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CBMM mira crescente demanda por eletrificação e vai construir nova fábrica para fornecer 3 mil toneladas de óxido de nióbio, o equivalente a 1GWh de produção de células de bateria!

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 20/12/2022 às 15:35
grafeno - nióbio - grafite - tecnologia - bateria
Fábrica de nióbio e grafeno da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração / Imagem Google

CBMM investirá cerca de R$ 500 milhões para ampliar sua linha de produção e atingir 3 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias em 2024

CBMM, a maior produtora de nióbio do planeta, mira crescente demanda por eletrificação e vai construir uma nova fábrica de óxidos de nióbio na sua unidade em Araxá, MG. Com previsão de ser inaugurada no início de 2024, a nova planta terá capacidade de fornecer 2 mil toneladas de nióbio por ano! Além disso, a companhia está desenvolvendo novas tecnologias com óxidos de grafeno na unidade.

A construção da nova fábrica veio por meio da parceria da CBMM com a Echion Technologies, conhecida por produzir tecnologia de nióbio além de possuir expertise no segmento de baterias.

O óxido de nióbio será aplicado na tecnologia da Echion chamada XNO, que utiliza o material no ânodo das células das baterias, o que, segundo a CBMM, permite o carregamento ultrarrápido, confere maior vida útil e, ainda, traz mais segurança.

Nova fábrica de nióbio vai fornecer material equivalente a 1GWh de produção de células de bateria!

A produção da nova unidade vai fornecer material equivalente a 1GWh de produção de células de bateria.

A CBMM informou que serão investidos cerca de R$ 500 milhões para ampliar sua linha de produção de óxidos de nióbio, o que inclui a nova fábrica.

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A companhia, que pretende ter 25% de sua receita proveniente de produtos não siderúrgicos até 2030, produzirá, ao todo, 3 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias em 2024.

Brasil conta com 1/3 das reservas de grafite (ou grafita) e aproximadamente 97% do Nióbio, que casado com o grafeno irá revolucionar o destino da humanidade

A CBMM vem de um investimento de R$ 3 bilhões nos últimos oito anos e segue expandindo. Hoje, são produzidas e vendidas cerca de 85 mil toneladas por ano de nióbio e, segundo Rodrigo Amado, gerente executivo de estratégia e novos negócios da empresa, o investimento levará a empresa a mais que dobrar sua capacidade produtiva. A meta é chegar até 185 mil toneladas por ano até 2030.

Na frente de mobilidade há investimentos em tecnologias para baterias elétricas e em outros materiais avançados para o segmento automotivo, por exemplo. Além disso, a companhia está desenvolvendo novas tecnologias com óxidos de nióbio e grafeno, elementos que apresentam grande sinergia em aplicações para este segmento.

“Mas as aplicações não param por aí. O nióbio também é um metal relevante para a transição energética global, contribuindo para a construção de cidades mais inteligentes, sendo um elemento fundamental para fontes alternativas de energia“, completa.

Brasil ganha a primeira e maior fábrica de produção de grafeno da América do Sul, capaz de produzir até 5000 Kg por ano, que junto com o nióbio vai revolucionar o destino da humanidade

A inauguração da primeira e maior fábrica de produção de grafeno, em escala industrial da América do Sul, contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. A unidade terá capacidade de produzir até cinco mil quilos de alta qualidade por ano.

O Grafeno é um material reconhecido mundialmente por suas incríveis propriedades físicas, como alta resistência mecânica, leveza, maleabilidade e alta condutividade térmica e elétrica. O Brasil é o terceiro maior fornecedor mundial do mineral grafita, e possui a segunda maior reserva mundial desse material, que é a principal matéria prima para o Grafeno. Estima-se que esse mercado movimentará, em 5 anos, mais de 3 bilhões de dólares.

Entre os produtos que utilizam essa matéria-prima estão: coletes à prova de bala, tintas anticorrosivas, autolimpantes e antibacterianas, tecidos, capacetes para motoqueiros, vergalhões para a construção civil, baterias, entre outros.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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