Com disparos de até 4.500 tiros por minuto, o sistema Phalanx segue como última barreira autônoma contra mísseis, drones e aeronaves.
A empresa de defesa Raytheon recebeu um contrato de modificação no valor de US$ 205 milhões para continuar atualizando e mantendo o Sistema de Armas de Proximidade MK 15 Phalanx da Marinha dos EUA, informou o Pentágono.
O acordo inclui conversões, revisões e fornecimento de equipamentos, com prazo de conclusão até janeiro de 2029. Isso mostra que a Marinha mantém confiança no sistema como última linha de defesa contra mísseis antinavio, aeronaves e novas ameaças litorâneas que escapem de defesas externas.
A última barreira da frota
O MK 15 Phalanx, conhecido como “CIWS” ou “sea-whiz”, é uma plataforma de armas de curto alcance, autônoma e de tiro rápido, voltada para proteção de navios.
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Instalado pela primeira vez no USS Coral Sea em 1980, o sistema passou por décadas de modernização. Ele é único porque pode buscar, detectar, rastrear, engajar e avaliar abates de forma independente, sem necessidade de intervenção externa.
Seu radar realiza a identificação e o ataque automático de ameaças em segundos, o que o torna o único sistema naval de defesa de curto alcance totalmente autônomo em operação.
Modernizações ao longo do tempo
Em 1988, a configuração Block 1 entrou em serviço no USS Wisconsin, ampliando as capacidades de rastreamento por radar e aumentando o poder de fogo.
A variante mais recente, Block 1B, recebeu sensor eletro-óptico estabilizado. Essa atualização permitiu enfrentar novos tipos de ameaças, como embarcações rápidas de superfície, helicópteros e drones.
O sistema pesa 13.600 libras (6.120 quilos) e utiliza a metralhadora M61A1 Vulcan Gatling. Essa arma dispara projéteis de 20 mm a uma taxa de 4.500 tiros por minuto contra mísseis e aeronaves ou 3.000 tiros por minuto contra alvos assimétricos.
O carregador suporta até 1.550 disparos em cada operação.
Capacidades técnicas
Na essência, o Phalanx é guiado por radar e voltado para defesa em curta distância. Ele procura automaticamente as ameaças, rastreia em tempo real e dispara contra os alvos, avaliando a destruição logo em seguida.
O uso de sensores eletro-ópticos no Block 1B melhorou a identificação de alvos e aumentou a eficácia em cenários litorâneos complexos. Dessa forma, pode enfrentar mísseis de cruzeiro de alta velocidade, pequenas aeronaves e drones de baixa altitude que escapariam dos radares tradicionais.
Além disso, o CIWS pode se integrar aos sistemas de combate do navio, oferecendo dados de sensores e controle de fogo que ampliam a consciência situacional da frota.
Quatro décadas em serviço
A produção do Phalanx começou em 1978, mantendo até hoje um ciclo de atualizações, revisões e novas instalações.
A Raytheon assumiu a liderança do programa após aquisições da General Dynamics Pomona Division e da Hughes Missile Systems, consolidando o papel de principal contratante.
Com o novo contrato, a Marinha sinaliza que pretende manter o Phalanx como peça central da defesa autônoma por pelo menos mais dez anos.
Relevância no cenário atual
Embora novas tecnologias de energia direcionada e defesa antimísseis estejam em desenvolvimento, o Phalanx continua sendo o único sistema naval de curto alcance plenamente implantado e capaz de neutralizar mísseis antinavio de alta velocidade.
Há mais de 40 anos, essa arma atua como a última barreira de proteção de porta-aviões, contratorpedeiros e outros navios, enfrentando ameaças que superam camadas externas de defesa.
Desafios da guerra moderna
A modernização permanente reflete a evolução da guerra naval, marcada pelo uso crescente de mísseis de manobra, enxames de drones e ameaças assimétricas.
Com disparos rápidos, funcionamento autônomo e histórico comprovado, o Phalanx CIWS continua sendo um recurso confiável para garantir a sobrevivência da frota norte-americana em ambientes de alto risco em todo o mundo.