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Relíquias da URSS: casa trancada é achada intacta em floresta de Chernobyl com comida, roupas e até vinho

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 29/07/2025 às 10:40
Chernobyl
Foto: Reprodução
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Uma vila esquecida na floresta de Chernobyl surpreendeu exploradores ao revelar casas intactas, objetos soviéticos e sinais de presença humana recente. Em meio à radiação e ao silêncio, eles encontraram um mercado preservado, comida antiga e até uma garrafa de vinho com tampa de luva de borracha

Durante uma expedição recente na zona de exclusão de Chernobyl, exploradores encontraram uma casa bem preservada nos arredores da cidade.

A localização exata não foi revelada. Ao se aproximarem, notaram o interior congelante e objetos rasgados.

Segundo relatos locais, pessoas escondiam objetos de valor em móveis antigos, o que explicaria os danos.

Dentro da casa, havia um item curioso: um K-60, antigo dispositivo soviético.

No entanto, o aparelho parecia quebrado. Sem energia, os visitantes usaram lanternas e observaram papéis de parede populares nos anos 1990.

Um ícone religioso permanecia intocado, enquanto rachaduras tomavam conta das paredes.

A estrutura era frágil, mas ainda abrigava móveis, utensílios e até uma cama metálica comumente associada a “stalkers” da região.

Descoberta de uma loja soviética

Perto dali, eles se depararam com um pequeno mercado, chamado de “Coop”, nome comum a estabelecimentos cooperativos da era soviética.

A loja ainda possuía prateleiras, etiquetas de preço e um segundo portão de ferro, indicando um sistema de segurança.

Os valores dos produtos revelavam a antiguidade: margarina por 75 copeques, bolachas por 45. Um livro de contabilidade sugeria que a loja foi fechada antes da evacuação da área.

Nas paredes, bandeiras antigas e símbolos desconhecidos levantaram especulações sobre o passado do local. Uma armadilha de rato quebrada e um cofre vazio reforçavam o clima de abandono.

O depósito ainda continha prateleiras, janelas gradeadas e um sótão que os visitantes preferiram não explorar por segurança.

Uma casa preservada e ainda habitada?

A casa mais surpreendente surgiu em outro ponto da vila. Trancada por dentro, ela parecia intocada.

Quando finalmente conseguiram entrar, encontraram cadeados nas portas e uma grande quantidade de pertences pessoais, como roupas, camas arrumadas, cortinas e até um lustre de cristal bem conservado.

Um calendário indicava o ano de 2013, sugerindo que alguém viveu ali recentemente. Segundo os exploradores, talvez familiares de antigos moradores tenham usado o espaço.

A presença de roupas, objetos pessoais e até comida indicava uma ocupação relativamente recente.

Comida, vinho e mistérios na adega

A casa escondia ainda uma adega tradicional. Em tempos antigos, os moradores usavam esses espaços para conservar alimentos antes do uso de geladeiras.

Os exploradores encontraram vidros de geleia, cogumelos e pepinos em conserva. Também havia uma garrafa de vinho com tampa improvisada feita de luva de borracha.

Apesar do mofo, o cheiro ainda lembrava vinho.

Eles decidiram não provar. Um líquido estranho em um galão levantou suspeitas. “Talvez uma tintura de urânio”, disse um deles, em tom de brincadeira.

Próximo dali, uma camisa dentro de uma garrafa levantou dúvidas sobre seu conteúdo.

Instalação de câmeras e animais selvagens

Os visitantes decidiram instalar câmeras escondidas para investigar quem ainda visita a casa. Alguns acreditam que animais, como ursos vindos da Bielorrússia, frequentam a região. Outros sugerem a presença de pessoas.

Durante a instalação das câmeras, eles observaram uma trilha de animais perto de uma poça de água. Um dos pontos estratégicos foi o quintal de uma casa onde ainda se ouvia música.

Sem moradores por perto, a sensação era de liberdade total.

Medindo a radiação no local

Com um contador geiger em mãos, o grupo decidiu medir a radiação perto de uma fogueira.

Para surpresa deles, o nível ficou entre 14 e 18 microsieverts, menor do que em Kiev, segundo relataram. Isso indicava que a área, apesar de estar na zona de exclusão, apresentava níveis considerados normais naquele momento.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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