A hidrovia é uma verdadeira maravilha da engenharia que conecta o Mediterrâneo ao Mar Vermelho, revolucionando o transporte marítimo
O Canal de Suez, uma impressionante hidrovia artificial de 193 km de extensão, corta o Egito ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Inaugurado em 1869, esse canal é crucial para o comércio global, permitindo a passagem de centenas de navios diariamente entre a Europa e a Ásia, sem a necessidade de contornar o continente africano, o que reduziria consideravelmente o tempo de viagem. Responsável por cerca de 14% do transporte mundial de mercadorias, o Canal de Suez é uma das obras de engenharia mais importantes já realizadas pela humanidade, de acordo com o vídeo do canal Construction Time.
A História do Canal de Suez
Localizada na Península do Sinai, no Egito, a hidrovia do Canal de Suez foi idealizada há mais de 3.800 anos, durante o reinado de faraós que buscavam facilitar a travessia de barcos. No entanto, o projeto moderno do canal só começou a tomar forma no final do século XVIII, durante a expedição de Napoleão Bonaparte ao Egito. Napoleão acreditava que a criação de um canal controlado pelos franceses no istmo de Suez causaria problemas comerciais para os britânicos, dominadores do comércio marítimo pela África do Sul.
Conheça melhor o Canal de Suez
Os estudos para o plano de Napoleão começaram em 1799, mas um erro na medição dos níveis do Mar Mediterrâneo e do Mar Vermelho interrompeu a construção. Somente em 1859, sob a liderança do diplomata e engenheiro francês Ferdinand de Lesseps, o projeto de construção do Canal de Suez foi oficialmente iniciado. A obra envolveu a remoção de 2.613 milhões de pés cúbicos de terra, sendo 600 milhões por escavação e 2.013 milhões por dragagem.
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Canal do Suez: uma obra muito mais difícil do que se imaginava
A construção do Canal de Suez não foi uma tarefa fácil. Inicialmente, o trabalho foi realizado por trabalhadores forçados, até que a escravidão foi abolida em 1863. Isso obrigou a introdução de dragas a vapor e movidas a carvão para continuar a construção. As margens do canal foram construídas com argila extraída do fundo do Lago Manzala, formando blocos que foram deixados para secar ao sol, criando uma estrutura sólida e firme.
O canal, com 60 a 90 metros de largura na superfície e 21 metros de largura no fundo, foi projetado para não ter eclusas, devido ao terreno plano e à pequena diferença de nível do mar entre as extremidades. A ausência de eclusas permitiu uma navegação contínua, facilitando o trânsito marítimo.
Importância estratégica e econômica da hidrovia
Desde sua inauguração, o Canal de Suez tem sido uma rota essencial para o comércio global. Em 2021, a hidrovia gerou uma receita recorde de 6,3 bilhões de dólares, apesar do bloqueio histórico causado pelo navio porta-contêiner Ever Given, que ficou encalhado em março do mesmo ano. Esse incidente reforçou a importância estratégica do canal, demonstrando como sua obstrução pode impactar negativamente a economia global.
Para se manter competitivo, especialmente em relação ao Canal do Panamá, a Autoridade do Canal de Suez anunciou em 2014 um plano de expansão. Este projeto incluiu a criação de uma nova faixa paralela de 72 km, permitindo o tráfego em mão dupla e reduzindo o tempo de trânsito de 18 para 11 horas. A capacidade do canal aumentou para 97 navios por dia, dobrando sua capacidade anterior.