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Canhões robóticos garantirão defesa dos navios de guerra dos EUA com disparos de até 4.500 tiros por minuto

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 08/09/2025 às 13:13
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Com disparos de até 4.500 tiros por minuto, o sistema Phalanx segue como última barreira autônoma contra mísseis, drones e aeronaves.

A empresa de defesa Raytheon recebeu um contrato de modificação no valor de US$ 205 milhões para continuar atualizando e mantendo o Sistema de Armas de Proximidade MK 15 Phalanx da Marinha dos EUA, informou o Pentágono.

O acordo inclui conversões, revisões e fornecimento de equipamentos, com prazo de conclusão até janeiro de 2029. Isso mostra que a Marinha mantém confiança no sistema como última linha de defesa contra mísseis antinavio, aeronaves e novas ameaças litorâneas que escapem de defesas externas.

A última barreira da frota

O MK 15 Phalanx, conhecido como “CIWS” ou “sea-whiz”, é uma plataforma de armas de curto alcance, autônoma e de tiro rápido, voltada para proteção de navios.

Instalado pela primeira vez no USS Coral Sea em 1980, o sistema passou por décadas de modernização. Ele é único porque pode buscar, detectar, rastrear, engajar e avaliar abates de forma independente, sem necessidade de intervenção externa.

Seu radar realiza a identificação e o ataque automático de ameaças em segundos, o que o torna o único sistema naval de defesa de curto alcance totalmente autônomo em operação.

Modernizações ao longo do tempo

Em 1988, a configuração Block 1 entrou em serviço no USS Wisconsin, ampliando as capacidades de rastreamento por radar e aumentando o poder de fogo.

A variante mais recente, Block 1B, recebeu sensor eletro-óptico estabilizado. Essa atualização permitiu enfrentar novos tipos de ameaças, como embarcações rápidas de superfície, helicópteros e drones.

O sistema pesa 13.600 libras (6.120 quilos) e utiliza a metralhadora M61A1 Vulcan Gatling. Essa arma dispara projéteis de 20 mm a uma taxa de 4.500 tiros por minuto contra mísseis e aeronaves ou 3.000 tiros por minuto contra alvos assimétricos.

O carregador suporta até 1.550 disparos em cada operação.

Capacidades técnicas

Na essência, o Phalanx é guiado por radar e voltado para defesa em curta distância. Ele procura automaticamente as ameaças, rastreia em tempo real e dispara contra os alvos, avaliando a destruição logo em seguida.

O uso de sensores eletro-ópticos no Block 1B melhorou a identificação de alvos e aumentou a eficácia em cenários litorâneos complexos. Dessa forma, pode enfrentar mísseis de cruzeiro de alta velocidade, pequenas aeronaves e drones de baixa altitude que escapariam dos radares tradicionais.

Além disso, o CIWS pode se integrar aos sistemas de combate do navio, oferecendo dados de sensores e controle de fogo que ampliam a consciência situacional da frota.

Quatro décadas em serviço

A produção do Phalanx começou em 1978, mantendo até hoje um ciclo de atualizações, revisões e novas instalações.

A Raytheon assumiu a liderança do programa após aquisições da General Dynamics Pomona Division e da Hughes Missile Systems, consolidando o papel de principal contratante.

Com o novo contrato, a Marinha sinaliza que pretende manter o Phalanx como peça central da defesa autônoma por pelo menos mais dez anos.

Relevância no cenário atual

Embora novas tecnologias de energia direcionada e defesa antimísseis estejam em desenvolvimento, o Phalanx continua sendo o único sistema naval de curto alcance plenamente implantado e capaz de neutralizar mísseis antinavio de alta velocidade.

Há mais de 40 anos, essa arma atua como a última barreira de proteção de porta-aviões, contratorpedeiros e outros navios, enfrentando ameaças que superam camadas externas de defesa.

Desafios da guerra moderna

A modernização permanente reflete a evolução da guerra naval, marcada pelo uso crescente de mísseis de manobra, enxames de drones e ameaças assimétricas.

Com disparos rápidos, funcionamento autônomo e histórico comprovado, o Phalanx CIWS continua sendo um recurso confiável para garantir a sobrevivência da frota norte-americana em ambientes de alto risco em todo o mundo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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