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Cargill inicia demissão em massa de MAIS de 8 MIL funcionários e sabe quem é o culpado por isso

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 24/12/2024 às 15:21
Cargill anuncia demissão de 8.000 funcionários globalmente em reestruturação para enfrentar desafios no mercado de commodities agrícolas.
Cargill anuncia demissão de 8.000 funcionários globalmente em reestruturação para enfrentar desafios no mercado de commodities agrícolas.

Gigante do agronegócio Cargill surpreendeu o mercado ao anunciar a demissão de 8.000 funcionários, representando 5% de sua força de trabalho global. Veja o motivo!

A gigante do agronegócio Cargill, uma das maiores negociadoras globais de grãos e processadora de carne bovina nos Estados Unidos, anunciou uma decisão que está gerando ondas de choque no setor.

Em meio a margens apertadas e volatilidade nos preços das commodities, a empresa implementou um plano que resultou na demissão de mais de 8.000 funcionários globalmente.

A decisão representa uma redução significativa de 5% no quadro de mais de 160.000 trabalhadores e reflete os desafios impostos por condições adversas em seus mercados principais.

Com uma receita anual de US$ 160 bilhões em 2024, inferior ao recorde de US$ 177 bilhões alcançado no ano anterior, a empresa se vê obrigada a reestruturar para assegurar a sustentabilidade de suas operações.

Desafios e razões por trás das demissões

Os motivos para esta ampla reestruturação são complexos e multifacetados.

Segundo especialistas do setor, a Cargill enfrenta desafios sem precedentes, que incluem fatores climáticos, quedas no preço das commodities e demandas incertas no mercado global:

Custos elevados no setor pecuário: A seca nos Estados Unidos reduziu drasticamente as áreas de pastagem, forçando os pecuaristas a diminuírem seus rebanhos ao menor número em décadas.

Isso aumentou consideravelmente os custos de aquisição de gado para processamento.

Queda nos preços de commodities: Produtos como soja e milho atingiram os níveis mais baixos em quatro anos, reduzindo as margens de lucro.

Este é um problema não apenas para a Cargill, mas também para outras gigantes do setor como Archer-Daniels-Midland (ADM) e Bunge, que também enfrentam dificuldades semelhantes.

Demanda incerta por biocombustíveis: A unidade de processamento de oleaginosas da Cargill sofre com a instabilidade do mercado de biocombustíveis, agravada por regulações em transição e falta de clareza sobre o futuro do setor.

Estratégias de reestruturação: o que muda na Cargill?

O presidente da empresa, Brian Sikes, anunciou que as demissões fazem parte de um plano mais amplo para simplificar a estrutura organizacional da Cargill.

Em um memorando enviado aos colaboradores, Sikes explicou os objetivos:

“Estamos focados em simplificar nossa estrutura organizacional, removendo camadas hierárquicas, ampliando o escopo e as responsabilidades dos nossos gerentes e reduzindo a duplicidade de funções.”

Nos Estados Unidos, 475 funcionários do centro de escritórios em Wayzata, Minnesota, já foram notificados.

As demissões neste local terão início em 5 de fevereiro de 2025. Outros setores afetados incluem:

  • Controle de estoque;
  • Marketing;
  • Análise de cadeia de suprimentos;
  • Tecnologia digital.

A empresa assegurou que os funcionários impactados receberão pacotes de indenização e suporte durante a transição.

Segundo analistas, esse movimento também pode abrir espaço para novas contratações em áreas estratégicas, alinhadas ao plano de crescimento da empresa até 2030.

Concorrência também enfrenta dificuldades

A decisão da Cargill ocorre em um momento delicado para o setor. Empresas rivais também estão lidando com pressões significativas:

  • Tyson Foods: Recentemente, anunciou o fechamento de uma fábrica no Kansas, afetando centenas de funcionários.
  • Archer-Daniels-Midland (ADM): Enfrenta lucros mais baixos e está implementando cortes de custos em escala global.
  • Bunge: Em meio à tentativa de aquisição da Viterra, a empresa enfrenta desafios regulatórios que podem atrasar seus planos de expansão.

Perspectivas para o futuro da empresa

A Cargill acredita que as mudanças implementadas agora são essenciais para garantir sua sobrevivência e crescimento a longo prazo.

Durante uma reunião global realizada em 9 de dezembro, a empresa detalhou os próximos passos de sua reestruturação. Essa estratégia está alinhada ao plano de transformação até 2030, que busca:

  • Reforçar a posição da empresa no mercado global;
  • Melhorar a eficiência operacional;
  • Reduzir custos fixos sem comprometer a qualidade dos serviços oferecidos.

No entanto, os impactos sociais e econômicos já começaram a ser sentidos.

Relatos indicam demissões em diversos países, incluindo Estados Unidos e Costa Rica, com preocupações crescentes sobre o impacto dessas mudanças na cadeia de suprimentos global.

Impactos no Brasil: o que esperar?

No Brasil, um dos maiores mercados da Cargill, a empresa ainda não confirmou cortes específicos, mas especialistas sugerem que mudanças podem ocorrer em função da reestruturação global.

O país é um dos principais exportadores de soja e carne bovina, dois segmentos que enfrentam pressões significativas devido à queda nos preços internacionais.

Segundo analistas, o impacto no mercado brasileiro pode incluir aumento nos custos de produção e possíveis reajustes nos preços ao consumidor final.

Entretanto, a Cargill reafirma seu compromisso com o mercado local e sua intenção de manter operações robustas no país.

Momento desafiador na Cargill

A reestruturação da Cargill marca um dos momentos mais desafiadores da história recente da empresa.

A decisão de demitir 8.000 funcionários reflete as dificuldades enfrentadas pelo setor como um todo, mas também aponta para uma tentativa de se adaptar a um mercado em constante transformação.

E você, acredita que essa reestruturação global da Cargill pode impactar os preços dos alimentos no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!

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João Luiz olivio
João Luiz olivio
24/12/2024 18:11

Com certeza atingirá os funcionários brasileiros!!! Cm esse governo q temos,impossível n sermos afetados. Nosso governo só dificulta a relação d pais cm um todo.

DeSolla
DeSolla
Em resposta a  João Luiz olivio
24/12/2024 19:03

Bom mesmo era o desgoverno da extrema direita., com desemprego galopante , crescimento econômico estagnado, sem falar da destruição dos direitos trabalhistas, aumento da pobreza e destruição de áreas ambientais. E no fim das contas, em relação à cargill, o mercado brasileiro ainda é o alicerce que sustenta o agro mundial. Isso que está ruim não é mesmo? Imagina se estivesse bom,, ,,,

Ari Bonetes
Ari Bonetes
24/12/2024 19:05

Com certeza

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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