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CANAL DO SUEZ: o majestoso canal do Egito que divide o deserto e movimenta BILHÕES DE DÓLARES

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 13/06/2024 às 20:31
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Foto: Canva

A hidrovia é uma verdadeira maravilha da engenharia que conecta o Mediterrâneo ao Mar Vermelho, revolucionando o transporte marítimo

O Canal de Suez, uma impressionante hidrovia artificial de 193 km de extensão, corta o Egito ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Inaugurado em 1869, esse canal é crucial para o comércio global, permitindo a passagem de centenas de navios diariamente entre a Europa e a Ásia, sem a necessidade de contornar o continente africano, o que reduziria consideravelmente o tempo de viagem. Responsável por cerca de 14% do transporte mundial de mercadorias, o Canal de Suez é uma das obras de engenharia mais importantes já realizadas pela humanidade, de acordo com o vídeo do canal Construction Time.

A História do Canal de Suez

Localizada na Península do Sinai, no Egito, a hidrovia do Canal de Suez foi idealizada há mais de 3.800 anos, durante o reinado de faraós que buscavam facilitar a travessia de barcos. No entanto, o projeto moderno do canal só começou a tomar forma no final do século XVIII, durante a expedição de Napoleão Bonaparte ao Egito. Napoleão acreditava que a criação de um canal controlado pelos franceses no istmo de Suez causaria problemas comerciais para os britânicos, dominadores do comércio marítimo pela África do Sul.

Conheça melhor o Canal de Suez

Os estudos para o plano de Napoleão começaram em 1799, mas um erro na medição dos níveis do Mar Mediterrâneo e do Mar Vermelho interrompeu a construção. Somente em 1859, sob a liderança do diplomata e engenheiro francês Ferdinand de Lesseps, o projeto de construção do Canal de Suez foi oficialmente iniciado. A obra envolveu a remoção de 2.613 milhões de pés cúbicos de terra, sendo 600 milhões por escavação e 2.013 milhões por dragagem.

Canal do Suez: uma obra muito mais difícil do que se imaginava

A construção do Canal de Suez não foi uma tarefa fácil. Inicialmente, o trabalho foi realizado por trabalhadores forçados, até que a escravidão foi abolida em 1863. Isso obrigou a introdução de dragas a vapor e movidas a carvão para continuar a construção. As margens do canal foram construídas com argila extraída do fundo do Lago Manzala, formando blocos que foram deixados para secar ao sol, criando uma estrutura sólida e firme.

O canal, com 60 a 90 metros de largura na superfície e 21 metros de largura no fundo, foi projetado para não ter eclusas, devido ao terreno plano e à pequena diferença de nível do mar entre as extremidades. A ausência de eclusas permitiu uma navegação contínua, facilitando o trânsito marítimo.

Importância estratégica e econômica da hidrovia

Desde sua inauguração, o Canal de Suez tem sido uma rota essencial para o comércio global. Em 2021, a hidrovia gerou uma receita recorde de 6,3 bilhões de dólares, apesar do bloqueio histórico causado pelo navio porta-contêiner Ever Given, que ficou encalhado em março do mesmo ano. Esse incidente reforçou a importância estratégica do canal, demonstrando como sua obstrução pode impactar negativamente a economia global.

Para se manter competitivo, especialmente em relação ao Canal do Panamá, a Autoridade do Canal de Suez anunciou em 2014 um plano de expansão. Este projeto incluiu a criação de uma nova faixa paralela de 72 km, permitindo o tráfego em mão dupla e reduzindo o tempo de trânsito de 18 para 11 horas. A capacidade do canal aumentou para 97 navios por dia, dobrando sua capacidade anterior.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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