Casas modulares em formato de cúpula, feitas com materiais reciclados, automação e montagem rápida, começam a chamar atenção no Brasil e atraem interesse crescente, especialmente em Belém (PA), impulsionadas pela realização da COP 30.
Moradias em formato de cúpula feitas com materiais reaproveitados, preço inicial a partir de R$ 60 mil, montagem rápida e automação por comando de voz começam a ganhar espaço no país.
Em Belém (PA), a procura aumentou com a visibilidade da COP 30, impulsionando o negócio criado pela arquiteta Tuane Costa e pelo administrador Thales Barca, que se especializaram em construções modulares conhecidas como domos geodésicos.
O que são domos geodésicos
O domo geodésico é uma construção em formato de cúpula formada por diversos triângulos que se encaixam com precisão.
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Esse arranjo cria uma estrutura leve e resistente, capaz de distribuir esforços de maneira uniforme.
À primeira vista, lembra um iglu; no entanto, a proposta combina design sustentável com soluções de eficiência energética e conforto.
Ao priorizar o uso de componentes industrializados e modulares, os domos reduzem perdas na obra e têm canteiro mais limpo.
Além disso, a geometria da cúpula favorece ventilação e iluminação naturais, fatores que, somados ao isolamento, contribuem para reduzir o consumo de energia ao longo do uso.
Preço e montagem rápida
Os modelos fabricados pela empresa de Tuane Costa e Thales Barca partem de R$ 60 mil e chegam ao cliente com parte elétrica e hidráulica pré-instalada.
Essa etapa adiantada de fábrica encurta o tempo no terreno Bioceânica e padroniza a qualidade dos sistemas, o que facilita manutenção posterior.
A montagem ocorre em etapas, com componentes numerados para agilizar o encaixe das peças.
Conforme o projeto, há versões com isolamento acústico, recursos de automação por comando de voz e fechadura digital.
Esses itens tornam o interior mais funcional, mantendo a proposta de conforto em ambientes integrados e com vista para o céu, característica frequentemente explorada na abertura zenital dos domos.
Sustentabilidade nos materiais
A matéria-prima é escolhida para unir desempenho e sustentabilidade.
Os domos podem combinar madeira de manejo florestal, plásticos reciclados e outros insumos reaproveitados.
No acabamento, aparecem soluções como plástico reciclado com textura lunar e placas que valorizam insumos locais, a exemplo de resíduos de açaí prensados.
Além dos painéis estruturais, elementos de design regional reforçam a identidade amazônica.
Ladrilhos com temas da cultura paraense e marcenaria com madeira de manejo conferem personalidade aos interiores.
O conjunto busca assegurar isolamento térmico e acústico, aliado à durabilidade dos materiais selecionados para clima úmido e quente.
COP 30 impulsiona a demanda
Com a confirmação de Belém como sede da COP 30 em novembro, a demanda por estruturas sustentáveis cresceu na capital paraense.
O movimento abriu novas oportunidades para a empresa dos dois empreendedores, que veem nos domos uma alternativa versátil para moradia, hospedagem e espaços de experiência.
Segundo os sócios, o desenvolvimento do produto é resultado de um processo contínuo.
Em tom motivacional, afirmam que, com determinação, “o céu acaba sendo o limite”, ressaltando que os resultados atuais não surgiram de forma repentina, mas de um trabalho iniciado há anos e gradualmente amadurecido.
A estratégia agora é consolidar a produção e escalar a oferta para outras regiões do Brasil, aproveitando a vitrine criada pelo calendário climático internacional.
Aplicações em moradia e turismo
Embora a moradia seja um uso possível, o formato tem atraído projetos de hospedagem e experiências imersivas ao ar livre.
A arquitetura circular, a possibilidade de integrar o interior ao entorno e a flexibilidade de implantação em terrenos variados ajudam a explicar o interesse de empreendedores do turismo.
Ao mesmo tempo, a natureza modular facilita ampliações futuras e adaptações de layout sem grandes intervenções.
Enquanto isso, a padronização de kits e a fabricação seriada tendem a reduzir prazos e custos indiretos de obra.
Em áreas remotas, a logística também se beneficia de componentes mais leves em comparação a sistemas convencionais, já que boa parte do trabalho ocorre em ambiente fabril.
Como são os domos
Os modelos priorizam ambientes aconchegantes, com circulação centralizada e áreas de estar que exploram a curvatura da cúpula.
Iluminação zenital e aberturas estrategicamente posicionadas ampliam a sensação de amplitude.
Em consonância com a proposta sustentável, os projetos podem receber captação de água de chuva e soluções passivas de conforto térmico, quando especificadas.
Para interessados em visitar ou solicitar orçamento, a operação funciona em Belém.
A Amazônia Domos está localizada na Av. Municipalidade, 985, bairro Umarizal, Belém (PA), CEP 66050-350. O contato pode ser feito pelo telefone (91) 98149-2136 ou pelo e-mail contato@amazoniadomos.com.br.
A empresa informa ainda o site amazoniadomos.com.br e o perfil no Instagram @amazoniadomoseciaof.
Perspectivas de expansão
Os fundadores planejam levar o produto a outras praças, mantendo o foco em modularidade, rapidez de montagem e personalização de acabamentos.
A intenção é atender desde clientes residenciais até empreendimentos de hospedagem e lazer, com catálogos que combinem isolamento, automação e soluções de eficiência na operação diária.
Por outro lado, a expansão depende de etapas como ampliação da capacidade produtiva, certificações e parcerias logísticas.
Ainda assim, a maior visibilidade nacional gerada pela COP 30 fortalece a percepção de mercado sobre alternativas construtivas de baixo impacto ambiental, cenário no qual os domos pretendem se posicionar.
Em um contexto de busca por obras mais limpas, componentes industrializados e uso de materiais reciclados, a pergunta que se impõe é direta: você moraria, investiria ou hospedaria seus clientes em um domo geodésico sustentável?