urbana consolidada.
O perímetro contido permite escavar o interior sem afetar as fundações dos vizinhos, mantendo recalques dentro de limites compatíveis com a vizinhança.
A logística do canteiro inclui remoção contínua do solo retirado, reuso do polímero conforme procedimentos de obra e monitoramento de prumo e alinhamento a cada painel.
Em obras desse porte, a repetição do método com parâmetros constantes é o que garante produtividade e confiabilidade.
Dimensões do terreno e leitura em campo
O terreno do Senna Tower apresenta grande área para implantação, permitindo o avanço simultâneo de frentes de escavação, armação e concretagem.
As muretas-guia evidenciam o gabarito da parede, ajudando a visualizar a malha que, depois de concluída, ficará enterrada e aparente somente após a escavação interna.
A equipe exibe, ao longo do perímetro, armaduras já montadas e painéis em diferentes fases, o que facilita entender a cadência: escavar, estabilizar com polímero, inserir armadura, concretar e avançar para o próximo painel. É essa cadência que sustenta o cronograma da fundação.
Por que isso é decisivo para o prédio residencial mais alto do mundo
Para erguer o prédio residencial mais alto do mundo, a fundação precisa combinar capacidade resistente, contenção eficaz e controle rigoroso de deslocamentos.
A parede diafragma profunda com concreto fck 90 MPa entrega o comportamento esperado para receber cargas elevadas e servir de barreira rígida ao solo.
A sequência com estacas hélice contínua monitorada completa o sistema, distribuindo esforços e preparando a plataforma de lançamento da superestrutura. Sem esse conjunto de engenharia de fundações, a torre não teria base para atingir a altura proposta.
O avanço da parede diafragma, com profundidades próximas de 40 metros, seções de 1 metro por 2 metros, armaduras robustas e concreto fck 90 MPa, cria as condições técnicas para que o Senna Tower saia do papel e suba com segurança.
A combinação de método, controle e logística de canteiro é o alicerce real do prédio residencial mais alto do mundo.
Na sua avaliação, qual etapa da fundação mais impacta o desempenho e o prazo de um arranha-céu desse porte: a parede diafragma profunda ou as estacas estruturais que virão na sequência?



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