Regulamentações prometem mudar dinâmica da categoria
As mudanças previstas pela FIA para a temporada de 2026 da Fórmula 1 já movimentam pilotos, dirigentes e equipes.
De acordo com Toto Wolff, chefe da Mercedes, simulações internas indicaram que, em condições específicas, os novos carros poderiam ultrapassar a barreira dos 400 km/h.
Esse número é inédito na categoria. Entretanto, especialistas e pilotos ressaltam que tais números representam cenários teóricos, e não uma expectativa rotineira.
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Alterações no regulamento impulsionam novas velocidades
O regulamento de 2026 trará motores V6 turbo híbridos com divisão quase igual entre energia de combustão e elétrica.
O sistema MGU-K, com baterias mais potentes, será peça-chave nesse equilíbrio. Além disso, haverá aerodinâmica ativa nas asas dianteiras e traseiras, com menor arrasto e downforce, favorecendo velocidades mais altas em circuitos de longa reta.
Segundo Wolff, em entrevista ao Auto Motor und Sport em julho de 2024, testes mostraram que a potência total poderia levar os carros a números inéditos.
O recorde atual pertence a Valtteri Bottas, que atingiu 378 km/h em 2016. A nova geração pode superar essa marca histórica em algumas condições.
Pilotos demonstram cautela diante das projeções
Apesar das simulações, pilotos adotaram cautela em suas declarações.
Pierre Gasly, da Alpine, destacou que acredita em resultados apenas após vivenciar o carro em pista.
Max Verstappen, atual tetracampeão, ironizou que talvez apenas os motores da Mercedes alcancem tais velocidades.
Ele lembrou que a FIA dificilmente permitirá marcas tão extremas.
Já Esteban Ocon ressaltou que números entre 380 e 400 km/h impressionam, mas prefere avaliar após os primeiros testes oficiais.
Da mesma forma, Charles Leclerc, da Ferrari, que inicialmente criticou os protótipos, suavizou sua análise ao longo de 2024.
Ele afirmou que o desenvolvimento dos simuladores é constante e pode trazer resultados mais equilibrados até 2026.
FIA acompanha de perto os avanços técnicos
O diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, declarou em entrevista ao Motorsport.com em agosto de 2024 que ainda é cedo para previsões.
Ele ressaltou que a entidade recebe constantemente feedback das equipes.
O objetivo é ajustar a distribuição de energia e evitar comportamentos artificiais nas retas.
Segundo Tombazis, a meta é que os novos carros não tenham tempos de volta muito diferentes dos atuais, mesmo com maior velocidade em linha reta.
As simulações da FIA indicam diferença de apenas 1 a 2,5 segundos por volta em relação ao modelo atual.
Com a evolução das temporadas, os ganhos serão ainda mais evidentes.
Expectativas para o futuro da categoria
As discussões sobre velocidades extremas despertam fascínio no público.
Elas também geram preocupações sobre segurança e equilíbrio competitivo.
Embora a barreira dos 400 km/h seja tecnicamente possível, tudo indica que a prioridade da FIA será manter a performance controlada.
O foco é privilegiar disputas próximas e consistentes.
Assim, 2026 poderá marcar uma das maiores transformações já vistas na Fórmula 1.
No entanto, a categoria não abrirá mão da tradição de equilíbrio que sustenta seu prestígio mundial.
Com tantos ajustes e revisões previstos até o início da temporada, uma grande questão permanece.