O Ceará é o estado responsável por cerca de 20% dos projetos de usinas eólicas offshore do Brasil, com potencial de 26 GW de energia previstos
O Ceará já possui aproximadamente 20% de todos os projetos de usinas eólicas offshore, ou seja, usinas eólicas em alto-mar, para a produção de energia limpa no Brasil, de acordo com o site Diário do Nordeste.
Caso os projetos dessas usinas eólicas sejam concretizados futuramente, os megaempreendimentos somariam uma potência total de 26 GW (Gigawatts), de acordo com o que mostram os dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), órgão ao qual os licenciamentos ambientais estão submetidos, e também poderiam gerar mais de 25 mil empregos diretos e indiretos.
Ceará possui, no total, 11 projetos de usinas eólicas offshore
No total, são 11 projetos no Ceará em diferentes localidades, como Camocim, Caucaia, Morro Branco, entre outros. Em questão de potência de energia gerada, o maior é o das usinas eólicas de Alpha, com previsão de geração de 6 GW. Abaixo, confira a lista com os projetos de usinas eólicas offshore no Ceará;
- Alemães apostam no Brasil, investindo R$ 50 milhões para transformar o país em um dos líderes na produção de do combustível sustentável de aviação (SAF)
- SolaX Power: Pioneira em Tecnologia de Energia Limpa e Sustentável
- Maior turbina eólica do mundo é chinesa: turbina eólica da China bate recorde de 15 MW e gera energia para 160.000 residências
- Incrível usina solar no meio do mar: China inaugura megaprojeto de 1,2 mil hectares com quase 3 mil painéis, revolucionando o setor energético
Lista de usinas eólicas offshore no Ceará:
- Caucaia (BI Energia): 576 MW
- Jangada (Neoenergia): 3 GW
- Camocim (Camocim Eirelli): 1,2 GW
- Dragão do Mar (Qair): 1,2 GW
- Alpha (Alpha Wind Morro Branco): 6 GW
- Costa Nordeste (Geradora Eólica Brigadeiro): 3,8 GW
- Asa Branca I (Eólica Brasil): 1 GW
- Sopros do Ceará (Totalenergies): 3 GW
- Projeto de usinas eólicas de Pecém (Shell Brasil): 3 GW
- Projeto de usinas eólicas de Colibri (Equinor): 2 GW
- Projeto de usinas eólicas de Ibitucatu (Equinor): 2 GW
“Esperamos que, no médio/longo prazo, grande parte desses projetos de usinas eólicas offshore se realizem”, declarou Joaquim Rolim, coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias (Fiec).
“O potencial de geração de empregos nessas usinas eólicas bilionárias é imenso”, diz ele.
“Normalmente, a quantidade de empregos gerados nas usinas eólicas offshore é de 10 a 15 mil empregos por GW. Se considerarmos apenas 10% das usinas eólicas, teríamos mais de 25.000 empregos criados”.
A grande maioria das vagas de empregos geradas com a instalação das usinas eólicas é para a construção dos parques em alto-mar, porém Rolim prevê a geração de empregos na área de administração e direito, para a elaboração de contratos e gestão de negócios. Também vai haver empregos na área da engenharia, para o desenvolvimento dos projetos, nas escolas e universidades, para capacitar os profissionais que irão atuar na área offshore, e na operação e manutenção de equipamentos, dentre outros.
Mercado de geração de energia necessita de investimentos bilionários
Neste setor de geração de energia, tudo é superlativo. Para se ter uma noção, cada GW instalado retrata um capital de cerca de US$ 2 bilhões em investimentos.
Para começar a desenvolver os projetos de usinas eólicas offshore, pontua Rolim, essa nova fronteira da economia do Ceará, bem como a brasileira, necessita ainda do detalhamento dos regulamentos necessários.
Outro fator importante é a realização do leilão federal para aquisição dessa nova fonte de energia limpa e renovável, o que impulsionaria o seu desenvolvimento e geraria “condições para o aproveitamento do extenso manancial existente no Ceará e no Brasil”.
A geração offshore será fundamental para o sucesso do hidrogênio verde, outra tendência em que o Estado se posiciona na vanguarda nacional.
Fiec Summit de 2022
O desenvolvimento da energia eólica offshore vai ser um dos temas abordados no decorrer do Fiec Summit 2022. O painel “Desafios da Eólica Offshore no Brasil” vai acontecer no dia 4 de agosto, às 16h30, e vai contar com a participação do presidente do conselho da Servtec, Lauro Fiúza Júnior, do secretário executivo de energia e telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares, e de Carlos Alberto Mendes, superintendente da Semace, com moderação do presidente do Sindienergia, Luiz Carlos Queiroz.
O Fiec Summit vai acontecer nos dias 3 e 4 de agosto, na Casa da Indústria, de forma híbrida. Aos que tiverem interesse em participar do evento, basta se inscrever no site do evento.